Capítulo 15
Quando chego na empresa, Mia disse que Estela já chegara e pediu para levar café para ela, achei estranho, porque sempre chegamos antes das 8h, quando chega primeiro sempre me espera no café. Peguei seu café, o meu e subi para o escritório.
— Bom dia, Estela! Tudo bem? Nem me esperou no café hoje, o que aconteceu?
— Bom dia, Sara! Tudo bem sim e você? Não aconteceu nada, só queria adiantar umas coisas. — Disse sem olhar para mim.
— Estou bem. Olhe para mim. — Digo quase que como ordem! Ela olha sem dizer nada, vejo seus olhos vermelhos. — Esteve chorando?
— Não. — Disse abaixando olhar.
— Estela! — Advirto-a
— Sara...
— Sou sua amiga, me fale!
— Duran para variar... Pensa que estou muito alegrinha com a chegada de Paul. Sabe que nos tornamos amigos, mas também sabe que Paul não concorda com nossa relação, devido à família dele. Sempre acreditou que Paul dava em cima de mim, porque temos idade próxima, mais é falso, ele nunca tentou nada comigo, surgiu uma grande amizade mesmo. Ele não entende e falou barbaridades para mim, fiquei chateada, foi isso.
— Estela, não tenho nada a ver com sua vida, mas como você aceita isso? Esse homem te faz de escrava, tem que sempre que estar à disposição dele, pior, sempre escondido. Por que você não larga dele e encontre alguém que te valorize? Você merece!
— Infelizmente gosto dele, apesar que estou percebendo que está diminuindo este sentimento, talvez devido às chateações, humilhações, não sei dizer ao certo. — Começa a chorar de novo. Fico com dó e a abraço.
— Aproveite este momento para cair fora, a hora é essa amiga. — Faço um carinho e enxugo suas lágrimas. Ele não merece essas lágrimas.
— Sinceridade, estou pensando mesmo nisso, mais ainda não sei como fazer ou agir...
— Independente do que decidir, sabe que sou sua amiga e vou te apoiar, mas sabe também que falo o que penso, sempre! — Sou sincera.
— Sei, Sara! Agradeço muito sua amizade. Vamos trabalhar agora, porque senão já viu.
— Vamos lá. Mas primeiro vai lavar esse rosto, refazer esse make e volte soberana! — Sou uma piscada para ela.
Logo, Paul chega à empresa, meu coração acelera, ele está em um terno grafite, camisa branca e gravata prata, lindo como sempre. Engulo seco, mas não consigo tirar os olhos dele.
— Bom dia, Estela e Sara! Como estão?
— Bom dia, estou bem e você? — Digo com a voz um pouco trêmula e ambos me olham.
— Bom dia, Paul! Bem também!
— O que aconteceu com vocês duas? — Nos entreolhamos.
— Nada! — Respondemos juntas.
— Estão estranhas. Segredinho de mulheres? — Pergunta desconfiado.
— Impressão sua. — Responde rápido Estela.
— Ok. — Vai para sua sala. Nos olhamos e acabei rindo, percebi que ele é uma pessoa muito observadora.
— Sara, porque essa voz trêmula? — Disse desconfiada.
— Trêmula? Não! Estava engolindo bem na hora e saiu falhando a voz. — Disfarço, desculpa mais esfarrapada. — Ele é seu amigo mesmo, percebeu que não está bem.
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Meu Salvador
Roman d'amourSara uma mulher da comunidade que sonha em ter uma vida melhor para ajudar os pais. Paul um homem bem sucedido e correto, CEO da Turner Entertainment. Vem ao Brasil para fechar mais um negócio e se depara com Sara em sua empresa, a atração é certa...