A primeira vez

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Tinha quase dois meses que tinha planejado todo esse tempo para me preparar porque não sou boba e tava custando aguentar toda vez que o via acabava o chupando ou o contrário, mas caramba nada da certo para mim mesmo, ele prometou que iria me pegar em casa as 19 horas para jantar, mas adivinha já passou uma hora do horário combinado é o Ran não apareceu, tava me sentindo uma idiota levantei da minha cama e fui até minha penteadeira e tirei meus brincos e comecei a limpar minha maquiagem caramba que raiva, não acredito que levei um bolo e adivinha a sensação é horrível muito mesmo, estou com vontade de chorar mas é muita pouca coisa para eu chorar.

Me deitei na minha cama depois de tirar toda a maquiagem e trocar minha roupa por um pijama de frio, deitada eu fiquei me revirando na cama com ódio e pensando em mil maneiras de como matar aquele deliquente, tínhamos combinado e ele pareceu concordar com tudo fiquei matando minha cabeça por horas até que finalmente adormeci pela força do ódio.

Acordei com um barulho na minha janela ignorei e voltei a tentar dormir o barulho continou como se algo tivesse batendo nela quando percebi que tava ficando alto, minha raiva já tava muito grande fui até a janela e abri ela com tudo e uma pedra bem pequena me atingiu, que porra tinha acontecido não tinha entendido quando olhei para baixo e vi que o Ran tava com as duas mãos na cabeça como se tivesse feito uma merda muito grande, fechei a janela com toda minha força peguei uma touca de casaco e fui marchando com ódio até a porta da minha casa, caramba eu vou matar aqui é agora.

Chegando perto dele nem prestei atenção direito e já comecei a falar que filho da puta que ele era até que olhei para o rosto dele.

_ Caramba, seu rosto tá detonado.
Observei.

_ E você aí querendo me bater mais ainda do que já apanhei hoje.
Ele falou.

_ Eu não sabia que você tinha apanhado de alguém, e por isso você não apareceu?
Perguntei.

_ Claro né, mas achei melhor apareceu se você quiser ainda dá tempo de irmos para o hotel já paguei mesmo.
Ele falou tranquilo.

_ Não viaja Ran.
Falei.

_ Ah vamo, eu já paguei não precisamos fazer depois a gente tenta de novo só me faz companhia tô indo para lá mesmo.
Ele falou, e eu com muita raiva aceitei, porque tinha dito para minha mãe que ia dormir na minha amiga e como não queria que ninguém soubesse que levei um bolo fiz toda a encenação saindo da minha casa, dei uma volta no quarteirão depois escalei a janela do meu quarto e fiquei caladinha para ninguém perceber que tava lá, todo esse esforço espero que o hotel tenha sido muito caro.
°°°
Depois que ele fez o check in no hotel pegamos um elevador para subir para o quarto, quando ele abriu a porta e falou para minha entrar caramba tinha se superado, coitado fui bastante raivosa mas a verdade e que realmente tinha planejado, comecei a estranhar tinha uma piscina no quarto e as luzes eram rosas e vermelhas das lâmpadas, e a cama era grande e os lençóis eram da cor preta.

_ Que tipo de hotel é esse Ran?
Perguntei.

_ Um para adultos.
Ele respondeu e deu uma risadinha, observei que tava com uma caixinha que não tinha antes deve ter pegado na recepção quando abriu notei o que era então me aproximei.

_ Deixa que eu faço.
Peguei a caixa da mão dele um pouco brutalmente demais talvez devesse ser mais delicada.

Era um kit de primeiro socorros, primeiro eu limpei o seu rosto que estava bem machucado amanhã iria ficar roxo, sorte que não quebrou o nariz ia ficar triste já que é tão lindo, depois peguei o corativo e coloquei no seu rosto.

_ O que aconteceu, eu soube que você e muito forte quem fez isso?
A pessoa deveria ser assustadora.

_ Foi o meu irmão.
Ele me respondeu.

O delinquente da minha vida. Onde histórias criam vida. Descubra agora