Meu Salvador

Desconforto e Passeio com Paul

Capítulo 34

Sara

— Acho que sim... acho melhor assim... — Tento me soltar de seus braços, com alguma dificuldade, ele apoia os braços no batente, respiração pesada... — Melhor... Eu... Entrar... — Desesperada, sem saber o que fazer.

— Tchau, bom descanso e obrigada! — Entro e bato a porta. Sinto que Paul permanece lá. Me encosto na porta e vou escorregando até me sentar no chão. Que porra foi essa? Penso. Que calor, preciso de um banho bem gelado.

Fico com os cotovelos apoiados no joelho e a cabeça nas mãos. Essa situação está ficando difícil, quero ter essa relação com Paul de amizade, mas com respeito, sem ultrapassar limites. Na verdade, preciso cortar, mas sem ofender, deixar claro que fora a relação de chefe e secretária, podemos ser amigos, mas nada mais. Amanhã na hora do café terei uma conversa séria com ele.

Ligo o chuveiro eu preciso aplacar esse calor que estou sentindo, não é certo, eu sei que vocês devem estar pensando que sou uma mulher indecisa, pega o chefe ou sofre pelo ex, decida-se, tipo isso. Mas não é bem assim, sou uma mulher bem decidida, sei o que quero e corro atrás, mas no quesito relacionamentos amorosos para mim, é tudo muito novo ainda não sei como agir ou como lidar com certas situações.

Sei que com Lucas foi muito fácil, deixei me levar, mas sempre mantive os pés no chão, nunca iludi dizendo amar e depositei confiança nele gradualmente e o que adiantou? Olha essa bagunça que ele causou aqui. Teve Joca nesse meio tempo também, não queria ele, mas no momento de raiva, cedi a luxúria... Quanto ao Paul, ele é meu chefe, sou novidade para ele, não quero entrar nessa e depois me machucar. Ele pode ter a mulher que quiser e quem sou eu na fila do pão??? Tenho noção disso e prefiro manter os pés no chão. Lucas já fez pelo resto do ano, melhor, por uns 3/4 anos aí.

Paul Turner

Que merda eu fiz??? Consegui avançar com Sara naturalmente e agora faço isso, onde estou com a cabeça. Coitada está se recuperando do baque, consegui distrai-la, arrancar um sorriso, chegar mais perto... talvez amanhã, já tenha dado todos os passos para trás.

Amanhã nosso último dia, ficarei na minha, vou chamá-la para curtir o dia na praia, acho que vai recusar, mas vou tentar, nada de ficar muito próximo, para mostrar que entendi sua fuga. Nosso dia foi tão bom, consegui me aproximar, tocá-la sempre que eu quisesse, aquele calor gostoso, aquela eletricidade que passava para mim. Nosso mergulho, pude abraçá-la, sentir seu corpo, sem maldade, mas não sou de ferro, a desejo e muito. Meu Deus! Preciso ter essa mulher para mim.

Ela mexe com minha cabeça de um jeito que não sei explicar. Agora na porta do seu bangalô, quando ela pula em meu pescoço, não resisto a abraço apertado e vou deslizando pouco a pouco até chegar no chão... Complicado... Fico duro na hora, sentindo seu peito descer e subir no meu, suas mãos em meus braços, ela decide falar que é melhor entrar, caio na minha realidade, ela acaba comigo, minha vontade era de falar não é melhor, entrarei com você, mas não posso fazer isso também, que saco... Tenho que me controlar porque ela não é uma qualquer e outra é minha funcionária. Estou a 20 minutos, apoiado na sua porta, minha respiração voltando ao normal, pensando vai que ela muda de ideia, sei que ela está atrás dessa porta, eu sinto, vontade de bater e chamá-la. Desisto e vou até o meu bangalô, entro direto para banheiro e ligo o chuveiro, fico debaixo, estou com uma ereção monstra e dolorida, que não passa, não quero isso, porque quero muito mais, mas infelizmente no momento isso que vai resolver.

Começo a me tocar, cenas de Sara de biquini mergulhando, me abraçando, sorrindo passando pela minha mente, meu desejo é muito grande, minha ereção cresce mais, nunca fiquei assim com uma mulher, que porra, parece que me enfeitiçou, mas não ligo, minha respiração está mais pesada, estou ficando ofegante, deslizo minha mão com um pouco mais de força no meu pau, que tem ânsia de mais, preciso de pressão.