Dias depois...
Termino de carregar a arma e ajeito o colete sobre o meu torso.
– Finalmente vou libertar a Alexa daquele filho da puta.
– Calma, cara. Lembra do nosso plano. Não podemos colocar tudo a perder.
– Eu sei, Douglas. Eu sou detetive. Estou cansado de participar de resgates e prisão de quadrilha em flagrante.
– Entendo, meu amigo. Mas essa missão é muito mais que profissional pra você. Envolve o teu passado e agora a Alexa... – Eu respiro fundo, pensativo.
Realmente, salvar a Alexa é o importante, mas matar aquele filho da puta é questão de honra.
– Você tá certo, Douglas. Não se preocupe que eu não vou comprometer a missão.
– Isso aí, meu amigo. Até porque eu prometi a Lindsey que ia cuidar do melhor amigo dela, enquanto ela tá de licença. – Assinto e sorrimos um para o outro.
Coloco o boné e o óculos escuro e entro no carro com a equipe.
É chegado a hora...
Alexa Villar
Estou apreensiva. Após dias trocando bilhetes com Chase, através do tal Douglas. Finalmente hoje seria o grande dia.
Pedi a Jason que me deixasse ir a igreja com a baba e a Ava. Ele deixou.
Apesar de dois de seus homens estarem conosco para evitar uma fuga.
Me visto com a calça legging preta, uma regata branca e a jaqueta que Chase me deu.
Me sinto nervosa, estou a ponto de vomitar de ansiedade.
Caminho sentindo as pernas um pouco trêmulas, até o quarto de Ava, aonde Lis e Ava estão me aguardando.
– Mamãe! – Ava me grita e abraça as minhas pernas assim que me vê.
Passo a mão em seu cabelo e sorrio para ela.
– Está pronta para passearmos, meu amor?
– Sim, mamãe. O homem mau não vai com a gente, não é? – Eu e Lis trocamos um olhar e me agacho até Ava, beijando sua bochecha.
– Não se preocupe, meu anjo. Hoje seremos nós três e claro os dois guardas costas.
– Menos mal. – Ava da de ombros e eu sorrio, beijando seu rostinho.
– Tudo pronto, Lis? – Ela parece tão apreensiva quanto a mim, mas assente.
– Sim, senhorita. Estamos prontas.
– Ótimo. Vamos então...
...
Chegamos a igreja e sentamos no banco de trás como combinei com Chase.
Eu seguro o terço na mão, enquanto assisto a missa e fecho os olhos clamando a Deus para que tudo dê certo.
Lis se aproxima ainda mais de mim e sussurra em meu ouvido:
– Douglas está aqui, senhorita. – Assinto me sentindo mais ainda nervosa.
O padre termina a reza e eu assinto para a Lis. A reunião termina caminhamos até a porta da igreja. Os homens de Jason já estão a postos, apenas aguardando a nossa saída...
Assim que chegamos na porta, Lis começa a encenar.
– Estão prontas?
– Ah... senhorita, será que poderia me esperar? É que vou falar com o meu namorado que estou indo. – Os homens nos encara desconfiados. Eu tento manter a pose mais natural o possível dentro das circunstâncias.
– Claro. Vou esperar aqui para irmos.
– Está bem. Não demoro. – Assinto e a vejo sumir para dentro da igreja.
– Mamãe o namorado da tia Lis é bonito.
– Sério? Que legal hein?
– Ele disse que no próximo passeio vai pagar um sorvete pra mim. – Assinto alisando o seu ombro.
Mordo o lábio sentindo o nervosismo tomar conta de mim.
– Senhora Maya, é melhor esperar a babá no carro. Está quente aqui fora. – Olho para o segurança de Jason e tento ganhar tempo.
– Não se preocupe. Ainda está de manhã. Faz bem pegar um solzinho, além do mais estamos no outono. Nem está tão quente assim. – Ele assente e continuamos ali esperando a Lis “voltar.”
(...)
O segurança olha para o relógio e passa o lenço sobre o rosto suado.
– A babá não está demorando demais não?
– Deve estar conversando com o namorado dela. Não se preocupe. Vou chamá-la.
– Não precisa, senhora. Deixa que eu chamo. – Meu coração acelera e sinto uma tontura. Engulo seco e olho para Ava.
– Não, eu faço questão. Vou aproveitar e dar água para Ava.
– Então tá bom. Esperaremos aqui. – Assinto, soltando o ar de alívio e caminho para dentro da igreja.
– Mamãe eu não tô com sede. – Ava resmunga enquanto olho para trás me certificando que os seguranças de Jason não escutaram e aperto o passo.
– Shhh, mas a mamãe está. Vamos.
Caminho o mais depressa possível. Logo encontro a sala de sacristia e entro.
Chegando lá, encontro Lis e o rapaz que deve ser o Douglas.
– Tio Douglas! – Ava corre até o Douglas que afaga o cabelo dela.
– E aí, mocinha. Pronta pra uma missão com o tio? – Sorrio vendo a cena, mas sinto uma pontada de frustração ao ver que Chase não está aqui.
– Tudo bem, Alexa? Viemos salvá-la e sim, o Chase está no carro. Ansioso para ver você. – Não consigo conter o sorriso e assinto.
– Vamos, antes que os homens de Jason nos de falta. – Quando estávamos perto de sair o padre entra ofegante e alarmado na sacristia.
– Vão logo meus filhos. Os homens acabaram de entrar na igreja. Corram! – Trocamos olhares e pego a Ava no colo.
Rapidamente saímos pela porta dos fundos da sacristia.
– Mamãe o que tá acontecendo? – Ava pergunta, enquanto corro com ela.
– Depois a mamãe te explica tudo, meu amor. Agora precisamos correr. Vamos!
Assim que chegamos à rua, a porta do carro abre e me sento atrás com Lis e Ava. No volante está ele, o homem que mexe com a minha estrutura e meu coração.
– Vamos, Chase! Os filhos da puta estão vindo atrás de nós. – Rapidamente Chase liga o carro e dá partida, cantando pneu. Ao longe, vejo os homens correndo pela rua.
Tampo o ouvido da Ava quando ouço o tiro. Chase corre ainda mais, saindo do alcance deles.
– A equipe do Edward vem logo atrás e vai prender esses caras. – Vejo Chase segurar com força o volante.
– Eu quero por as mãos no filho da puta do Jason.
– Nos vamos. Só precisamos tirar elas com segurança desse local.
Finalmente eu e Chase trocamos olhares o que faz meu ventre contorcer de saudades...
Logo o momento é quebrado quando vemos um carro conhecido vindo atrás da gente.
– Minha nossa senhora, o louco do Jason está nos seguindo!
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Agridoce Destino
ChickLitChase Blake: Um detetive da polícia de San Francisco, viúvo, só pensa apenas em uma única coisa: Vingar a morte de sua falecida esposa, Maya. Uma advogada criminalista que foi morta covardemente por um tiro na cabeça, interrompendo a sua jovem vida...