Desculpas do Paul e ataque do Lucas

134 19 74
                                    


Estou chocada com Paul, não nos conhecemos e olha as coisas que me diz e fala que é brincadeira, não temos intimidade nenhuma para isso, fico pensando como olho para cara dele agora. Ele fala e sai de sua varanda, me deixando lá sozinha, olho para aquele mar azul, tão lindo e límpido e me recordo dos seus olhos azuis tão intensos sobre mim, fico mais um pouco e depois resolvo entrar. Estou sentada na cama, pensativa, quando escuto uma batida na porta, penso não pedi nada e não estou esperando ninguém, decido ir abrir, dou de cara com Paul com suas mãos apoiadas no batente da porta, sexy para caralho num simples jeans claro e camiseta preta.

— Sara, primeiro quero pedir desculpa, não fiz por mal, mas percebi que não gostou da brincadeira sem graça. — Ele estava tão sem graça, mas isso é bom para mim, creio que vai me deixar em paz nem que for por agora.

— Tudo bem, Paul, também fui muito grosseira sem necessidade. — Ficamos os dois patetas se olhando, envergonhados. De repente começamos a rir, igual dois doidos.

— Vamos jantar, Sara? Estou com fome e você? — Já com o clima mais leve, tensão se dissipando.

— Serei sincera, estou com fome também. — Abro um sorriso.

Descemos para o restaurante do hotel, conversando sem aquele clima esquisito e nos sentamos, olhando o cardápio.

— Você gosta de peixe? — Ele me pergunta.

— Sim, bastante!

— Falaram que aqui tem um peixe enrolado na folha de bananeira que é ótimo. Topa?

Com certeza. — Enquanto isso, Luiz que nos atendeu novamente e nos ofereceu um drink.

O garçom chegou com nosso jantar, o cheiro estava divino, uma delícia. Olho para Paul com um pedaço de peixe no garfo levando até a boca e fiquei olhando paralisada, sua boca mastigava com uma delicadeza, mas precisão, que já estava imaginando o que mais ela poderia fazer... Jesus...

Sara? Algum problema? Não gostou? — Ele tirou do meu devaneio e na mesma hora fiquei sem graça como se ele pudesse ler minha mente ou se estava estampado em meu rosto.

Nenhum, estava pensando o quanto este peixe está maravilhoso. — Digo tentando disfarçar meu embaraço e coloco mais um pedaço na boca.

Realmente está ótimo, bem que falaram. — Bem que falaram? Quem??? Mais especificamente.

Quem te contou? — Falei um pouco ríspida e tentei me conter, quando percebi como saiu meu tom.

Uma amiga minha de São Paulo, quando soube que eu vinha para cá me indicou o prato, disse que eu amaria. — Olhei intrigada, fico pensando no porquê dessa reação brusca da minha parte, sem necessidade.

Ah...uma amiga. — Digo meio desapontada, mais porque fiquei desapontada, vou acabar louca, está difícil...

Uma amiga sim, seu pai é amigo do meu, meio que crescemos juntos, quando ficou maior de idade preferiu vir morar no Brasil. — Fala sério.

— Desculpe parecer intrometida, mas não precisava me dar explicação sobre suas amizades. — Saiu bem grosso pelo meu tom de voz, então ele foi para São Paulo ver essa "amiga" só podia.

Não estou te dando explicação, apenas foi um comentário. — Clima ficou estranho e ele ficou me olhando bem esquisito. Deve ter ficado parecendo que estou com ciúmes, merda!!!

OK. — Preferi não falar mais nada e terminei de almoçar.

Quer sobremesa? — Se ele soubesse o tipo de sobremesa que eu estava querendo no momento. Estou muito louca, indecisa, confusa, respira Sara, respira...

Meu SalvadorOnde histórias criam vida. Descubra agora