EU SEGUREI A ARMA FIRMEMENTE NAS mãos, apontei para seu peito o suficiente para vê-lo arregalar os olhos e esticar as mãos machucadas em minha direção.
— Por favor, não! – ele gritou.
Sua voz agoniada quase me enganou.
E eu atirei.
As luzes voltaram ao normal, tudo tinha voltado ao normal na verdade. Agora eu conseguia ver tudo com mais claridade. As salas de treinamento. A sala do Sr. White e uma camada grossa de vidro em uma das paredes. Não demorou para que eu descobrisse que era uma sala. Edward foi o primeiro a sair dali, correndo em minha direção.
— Você se saiu tão bem! – ele disse animado, mas sua voz era dolorosa, como se ele estivesse sentindo exatamente minha dor.
Eu tinha acabado de matar alguém parecido com Polux, e com Fitch, e com Kaus.
Eu tinha acabado de destruir as pessoas mais importantes de minha vida.
Lágrimas rolaram em minhas bochechas e Edward foi rápido o suficiente para limpá-las antes que qualquer um visse. Se alguém olhasse para mim, certamente pensaria que eram gotículas de suor.
Palmas ecoaram de trás de mim e eu tencionei.
Sr. White estava me aplaudindo.
— Não pensei que fosse conseguir.
Engoli minha resposta na ponta da língua, e sorri azeda.
— Obrigada.
Ele não sorriu ou se abalou.
— Isso não foi um elogio, Jameson.
Tranquei a mandíbula para me impedir de falar qualquer coisa.
Sr. White deixou seus olhos repousarem astutos em mim, vagando por minha mente, e por minhas feições. Eu me senti desnuda e tive vontade de me esconder atrás de Edward.
— Na verdade, senhorita Jameson, pensei que fosse desabar no minuto que viu seu noivo.
As pessoas já estavam fora de alcance, mas alguns curiosos ainda inclinavam a cabeça para conseguir ouvir nossa conversa. Eu não queria ninguém sabendo de meu passado com Polux. Não era uma coisa boa aqui e em nenhum lugar que meu ex-noivo fosse ninguém menos do que Polux Finnik.
Mas curiosamente as pessoas não hesitavam em conectar os pontos e fazerem menções a mim como Sra. Finnik. Tanto de brincadeira, como para alfinetar mesmo.
Lembrei das palavras ácidas de Adelaide, sobre ninguém poder saber sobre Polux e sorri azeda, dizendo no mesmo tom um tanto quanto falso que Sr. White usava comigo.
— Ah, é mesmo? Ele morreu. Foi fácil distinguir isso. E mesmo que estivesse vivo, eu não hesitaria em matá-lo. – minhas palavras me atingiram como um soco no estômago, mas meu sorriso não se abalou. Eu não poderia me deixar abalar.
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A Caçadora - A Rendição
RomanceKaus e Polux Finnik voltaram a ser humanos, e a vi-da de Helena nunca mais será a mesma. Por estar noiva do anjo, Polux Finnik, seu inimigo declarado e procu-rado por todos os caçadores, ela escolhe se mudar com o irmão e o futuro marido para Manhat...