Índia 🧚♀️
Depois daquele dia o Saulo começou a dormir na minha casa quase todos os dias, menos quando tinha plantão, aí ele deixava o Lucas aqui bem de noitinha e voltava no fim do plantão.
Quando eu acordava tinha café na mesa e as crias já estavam prontas pra escola. Mas eu tava começando a ficar incomodada.
Não sabia em qual pé estávamos. O Russo não me assumia, nem me dava satisfação. Até que eu decidi que quem manda nisso tudo era eu e estava me arrumando.
Tava bem pertinho da hora que ele vinha e a Ayla já começou a ficar agitada. Perguntei se queria ficar com a Lua, a menina que ajudou o Cobra e tava precisando de dinheiro então eu pagava pra ficar com a Ayla enquanto eu trabalhava no postinho do morro mesmo. Daí beleza, ela disse que queria ficar com o pai e eu bem plena me arrumando, já tinha combinado com as meninas e tudo ótimo.
— Vai pra onde toda trabalhada assim?
Me assustei com a voz do Saulo e a Ayla saiu correndo atrás do Lucas.
— Curtir a minha vida, bebê.
— Tô falando sério, Tainá.
— Eu também estou, Saulo.
— Vai pra onde?
— Baile no P.U.
— Vai pra lugar nenhum.
— Senta aí — apontei pra cama, com um sorriso imenso e esperei ele obedecer pra ficar na sua frente. — Tá vendo alguma coisa aqui? — mostrei minhas mãos e ele continuou calado. — É porque sou livre e mesmo que não fosse, macho nenhum manda no meu rabo.
— Não foi o que me disse ontem — puxou meu cabelo até deixar nossos rostos próximos. — No chuveiro — beijou meu pescoço. — Nem na cama e nem pia da cozinha. No seu rabo, mando eu.
Segurei o rosto dele com força, cravando as unhas na barba dele. Saulo gemeu e tentou avançar pra me beijar, mas eu recuei.
— Não é porque você me fode uma vez ou outra. Ou porque dorme na minha cama, que manda em mim. Eu quero sair e eu vou sair. Se eu quiser dar pra outro cara eu vou dar. Espero que você acorde de uma vez e perceba que não manda em nada que me envolve.
— Você ficou maluca? — ele rosnou, me jogando na cama e ficando por cima de mim. — Tá achando que é quem, hein? — apertou meu pescoço e eu gemido, provocando ele e sorrindo. — Se acha que só porque disso vou cair no teu papinho e fazer o que você quer tá muito enganada. Boceta é o que não falta no mundo.
— Mas você já esta fazendo o que eu quero, mozão.
— Filha da puta.
— Me beija, Saulo.
Ele obedeceu. E estava quase enfiando a mão na minha calcinha quando saí do seu aperto e voltei pra frente do espelho rindo.
— Não me desafia, Tainá.
Eu ri e mandei um beijinho pra ele.
Esses dois...
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DE VOLTA [M]
Lãng mạn"Quando você reparar, quando você me notar Já vai ser tarde demais, não vai dar tempo mudar"