04.

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EMMA HALLE

Dou mais dois passos à frente saindo de trás da porta da cozinha, tendo uma visão ampla de ninguém mais, ninguém menos, que Hacker, o babaca loiro. Mas eu nem se quer abaixo minha arma, pois eu continuo com a mira da minha arma apontada para sua nuca e para ele, que se mantinha de costas para mim e logo eu observo sua roupa, que diferente dos outros agentes, ele usava uma blusa social preta, que por sinal marcava seus músculos e seu físico, e por fim, uma calça social preta.

— Porra, meu irmão. O que você tá fazendo aqui? — Pergunto com um semblante totalmente sério, querendo entendê-lo e entender o real motivo pra ele ter invadido a minha casa. Minhas palavras logo ecoaram pelo local, fazendo o mesmo se virar e me olhar rapidamente, deixando com que a mira da minha arma vá em direção a sua testa.

— Eu que te pergunto. Que porra que você veio fazer aqui, em??? Sozinha!? — Hacker pergunta com o semblante sério e talvez, um pouco nervoso. — O que você tá aprontando, em?? — Questiona com um tom de exigência, logo segurando meu pulso e me fazendo franzir o cenho desentendida. — O gato comeu sua língua, garota?!

— É, deve ter comido o seu senso também, psicopata! — Digo em um tom alto, para ele ouvir mesmo. — Porquê você acha que eu tô aprontando alguma coisa, justamente na porra da minha casa? E como sabe aonde é a porra da minha casa?  — Pergunto incrédula, retirando rapidamente sua mão que por sinal começou a apertar meu pulso direito, antes mesmo que eu acabasse acertando uma coronhada em sua cabeça por conta disso.

— Óbvio que eu sei aonde você mora, sua burra. Ou você acha que eu e os outros ficamos meses te espionando pra nada? Se toca, ruiva! Mas isso não importa agora. — Me encara com um semblante nervoso e nada calmo. — Eu não confio nada em você, e sair do nada como se fosse fazer algo que a gente não poderia saber, te deixa ainda mais suspeita. Então eu te segui. — Diz como se fosse normal.

— E por que caralhos você não confia em mim, em?? Eu dei algum motivo pra você? — Abaixo minha arma lentamente após minhas palavras, abaixando também a minha guarda. Logo guardo minha arma em meu coldre ao ver sua expressão ficar totalmente séria, sem desviar o meu olhar do seu por um segundo se quer.

— Porque você é uma completa estranha. O que me garante que você ainda não trabalha pra Divisão? Acha mesmo que você ia chegar do nada e conseguir a confiança e amizade de todos? — Fala com olhar de julgamento e franzo o cenho indignada. — A minha não.

Qual é o problema desse cara comigo?
Eu nem se quer posso imaginar os seus "devidos motivos" pra ser assim comigo. Me odiar sem ao menos me conhecer por completo ou conhecer meu passado direito. Eu nem se quer conversei com ele mais de dez minutos seguidos, e ele me trata desse jeito. Isso não faz sentido algum, pelo menos pra mim.

— Você acha mesmo que se eu fosse uma espiã que trabalha pra outra pessoa ou até mesmo pra Divisão, vocês já não saberiam? Ah me poupe, Hacker! — Digo revirando meus olhos, ainda incrédula com o mesmo. — Você é um tolo e um grande pau mandado! Falo mesmo, ótario.

Ele me fuzila com o olhar e eu logo passo por ele, esbarrando em seu ombro com força, e indo em direção a escada pro segundo andar da minha casa, logo começo a subir alguns degraus à cima mas antes de subir o quarto degrau eu paro, pois Hacker nem se quer se moveu ou saiu do seu lugar, só continuou me olhando com sua típica postura de agente babaca.

— E o que você ainda tá fazendo aqui? — Questiono como se fosse óbvio e o mesmo começa a caminhar em minha direção com os braços cruzados. — A porta é bem alí caso você não saiba. E olha que eu faço questão de te levar até ela. — Meu olhar segue o mesmo até ele parar perto de mim.

OPERAÇÃO DUPLA - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora