Conversa com Estela (Paul)

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Capítulo 13

Paul Turner

Chego cedo na empresa, quando vou passar pela recepção, vejo que Mia fica me olhando com as bochechas rosadas, não sei se é dela ou se é por minha causa.

Bom dia, Mia! Como está?

— Bom dia, Tudo bem Mr. Turner. E o senhor?

— Bem, mas me chame de Paul e deixe o senhor para Mike que é um chato.

— Tudo bem, Paul! — ficou mais rosada, acreditei ser por minha causa então, aliás eu não entendo... dou risada.

Estela já chegou?

— Ainda não, quer que eu dê algum recado?

— Pede para ela ir a minha sala, por favor.

— Aviso sim.

— Obrigado!

Vou até minha sala, começo a verificar meus e-mails, ligo para Carly, minha mãe, quando estou longe da Califórnia, se eu não ligar pelo menos duas vezes ao dia, ela quase surta. Falo também, com minha irmã Annie, que ficou muito brava por eu não ter a trazido comigo, por mais que eu tentasse convencer, que logo eu estaria de volta ao Brasil e na próxima ela viria comigo, mas sabe como são essas adolescentes de 18 anos, então falava com ela sempre para tentar amenizar. Mais não podia trazê-la comigo, dessa vez não, eu tinha outros planos...

Encontro Estela na entrada e nos cumprimentamos e quando estamos passando pela recepção.

Bom dia, Mia! — Dissemos juntas e rimos.

Bom dia, meninas! Combinaram o coral? — Ri junto conosco.

Paul já está na empresa e pediu assim que possível para você ir até à sala dele Estela. — nos olhamos e voltamos o olhar para Mia.

Obrigada pelo recado Mia, estarei indo falar com ele. — Fomos pegar nosso café e subimos em silêncio. Assim que nos ajeitamos na mesa pronta para começar, Estela liga Paul.

Bom dia, Paul! Caiu da cama hoje? Posso ir até sua sala agora?

— Bom dia, Estela! Não dormir muito bem, preferi vir logo para empresa. Pode vir sim. — Levanta-se e vai. Bate na porta.

Com licença?

Entre Estela. Sente-se!

— Nossa está com olheiras, o que aconteceu? O calor daqui te atrapalhou?

— Antes fosse... Sabe que não sou de enrolar, que sou bem direto.

— Sei sim, pode falar!

— Sobre Sara.

— O que tem ela? Fez algo de errado? Apesar de eu não acreditar nisso, ela está indo muito bem aqui, bem melhor do que eu pensei. Disse toda assustada.

— Calma... Sim, sei que está, acompanho seu relatório. Mas não é nada disso, é pessoal.

— Imaginei. O que quer saber? — Fala com malícia na voz.

— Ela tem alguém? — Sou bem direto.

— Tem, Lucas, meu ex-namorado, lembra dele?

— Lembro sim, brigou com você quando precisou ficar longe durante algum tempo. Ela namora seu ex-namorado, como assim?

— Uma longa história, mas resumindo ele era professor de inglês dela, na faculdade, dava aulas particulares e inclusive me pediu uma oportunidade para ela aqui, caso aparecesse, porque sabia que ela era capaz, mas até então gostava dela e ela nem sabia, até que se declarou e foram se envolvendo e hoje namoram.

— Entendi. — Respondo meio desapontado.

O que foi? Está interessado nela, não é? Diz rindo da situação.

— Sendo sincero, sim. — Só não consegui achar essa graça toda.

— Percebi o jeito que você olhou para ela. Mas ela está envolvida com o Lucas, demorou para ela aceitar de verdade, estava desconfiada, primeiro namorado, antes se preocupava só em estudar e trabalhar para ajudar para família, eles eram de classe baixa, com o salário dela daqui, ajudou muito.

— Entendi. Mas como é essa relação? Eles se amam? — Pergunto bem curioso.

— Nunca vi você assim por alguém, todo o tempo em que trabalhamos juntos na matriz, via você saindo com mulheres, e mais mulheres, mais nunca apegado, melhor, com interesse em alguém de verdade. Mais na minha opinião, não acredito que ela ame o Lucas. Gosta dele sim, esse tempo que estão juntos, foi criando esse vínculo, esse sentimento, mas amor... creio que não.

Também não sei o que está acontecendo comigo. — Dou risada.

Vocês vão viajar, procure se tornar um amigo dela, terão aí uma semana para se conhecerem melhor, e, nessa altura o que tiver que ser, será. Não entenda isso como um incentivo, ok, porque hoje me dou bem com o Lucas por causa da Sara, ela de certa forma fez com que nossa amizade voltasse ao normal. Então torço por eles, ele é muito bom para ela. Mais se ela quiser, não vai ser o Lucas que vai impedir. Digo isso, porque gosto de você, é um grande amigo e torço por você também! Diz meio receosa.

Eu sei, Estela, mais não sei nem explicar o que estou sentindo, estou assim desde que escutei a voz dela, depois quando a vi pelo Skype e pessoalmente nem se fala. Isso porque não teve nada, nem um motivo qualquer, mas só sei que penso nela o tempo todo. — Sou o mais sincero possível.

— Nossa!!! Isso porque não sabe explicar o que está sentindo? Estou abismada com você! — Diz rindo de mim.

— Não brinca, estou falando sério. — Fecho a cara.

— E eu também! — Continua rindo a grande amiga.

— Nem preciso pedir para não falar nada, certo? Morre esse assunto aqui? — Pergunto enfático.

— Claro que sim!!! Pensa que sou fofoqueira??? Agora vou indo trabalhar, antes que outras pessoas pensem que estou aqui dando em cima de você também. — Disse dando um sorrisinho amarelo.

Não sei como você aguenta, ele é amigo do meu pai, conheço a família, não concordo com o que ele faz com eles e nem com você, mas se você aceita o que eu posso fazer não é! — Da um sorriso e sai.

Paul abre seu coração para Estela, querendo saber mais da vida da Sara, mesmo sabendo que tem namorado, vai para cima???

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