Sara vai para seu Bangalô

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Capítulo 23

Chegando lá, liguei para meus pais, mas pelo horário só minha mãe atendeu e avisei que cheguei bem, conto como é lindo aqui, tudo muito rápido e peço para avisar o papai. Ligo para o Lucas que atendeu rapidamente.

— Lucas, chegamos tem um tempo e já almoçamos, por isso não te liguei antes.

— Fica tranquila, afinal está trabalhando, amor. Fez boa viagem? O que achou? É como dizem mesmo?

— Fiquei com medo, me segurei na poltrona até terminar a decolagem. — Não precisa dizer que Paul segurou minha mão. — É Realmente lido mesmo aqui.

— Que bom! Logo se acostuma. E seu chefe?

— O que tem? — Digo apreensiva.

— Está te tratando bem? — Pergunta bem bruto.

— Normal, não estou entendendo essa pergunta! — Digo sem entender.

— Nada... — Sinto seu tom mais pesado.

— Vou dormir um pouco, estou cansada, tá bom. — Já querendo finalizar a ligação.

— Tudo bem... quando puder fala comigo de novo, tá bom?

— Claro.

— Beijos, Te amo.

— Tchau. — Desligo, ele fala muito te amo e eu não, porque não amo e não vou mentir. Foi meio estranha essa conversa, mas preferi não focar nisso, pelo menos por agora. Mandei um zap para as meninas, só para avisar que cheguei e estava tudo bem. Na sequência Estela me liga.

— Oi, amiga! Tudo bem? Chegou bem?

— Cheguei bem sim, tudo... — Digo meio murcha.

— O que foi? Não parece tudo bem. Vai pode contar, Paul te fez algo? Fala ríspida.

— Não fez nada não, clima está estranho, não estou gostando, é nítido que rola uma atração, mas não aceito. Uma hora estamos rindo, tudo de boa, outra está tenso, pesado. Ele é meu chefe e pronto. E tem o Lucas... veio me questionar se ele está me tratando bem agora. Está me irritando sabe. Falo meio irritada.

— Nossa Sara! Caramba o que umas horas não estão fazendo com você! — Diz rindo muito.

— Estela, por favor, não faça brincadeira agora. — Falo séria.

— Calma amiga, uma dica, aproveita este tempo... Uma semana longe de tudo e todos, quer dizer todos não, porque Paul está com você! — A sem graça tira sarro de mim. — Desculpa, foi inevitável, mas aproveita essa semana para pensar na sua vida, se está tudo certo, se está feliz ou se precisa mudar algo.

— Farei isso, obrigada! E você? Duran? Diguinho? — Digo querendo mudar de assunto.

— Duran nem sinal e nem quero saber. Estou conhecendo ele e estou gostando. — Sinto na sua voz a felicidade, continuamos conversando, ela me contando sobre ele, até que desligo.

Já estava deitada na cama, fiquei pensativa, tentei dormir e não consegui, fiquei rolando na cama, pensando em um monte de coisa ao mesmo tempo. Desisti e tomei um banho, quando termino vou para varanda de roupão.

Fico encostada na cerca, olhando o mar, pensando em tudo que estava acontecendo em minha vida, às mudanças todas, onde eu estava agora e para onde provavelmente estava indo. Admiro aquela beleza da natureza, não me canso, lugar lindo demais. Chego a fechar os olhos e sinto o ar puro...

Tenho a sensação de estar sendo vigiada, quando olho para o lado, dou de cara com Paul sem camisa, com uma calça jeans baixa, muito baixa, mostrando todo aquele caminho, com aquele V, peitoral definido de quem malha e descalço, meu Deus, encostado de lado olhando para mim. Na hora fiquei sem graça, não por ele estar ali, mais de como olhei seu corpo, foi constrangedor, me ajeitei, respirei fundo tentando parecer o mais natural como se nada tivesse acontecido.

— Oi! Está aí muito tempo? — Digo envergonhada.

— Um pouco. Vim olhar este mar lindo. — Diz apreciando a natureza.

— Realmente muito lindo, resolvi ficar aqui admirando também. — Falo olhando para frente.

— Você costuma ficar na varanda de roupão? — Dá um sorriso torto levantando uma sobrancelha. Apertei mais o roupão e me abracei como se tentasse me proteger.

— Não, porque não tenho varanda! — Ai... penso que não dei a resposta certa.

— Então, se tivesse ficaria? — Já abre um sorriso debochado.

— NÃO! — Digo rispidamente. — Você costuma ficar andando sem camisa na sua varanda? — Por que falei isso???

— Na verdade, não fico sem camisa na varanda, fico sem nada mesmo! — Na hora não acredito que me disse isso, fico vermelha, rosto quente, não sabia o que fazer ou o que falar, penso que é melhor entrar.

— Calma Sara, estou só brincando... não precisa levar tudo tão a sério. — Dá risada.

— E isso é coisa que você fala para sua secretária? — Digo tentando parecer brava, mas sei que falhei. Minha mente já estava pensando nele nu naquela varanda...

— O que tem? Já que é minha secretária, uma hora ou outra vai me conhecer bem! — Está me desafiando? É isso mesmo produção?

— Sim, sendo sua secretária com o tempo vou te conhecer bem, mas profissionalmente e não como costuma ficar na sua casa! — Touchê! Me olhou ser saber ao certo o que falar ou achou melhor não falar nada.

Ok. Me desculpa estava só brincando... Rapidamente muda sua feição para séria e se retira, nem aguarda minha resposta. Essa viagem tem que acabar logo e estamos apenas no primeiro dia, olho para céu e peço força.

Está difícil para Sara hein... Complicada... Precisa tomar uma decisão...

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