Capítulo 7

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Aceno para uma mulher elegantemente vestida, a seis metros de distância, escaneando a multidão em busca do meu rosto.

— Uau, a sua mãe é gostosa! Se você tiver essa aparência na idade dela, caraca, dê em cima de mim.

— Yago!

Ele pisca olho e eu dou um, tapa no  braço dele, rindo alto, chamando a atenção da minha mãe.

Ela se pavoneia até mim com um grande sorriso, mas eu não deixo de notar a maneira como ela examina o Yago da cabeça aos pés.

— Querida! Bem-vinda.

Ela me puxa para um abraço. Inalo o cheiro familiar dela e uma pitada de nostalgia me atinge.

— Oi, mamãe! O que você está fazendo aqui? Podíamos pegar um táxi.

— Não seja boba, querida. Eu queria dar umas boas-vindas adequadas ao primeiro namorado que você traz para casa. — Sinto o Yago rindo ao meu lado enquanto o calor cobre as minhas bochechas. — Então, onde estão as suas boas maneiras? Eu te ensinei melhor do que isso.

Ela olha novamente para o Yago.

— Mamãe, esse é o Yago. — Pego na mão dele e ele dá um aperto suave, sorrindo para mim antes de voltar a atenção dele para a minha mãe. — Yago, essa é minha mãe Eleonora Jones.

Yago solta a minha mão e puxa a minha mãe para um abraço.

— Você é linda, senhora. Acabei de dizer para Jade que vocês devem ter genes incríveis na vossa família.

— Oh! Obrigada! Você é bastante encantador, Yago. Vamos nos dar muito bem.

— Já podemos ir mãe?

— Julgo que podemos. Terei muitas oportunidades para conhecer melhor o Yago.

— Certo... vamos.

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— Seja bem-vindo á nossa casa, Yago.

— Obrigada. — Yago me puxa para perto dele e ri para mim. — Não pedéria a oportunidade de conhecer a família da Jade!

Olho ao redor da sala de estar. Meus pais reformaram os moveis, mas a poltrona favorita do meu pai continua na sala.

Lembro que quando eu era criança costumava me aninhar no colo do papai naquela poltrona enquanto ele lia os meus livros favoritos.

— Onde está o papai?

— AGUSTIN! — Grita mamãe.

— Onde está a minha filhinha, amor?!

O meu pai entra, vestindo um 'kilt' e com um grande sorriso.

— Agustin!

— Papai!

Antes que a mamãe ou eu consiga dizer alguma outra coisa. Yago dá um passo á frente com a mão estendida.

— Oi! Senhor Jones, eu sou o Yago.

— Me trate por Agustin, filho.

— Então, que clã vocês representam?

E com essa simples pergunta, Yago conquistou o meu pai também.

— O que diabos você está vestindo, Agustin?

— Um 'kilt', minha querida Eleonora, o que você comprou para mim, para aquela coisa naquele ano.

O meu pai move a sobrancelhas e a minha mãe lança um olhar de pânico para ele.

Yago ri, se inclinando para sussurrar no meu ouvido.

— O seu pai é hilário.

— Nunca tive um momento de tédio com ele durante a minha infância.

— Dá para perceber.

Yago cutuca o meu nariz.

— Levarei as vossas malas lá para cima.

— Me permita ajuda-lo.

— Bobagem! Relaxem, crianças... Tenho que manter esses bebes em forma. — O meu pai flexiona os músculos e eu não consigo evitar o riso. Antes de pegar as nossas malas, ele beija a minha testa e olha para mim com a maior ternura do mundo. — Bem-vinda a casa, minha menina.

— Obrigada, papai.

— E eu vou, dá, uma olhada no forno.

— Claro, mamãe.

Assim que meus pais estão fora de vista. Yago me vira totalmente de frente para ele, agora apoiando às duas mãos nos meus quadris, puxando eu para mais perto. Ele esfrega o nariz dele, no meu.

Coloco os braços em volta do pescoço e fico na ponta dos pés.

Todos os outros pensamentos desaparecem da minha cabeça quando os lábios do Yago se encostam nos meus. Ele mantem o beijo doce e lento.

— Vamos. Suponho que eles já estão esperando nós fazer a nossa aparição.

Yago pega a minha mão enquanto abro o caminho para a sala de jantar.

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O kilt é uma peça do tipo saia sem bifurcação na altura do joelho, com pregas nas costas, originada no traje tradicional de homens e meninos gaélicos nas Terras Altas escocesas.

Próximo capítulo promete.

Votem, assim eu sei que estão gostando e isso motiva a autora aqui.

Bjs.

Namorado de aluguel (CONCLUÍDA) / RevisadoOnde histórias criam vida. Descubra agora