Saidinha de Casais

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Capítulo 17

Na sequência, Simone e Céia chegaram, elas também iam dormir na casa dos seus respectivos namorados que era no mesmo condomínio que Lucas morava. Diguinho chegou, um pouco tímido, embora nos conhecemos desde criança, participamos junto no projeto Aprendiz, mais não éramos amigos, mais próximo a ele era a Céia, aliás de quem ela não era próxima né.

E aí, meninas!

— Nossa que gatinho você está hoje? — Disse Céia.

— Para Céia.

— Tudo isso é para Estela? Para mim, ninguém nunca ficou gatinho assim né. — Disse Céia tentando descontrair.

Você não jeito mesmo né, não muda. — Ele abraça a Céia.

— Tenho certeza que Estela adorará te ver de novo. — Digo para ele.

Vamos ver até quando né, afinal ela é uma patricinha da zona sul e eu sou um qualquer do morro. ­— Colocou as mãos nos bolsos, balançando os ombros.

— Não pense assim, Estela não é desse jeito, ela não é patricinha. Ela cresceu na vida dando duro no trabalho, mas é uma pessoa simples e boa de coração. E outra, não fique se menosprezando, você tem seu valor, diferente de muitos aqui, você é esforçado, trabalhador, dá duro naquela fábrica, tá! Crescendo também na vida. — Digo.

— Isso é verdade, to me esforçando ao máximo.

— Vai estudar, se você tiver tempo, que vai te ajudar lá na fábrica mesmo, quem sabe assim sobe até de cargo. Agora vamos deixar disso e vamos descer.

— Como vamos? — Pergunta Diguinho.

Vamos no meu carro até o quiosque. Tudo bem? — Disse Simone.

Sem problemas. E o combustível, a gente racha?

— Não precisa se preocupar com isso não. — Disse Simone.

— Qualquer coisa só falar.

Fomos para o quiosque conversando, Diguinho foi perdendo a vergonha, coitado, estava no meio de 3 mulheres, fomos distraindo e ele foi relaxando. Quando chegamos, os meninos e a Estela já estavam. Quando Diguinho viu Estela, ele paralisou, ela estava linda com um vestido floral de tecido leve, uma sandália anabela e cabelos soltos, combinando com o clima, a situação.

- Que gata. – Sussurrou.

- Vamos, senão a gata foge. – Disse-lhe rindo e ele ficou corado de vergonha.

Cada um com seus respectivos parceiros, ela e Diguinho não sabiam como agir, deram um beijo no rosto e se abraçaram. Ela convivendo há mais de 10 anos com Duran, com certeza esqueceu de como é paquerar, flertar com alguém, coitada, ainda mais com aquele sem coração. Tenho uma raiva dele.

Lucas, Rafa e Bruno, esse é o Rodrigo, mora lá no morro com a gente, mas o chamamos de Diguinho.

— E aí cara, beleza? — Disse Lucas dando um aperto de mão e na sequência os meninos também.

Beleza! — Retribuindo os apertos de mão.

Então caminhamos para o quiosque, nos sentamos na mesa e ficamos conversando. Diguinho pegou a mão de Estela e ficou segurando fazendo carinho.

— Bora tomar uma geladinha, o que acham? Vamos até o bar pedir, o que querem? Vamos com a gente Diguinho?

— Claro, vamos sim. O que você quer? — Disse para Estela.

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