Capítulo 25

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Eu estou dentro do quarto, pensativa com o que Jason me falou. Será mesmo que a esposa de Chase, iria traí-lo com esse cara?

Respiro fundo ajeitando as minhas coisas. Ainda estou desconfiada com essa liberdade repentina que Jason me deu, mas mesmo assim, vou permanecer aqui, na casa de Chase. Eu preciso encontrar as provas para me liberar desse homem de vez!

DIA SEGUINTE...

Arrumo o cabelo bagunçado depois de ter arrumado completamente a cozinha. Mordo o lábio pensando no meu relacionamento com Chase, eu estava tão feliz, me sentindo tão bem e aí veio Jason e estragou tudo!

Eu preciso consertar as coisas com Chase...

Ouço a porta abrir e corro para a sala, Chase entra sem me encarar...

— Bom dia, Chase! Eu fiz o café e assei um pão, deixei tudo do jeito que você gosta e...

— Com licença, preciso tomar um banho. — Ele me corta, seco. Eu abaixo o olhar enquanto Chase caminha na direção dos quartos.

Não posso deixar esse clima ruim, pensa Alexa...

— Chase, por favor! Preciso conversar com você! — Digo, após correr e parar na porta dele, o impedindo de passar. Chase franze o cenho, irritado, ainda sem olhar nos meus olhos.

— Já conversamos tudo o que tínhamos para conversar, Alexa! Me deixe passar. — Seu tom é de raiva, mágoa. Eu sinto meu coração pulsar forte, sentindo o perfume dele.

— Chase, nós não terminamos! Eu preciso te contar uma coisa! — Digo sem pensar. Chase finalmente me encara, pensativo... curioso.

— O que mais você tá escondendo? — Comprimo os lábios, sentindo o coração bater com força, sentindo o zumbido no meu ouvido.

— Vamos a cozinha? Você parece exausto, eu vou te servir um café. — Chase me analisa, e isso me deixa nervosa. Preciso ganhar tempo até pensar em algo...

— Certo. Vamos. — Deixo meus ombros caírem em alívio e caminho com ele até a cozinha...

[...]

— E então, vai me dizer o que precisava me contar? Não quero ficar perdendo tempo, estou exausto, trabalhei virado essa noite. — Chase toma um gole do café e eu respiro fundo, apanhando a cadeira e me sentando à mesa, de frente para ele...

— O que eu vou te contar, preciso que tenha calma... — Ele paralisa com a xícara de café na metade do caminho, e me encara, desconfiado.

— O que é de tão grave? O que você fez? — Seu tom intimidador, me deixa nervosa. Eu balanço a cabeça freneticamente, com os olhos arregalados.

— Eu não! Não fiz nada, é que... sobre o meu relacionamento com Jason é que... — Ele bate na mesa me assustando e eu pulo.

— Não me venha contar mentiras para me enrolar, Alexa! Esse assunto entre nós dois está encerrado! — Eu ergo a cabeça para ele o encarando.

— Me deixa terminar, Chase! Eu não estou mentindo e pensei muito antes de contar isso! — Ele permanece em silêncio, e eu tomo isso como um sinal verde.

— O Jason, ele... é um criminoso, Chase! Ele... ele... eu tenho medo dele e por isso que me sujeito a fazer o que faço e... — Me tremo toda de nervoso, Chase parece pasmado, mas logo volta a si.

— Você tem certeza do que está falando, Alexa? — Assinto veementemente.

— Sim, Chase! Ele se esconde no mundo normal dos negócios, na vinícola na Itália, mas é verdade é que ele é traficante! — Chase suspira e desliza os dedos pela testa.

— Se ele é tão criminoso assim, por que você não o denunciou? — Engulo seco, lembrando das ameaças de Jason.

— Por que eu não tenho provas, seria palavra minha contra a dele e aí, minha vida viraria um inferno com esse cara! — Chase respira fundo e assente.

— Não entendo o porquê de não me conta isso antes, Alexa... por que me escondeu isso? — Balanço a cabeça em negativa, a minha vontade de revelar toda a verdade está na garganta.

— Eu não sabia qual seria a sua reação, você parece um pouco explosivo e eu... tive medo por isso. — Chase sorriu perplexo e deslizou a mão pelo rosto.

— Você deveria ter me dito antes, você sabe, eu sou o detetive de polícia e posso te ajudar. — Respiro fundo, ainda trêmula com as mãos entrelaçadas sobre a mesa e abaixo a cabeça.

— Eu tive medo, você foi explosivo comigo desde o meu primeiro dia na sua casa, e vi o quanto você se transforma quando menciona a morte da sua esposa.... — Eu o encaro e menciono a esposa dele, para ver a reação de Chase. Rapidamente o semblante de Chase muda drasticamente...

— São casos diferentes...

— E se... dando um exemplo pra você, e se fosse você no meu lugar? E se vamos supor que o assassino da sua esposa fosse identificado, sem provas... o que você faria? — Chase bufa e posso notar suas narinas dilatadas... eu estou arriscando, mas preciso saber da reação dele, antes de despejar tudo.

— Com provas ou sem provas, eu caçaria esse infeliz até o inferno e o matava com as minhas próprias mãos! — Prendo a respiração. Chase está visivelmente abalado e furioso ao mencionar a esposa dele. Não posso arriscar a vida de Ava por causa da fúria de Chase.

— Tá vendo? Eu temi por essa reação sua... — Abaixo novamente o olhar, sem saber o que fazer... não tem jeito. Preciso recuperar as provas primeiro. Não posso arriscar com Chase.

Quando dou por mim, Chase pega a minha mão e meu coração se derrete quando meu olhar encontra o dele.

— Eu sei que você não tá mentindo, percebo o quanto está com medo, nós podemos vencer esse cara juntos. — Sorrio tristemente para ele.

— Sem provas fica difícil, Chase... esse cara tem muito dinheiro, é envolvido em esquemas corruptos e eu temo pela vida... principalmente da minha sobrinha. — O olhar de Chase se torna solidário, e ele se levanta da cadeira, dando a volta e se ajoelhando ao meu lado.

— Nós vamos tentar, eu prometo. Vou ver o que posso fazer... mas eu preciso que você...

— Não sem provas, Chase. Eu não vou arriscar.

— E vai continuar tendo relações sexuais com ele por medo desse filho da puta? Não, Alexa! Agora mesmo, estou indo na delegacia! — Chase se ergue e caminha com raiva, para a direção da sala. Eu corro atrás dele, angustiada.

— O que vai fazer, Chase?

— Você não quer denunciar ele, tudo bem. Eu denuncio como cidadão. — Arregalo os olhos e o desespero me bate.

— Você não pode, sem provas! Seria loucura!

— Eu vou denunciá-lo de assédio sexual e assédio moral a você! É um começo para abrir investigação contra esse infeliz, nojento! — Eu engulo seco e meu coração vai na boca. Ele não pode fazer isso! É a vida da Ava em risco... 

Agridoce DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora