Namorado de aluguel (CONCLUÍDA) / Revisado

Capítulo 11

Ela ergue as sobrancelhas.

— Você está mudando de assunto.

— Não estou! Você é que está!

— Ah! Por favor, me poupe e chega para lá. — Mary me empurra com o quadril, me obrigando a mudar para outra cadeira. — Ótimo, estou morrendo de fome! — Ela começa a comer minha comida. Mary sorri para mim. — Obrigada! Você não ia querer ter uma grávida com raiva de você! A menos que... — Vejo as engrenagens na cabeça dela girando ideias absurdas. — Oh! Você engravidou de um caso de uma noite!

— O quê?!

Yago bufa pelo nariz, e a bebida entra pelas narinas e ele começa a tossir.

— É por isso que você precisa desse snifador todo gostoso para te cobrir.

— Credo, Mary! Você quer calar a bocar?

— Então... que história de falso namoro é essa? — Bufo derrotada. — Desembucha enquanto eu como seu lanche.

Yago emburra o prato dele, na minha direção, para compartilhar seu lanche comigo.

Coloco uma batata frita na boca e mastigo, pensando no que dizer.

— Você sabe como a mamãe tá! Sempre em cima de mim com essa coisa de casar.

— Sim, passei por isso, não quero mais.

— É, bem... Falei para ela que estava namorando alguém, só para tira-la do meu pé.

— Então, onde você encontrou o Yago?

— Encontrei ele em um clube.

— Sério? Só isso?

— É... num momento convidei uma bela dama para dançar. E no momento seguinte concordei em ser acompanhante dela, no aniversário... bem, durante toda a estadia aqui.

— E você aceitou sem mais nem menos, Yago?

— Sou um, cara prático: comida de graça, tempo longe da cidade com uma bela dama. Se é que você me entende.

— Yago! Não sei quem é pior, você ou a minha irmã!

— Vocês dois me enganaram completamente!

— Você não pode contar para a mamãe e nem pro papai! Por favor! — Percebi que a Mary perdeu o apetite de repente, quando ela empurra a comida no prato. Conheço a minha irmã bem o suficiente para perceber quando algo a incomoda. — E como está, mana? Além da gravidez.

Ela encolhe os ombros, olhando para baixo, rasgando um guardanapo... então, como que se dando conta dos seus gestos, ela levanta o olhar e exibi um sorriso amarelo.

— Além da gravidez, todo o resto é o mesmo de sempre. — O olhar dela se enchem de lágrimas e ela evitar olhar para mim. — E obviamente mais hormonal.

Ela força uma risada.

Sei que ela esconde algo! Pego a mão dela e aperto suavemente.

— Ei, o que quer que esteja te incomodando, você sabe que sempre pode falar comigo.

E dessa vez ela dar um sorriso genuíno.

— Eu nunca consigo esconder nada de você.

— Somos irmãs.

— E eu fingirei que sou apenas mais uma bela peça do mobiliário, não ouvirei vocês.

Mary dá, um sorriso de lado e parte da tensão sai dos ombros dela.

— O que quer que seja, podemos resolver juntas.

— E ei, se te serve de consolo, eu também vou te apoiar.

— Vocês dois são simplesmente maravilhosos. Obrigada por isso, realmente significa muito para mim. — Mary inspira profundamente e depois expira lentamente. — O bebê não é do Bailey.

— Espere... o quê? Como?

Yago coloca uma mão na minha coxa e aperta uma vez, me acalmando.

— Vocês recorrem a um doador?

Homem inteligente! Eu nem pensei nisso!

— Não... bem... mais ou menos. O Bailey e eu vamos nos divorciar. Ele é gay... mas ele continua sendo o meu melhor amigo... E ele sabia o quanto eu queria um bebe. E ele também queria um bebe, então o Bailey e o namorado dele se ofereceram para ser pais do bebe. Acontece que Bailey não pode ter filhos... Mas! O namorado dele, Mark, concordou em ser o doador e o pai biológico do bebe.

Os ombros da minha irmã caem, o queixo dela treme.

— Se é isso que você quer e se isso vai te fazer feliz, então vá em frente!

— Obrigada... eu precisava mesmo ouvi isso.

— Agora me diga, como você realmente se sente em relação á separação do Bailey... e tudo mais?

Ela encolhe os ombros.

— Dói muito, ainda estou tentando superar. Eu ainda amo o Bailey... Sempre vou amá-lo. Mas ele nunca foi verdadeiramente feliz comigo, e eu quero que ele seja feliz. E, além disso, não há nenhum outro, cara que eu preferisse como pai do meu bebe.