DIAS ATUAIS
Apanho a panqueca que minha mãe preparou, do prato e mordo um pedaço enquanto minha mãe me encara um tanto reflexiva. Já sei a merda que vem a seguir...
— Chase, meu filho você não pode passar a vida inteira de luto. — Bufo e passo a mão pelo cabelo bagunçado, termino de mastigar a refeição e a encaro.
— Isso não é hora de sermão, nem sei para que veio tão cedo. Daqui a pouco estou de plantão. A senhora deseja mais alguma coisa? — Minha mãe faz um muxoxo e passa mão pelas cortinas fechadas e empoeiradas. Ela franze o nariz sentindo o cheiro de mofo da casa.
— Eu vim pra preparar um café da manhã decente para o meu filho. E também essa casa precisa de luz solar, faxina, perfume agradável e você precisa se alimentar de comida de verdade, não de cerais, macarrão instantâneo e comida congelada a vida toda. — Bufo me sentindo sem paciência.
— Eu sei aonde a senhora quer chegar e não quero nenhuma empregada aqui. — Minha mãe suspira chateada.
— Filho... Vai ser bom para a sua casa, para você...Eu prometo que peço a empregada para nunca mexer nas coisas de Maya se for o caso. Principalmente no quarto de pinturas dela. — Aperto o garfo com força e assinto desistindo de discutir com a minha mãe. Toda vez que a vejo ela insiste que devo ter uma empregada.
— Ok, dona Amélia. A senhora venceu. Mas se a empregada ousar mexer em qualquer lembrança da Maya aqui, eu juro que ela vai ser dispensada na mesma hora! — Minha mãe assente com um brilho de esperança e alegria no rosto.
— Sim! O que quiser! Bom, deixa eu ir, você precisa trabalhar então... — Bufo estressado.
— Adeus, mãe! — Ela rola os olhos, beija meu rosto ignorando minha aspereza e me abraça por trás.
— Eu, seu pai e sua irmã esperamos você para o almoço de domingo. — Ela se despede e sai.
Depois da morte de Maya, eu enterrei o antigo Chase carinhoso, família e feliz que eu era. A minha única missão sempre vai ser pegar os filhos da puta envolvido na morte de Maya.
Até hoje o caso não foi solucionado e quem contratou o serviço ou fez, está de parabéns. De qualquer forma, eu não vou desistir nunca!
[...]
Chego à delegacia e me sento em minha poltrona, quatro anos se passaram e hoje virei detetive de polícia, claro que não foi à toa, fiz isso para ficar mais fácil de solucionar o caso de Maya.
— O que temos hoje chefe? — Eliott pergunta.
— Desarticulação da quadrilha dos Mangos. Eles irão atracar no docas 5. Devemos ir pra lá as 3:00 em ponto para ficarmos de prontidão. — Aviso apanhando a foto do chefe da quadrilha. Para a minha sorte e claro, minha esperteza como detetive, descobri que o maldito estará nessa embarcação.
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Agridoce Destino
ChickLitChase Blake: Um detetive da polícia de San Francisco, viúvo, só pensa apenas em uma única coisa: Vingar a morte de sua falecida esposa, Maya. Uma advogada criminalista que foi morta covardemente por um tiro na cabeça, interrompendo a sua jovem vida...