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PoV. Louis
Acabou se tornando uma rotina nos encontrar pelo menos em um dos intervalos da manhã para conversar.
Nesse momento eu seguia até uma das máquinas automáticas de venda, brincando com as moedas na mão. A máquina já estava ocupada por Abigail Cowen, ela comprou um pacote de salgadinho e quando endireitou a postura, me viu chegando.
— Oi, Louis. - ela sorriu, colocando uma mecha do cabelo ruivo atrás da orelha - Dia estressante, não é? O teste de Filosofia foi assustador. Se eu ler sobre o mito da caverna de John Locke mais uma vez, vou vomitar.
— Na verdade, a Alegoria da Caverna foi escrita por Platão, em sua obra A República. - corrigi, colocando minha moeda na máquina e escolhendo minha bebida - Um diálogo travado entre Sócrates, personagem principal, e Glauco, seu interlocutor. Analisando de acordo com o nosso tempo, refere-se a como o ser humano tem regredido constantemente, a ponto de estar, cada vez mais, vivendo como um prisioneiro da caverna, apesar de toda a informação e todo o conhecimento que existe a disposição. As pessoas têm preguiça de pensar. John Locke, é considerado o pai do liberalismo clássico.
Peguei a lata de energético e me virei. Abigail me olhava com fascínio nada sutil.
— Ok, então você com certeza tirou nota máxima. - ela riu - Eu tenho dificuldade com essas palavras difíceis e filosóficas. Prefiro números.
Considerei a breve conversa finalizada e estava pronto para sair, mas a garota brincava com o pacote do salgadinho, os olhos claros meio hesitantes.
— Você acha que poderia me ajudar a estudar? - perguntou de repente.
— O colégio tem Clube de Estudos.
— Certo. - ela assentiu, um pouco corada, mas então pigarreou e me olhou nos olhos, determinada - Deixa eu refazer a pergunta: você quer sair para um café talvez, você pode ser meu tutor por algumas horas e depois nós guardamos os livros e continuamos conversando. Sabe, como um encontro. Se você quiser.
Minha boca abriu para formar um concreto "não". Mas parei. As fofocas precisavam começar de algum lugar, afinal.
— Eu já estou saindo com alguém. - respondi, por fim.
Ela pareceu desapontada, mas não irritada.
— Ah, tudo bem então. - sorriu pequeno - Eu não sabia.
— O que eu ouvi? - uma terceira voz nos interrompeu. É claro que de todas as máquinas de vendas do colégio, esse pedaço de excremento tinha que aparecer justo na que eu estava - Louis Tomlinson conseguiu descolar um encontro com alguém? Eu conheço a pessoa? Preciso avisar o erro que ela está cometendo.
Gavin Leatherwood e seu comparsa tão insignificante que eu nem sabia o nome, eram uma visão desagradável.
— Estou brincando, é claro. - Gavin continuou, com um sorriso lascivo.
Ele apoiou um braço casualmente no ombro de Abigail e foi empurrado instantaneamente.
— Tchau, Louis. - ela acenou e desapareceu no corredor, não olhando duas vezes para os dois paspalhos.
— Gavin, por que você não vai para puta que pariu? - falei, já me afastando - E leva seu lacaio com você.
— Tão descortês. - ele balançou a cabeça - Estamos entre amigos aqui.
— Se um dia eu te considerar um amigo, vou ter certeza de que enlouqueci.
Não esperei resposta. Virei na bifurcação e continuei minha vida. Estava procurando um lugar reservado, para estudar. Hannah Montana estava numa reunião com o Clube de Música e Muppet Guloso eu não sabia.
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Rescue My Heart
FanfictionO nerd precisa que o punk finja ser seu namorado O que poderia dar errado? ▪︎Breve reviews de leitores que resumem essa história da melhor forma possível: "Um namoro falso, nem tão falso assim. A leveza de um romance adolescente com um pouquinho d...