Capítulo 16
Encerramos o expediente na sexta e fomos para minha casa, comemos o lanche que minha mãe preparou para gente e ficamos conversando.
— Como está tudo com Duran, Estela?
— Mesma coisa, mas decidi que vou colocar um ponto final. Tantos anos perdidos da minha vida, quero alguém que eu possa sair, me divertir, como você e as meninas fazem, não viver escondida. Quero ter minha família também, acho que meu relógio materno está batendo de certa forma. — Da um sorrisinho amarelo.
— Fico feliz que tenha tomado essa decisão, acredito que será o melhor, mas também sabe que estarei ao seu lado para tudo, não é?
— Sei sim, obrigada.
— Você e o Lucas? Como ele ficou sabendo que vai viajar?
— Ficou um pouco triste, mesmo tentando disfarçar, mas acredito que levou na boa. Também é pouco tempo, de certa forma perto. Acho que foi o que contou.
— Que bom! E Paul?
— O que tem ele? — Pergunto um pouco aflita.
— Nada. Foi só uma pergunta, está tranquila em viajar com ele? Por que está nervosa?
— Normal, meu chefe e não estou nervosa. — Disfarçarei.
— Ok. Pensa que me engana... Por que não se abre? — Me indaga.
— Uma coisa, o que devo levar? Sabe que nunca viajei e você está acostumada.
— Como vão ficar uma semana, leva uns conjuntos sociais, roupa de passeio porque não trabalha o tempo todo, como tem praia e piscina uns biquínis.
— Biquini? Sério? — Pergunto indignada.
— O que tem, Sara? Pode nadar na piscina do hotel. Vou te ajudar arrumar as malas, amanhã cedo antes de eu ir para casa. Ta bom?
— Ok. — Logo as meninas chegaram e se juntaram a nós no lanche, conversamos e fomos ao baile. Nos divertimos bastante no pancadão, nunca vi Estela tão despreocupada, estava soltinha, já bebido um pouquinho a mais. Quando percebi ela estava beijando um carinha que chegou dançando junto.
— Aí sim, Estela, libera essa fera que existe em você! — Disse Céia indo até o chão.
— Quem viu, quem vê, nem parece a Estela que a gente conhece. — Simone fala baixinho para mim. — To gostando de ver!
Enquanto isso Estela se acabando, tinha bebido umas Ice, mais não tanto para ficar alegrinha demais. Quando olhamos novamente para ela, estava pendurada no pescoço do Diguinho dando aquele beijo que deixou nós 3 de queixo caído. Diguinho pegou em sua mão e levou para o canto e ali a coisa foi mais pesada, pegação forte, não conseguíamos acreditar. Depois aí de 1h, Estela volta para perto da gente, com sorriso largo.
— Muito obrigada gente!
— Obrigada do que Estela? — Digo sem entender.
— Por não desistirem de mim! Nunca me senti tão feliz, tão livre como hoje. Não sabe o quanto é bom se sentir desejada ainda por alguém. — Nós 3, nos entreolhamos e eu falei na frente.
— Amigos são para isso, para incentivar, para segurar o cordão do seu balão quando está lá em cima, do mesmo jeito que segura sua corda para te tirar do buraco, ou seja, nós 4 estamos juntas sempre. Entendi isso?
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Meu Salvador
RomanceSara uma mulher da comunidade que sonha em ter uma vida melhor para ajudar os pais. Paul um homem bem sucedido e correto, CEO da Turner Entertainment. Vem ao Brasil para fechar mais um negócio e se depara com Sara em sua empresa, a atração é certa...