Capítulo 29
Paul Turner
Depois do jantar, voltamos por quarto, tiro a camisa e o sapato, fico só de jeans, deito na cama e penso na Sara, tão linda, parece inocente, mas, ao mesmo tempo, aquela marra, me fascina cada dia mais. Estela me liga, achei estranho e mais estranho ainda a conversa. Vou para varanda, quem sabe ela também foi tomar um ar.
Quando chego, escuto sua voz alterada e começo a prestar atenção, vejo que está discutindo com o namorado, já reviro os olhos, esse encosto, só atrapalha, depois de um tempo ela desliga e começa a chorar, fico sem ação, não sei se devo ir até lá ou ligo para Estela, mas o que ela poderia fazer, está tão longe. Resolvo bater a sua porta, demora a atender.
— Sara... Você está be Oim??? — Desliza o olhar pelo meu corpo e volta para meus olhos, olho para mim também e percebo que estou sem camisa, pode acreditar que foi intencional, droga, mas não foi, esqueci de pôr a camisa.
— Na verdade, não estou não. — Percebo nariz e olhos inchados.
— Me desculpa aparecer aqui assim, mas eu ouvi você chorar. — Aponto para meu corpo. — Fiquei preocupado. Precisa de algo? Quer conversar? — Tento parecer o mais calmo possível, porque minha vontade e de colocar ela no meu colo e abraçar forte.
— Sei que não devia, mas queria um abraço... — Começa a chorar de novo compulsivamente e é a minha deixa.
Entro no quarto, fecho a porta, vou até o sofá, sento-me com ela ao meu lado, a abraço e começo a fazer cafuné em seus cabelos. Apesar das circunstâncias, uma sensação tão boa de tê-la assim em braços, seu perfume adocicado, seus cabelos que cheira brisa do mar, tão perfeita... para mim.
Quando vejo que se acalmou, pergunto.
— Quer conversar agora? Quer falar o que te deixou assim? — Continuo fazendo cafuné.
— Foi o Lucas, ele está com ciúmes de uma situação que não existe e surtou. — Lógico que já vi ter algo a ver comigo.
— Que situação? — Pergunto duro.
— Ah... Como digo... Que vergonha. — Percebo que está sem jeito de falar.
— Fala a verdade só isso. Se quiser falar lógico, não se sinta pressionada. — Louco para ouvir de sua boca que o motivo do ciúme sou eu. Ela bufa como estivesse tomando coragem.
— O motivo do ciúme é você. Pensa que temos um caso e que não vim a trabalho, vim para curtir com meu chefe rico e nos ameaçou... — Corto ela na mesma hora.
— Peraí!!! Te ameaçou do quê??? — Pergunto áspero.
— De matar nós dois!!! — Volta a chorar e se esconde mais no meu peito para não me olhar nos olhos. Sinto lágrimas dela correr pela minha pele.
— Santo Deus Sara!!! Esse cara é louco??? Como assim ameaçar de morte por uma coisa que não existe??? — Aperto ela mais em meus braços, quero protegê-la.
— Foi o que falei para ele, nunca dei motivo... — Eu queria ouvir que tinha motivo, mas vamos esperar, porque esse idiota fará o serviço sozinho, nem vou precisar fazer nada para tirá-lo do meu caminho.
Coloco ela no meio das minhas pernas aconchegada no meu peito, estou meio deitado no sofá, ela está tão sensibilizada que não dá conta da situação. Afago seus cabelos cacheados soltos, tão lindos e macios. Fica em silêncio e percebo que depois de um tempo adormeceu. Fico ali no sofá com ela, mas um pouco, quando vejo que está no sono profundo, a pego no colo e a deito na cama, não perco a oportunidade de ficar mais um pouco com ela, me aconchego em suas costas e fico de conchinha, isso é tão gostoso, senti todo seu corpo no meu. Apesar da situação, meu amigo está duro feito uma rocha aqui nesse jeans apertando, desabotoei e abaixei o zíper, tentei disfarçar, mas agora não consigo mais, ainda mais que me encaixei em sua bunda macia, a abraço e acabo adormecendo também.
Acordo umas 5h30 com um peso em cima de mim, demoro um pouco me dá conta de onde estou. Quando caio em mim, estou no quarto da Sara, em sua cama, deitado de barriga para cima, ela deitada no meu peito me apertando num abraço, com seus cabelos caindo pelas suas costas, suas pernas enroscada na minha. Acordaria assim todo dia, sem problema. O que estou pensando??? Fico ali admirando sua beleza, seus traços, louco para beijar aquela boca carnuda, mas não posso me aproveitar desse momento dela. Acaricio seus rosto e costas. Meu pau está duraço, louco para sentir o seu calor, não só isso, mas provar todo seu corpo macio. Suponho ser melhor eu sair daqui antes que faço uma loucura que pode ser pior.
Tento sair sem acordá-la, me abraça mais forte e resmunga algo que não entendo. Tento mais uma vez, mas dessa vez a desperto, quando vejo está olhando para mim com aquelas esmeraldas, me perco em seu olhar. Ficamos um tempo nos olhando, até que ela fica sem graça e baixa o olhar.
— Não queria te acordar! Mudo o clima que está ficando pesado, tenso, saio debaixo dela e me sento na cama.
— Eu que devo um pedido de desculpa, "abusei" de você essa noite. Como viemos parar aqui? — Ela aponta para cama.
— Se lembra de estarmos no sofá? — Digo afagando seu braço.
— Sim, sentados. — Responde meio confusa.
— Então, eu deitei no você no meu peito e acabou adormecendo, preferi trazer você para cama no colo, para ficar mais confortável, mas não quis deixar você sozinha e acabei dormindo, foi isso.
— Quanto trabalho te dei, sendo que não tem nada a ver com isso, com meus problemas, você é meu chefe! — Fala envergonhada.
— Isso não impede que eu seja seu amigo também. Sou amiga da Estela e não deixo de ser seu chefe também! — Dou uma piscada para ela.
— Vou para meu quarto, mais tarde tomaremos um café e curtiremos a piscina conforme combinado, ok.
— Acho melhor não. Prefiro ficar aqui. — Diz abraçando seu corpo, acredito que só agora que se deu conta que estava de camisola curta, tenta esconder.
— Negativo, não ficará aqui lambendo feridas... Vamos apreciar esse local lindo e quando voltar vê no que dá. Ainda é cedo, durma mais um pouco. — Saio sem dar tempo de ela questionar algo.
Entro no meu quarto e deito na cama, fico pensando em tudo o que aconteceu nessas últimas horas, a ligação da Estela faz sentido agora, na hora não dei muito importância. Tento dormir, mas fica difícil agora, sinto falta do corpo da Sara junto ao meu, meu pau está latejando, acho melhor tomar um banho gelado.
Hummm... dormindo de conchinha...
Será que vai rolar??? 😈😈😈
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Meu Salvador
Roman d'amourSara uma mulher da comunidade que sonha em ter uma vida melhor para ajudar os pais. Paul um homem bem sucedido e correto, CEO da Turner Entertainment. Vem ao Brasil para fechar mais um negócio e se depara com Sara em sua empresa, a atração é certa...