ACORDEI VÁRIAS HORAS depois quando meu telefone começou a tocar incansável, parecendo ter sido programado para me irritar. Tateando a cama em busca do maldito som, fui obrigada a abrir os olhos quando não o encontrei.
— Droga! – vociferei me levantando de mau gosto.
Quando achei a origem do som, agradeci mentalmente e desliguei vendo que já tinha caído na caixa postal, me virando para voltar pra cama. Mas vozes baixas vindas da sala me impediram. Pegando a pequena arma e a carregando, sentindo meu coração bater alto demais, abri a porta de meu quarto, ouvindo as vozes ficarem mais audíveis.
Respirei forte algumas vezes antes de criar coragem para investigar quem eram as pessoas dentro de minha casa, e apontei a arma para a sala.
Nada. Só a lareira estava acesa e o piso perto da janela, elevado. Um pavor começou a se expandir por meu peito.
Passos e eu apontei a arma para qualquer pessoa que tivesse dentro de minha casa.
O rosto amigável de Edward entrou em minha visão, assim como o de Nate, que insistia em carregar o sorriso sacana. Gostaria de dizer que ver dois rostos familiares numa hora daquelas era bom, mas a verdade era que eu estava morrendo de vontade de dar um tiro em alguém, ou alguma coisa.
— O que está fazendo aqui? – perguntou Nate.
Carreguei a arma tentando soar ameaçadora.
— Ia fazer a mesma pergunta.
Ele riu.
— Temos assuntos para resolver com Edward.
Levantei uma sobrancelha, confusa com o rumo daquela conversa.
— Temos? – minha voz saiu baixa demais para meu gosto.
E antes que ele pudesse responder mais vozes se fizeram ouvidas, seguidas de risadas. Empurrando Nate para o lado e indo em direção à cozinha, de onde as vozes vinham, pude ver que vários homens se empoleiravam na pequena mesa de jantar.
Pigarrei bem alto e todos os olhos vieram parar em mim, deixando o cômodo em total silêncio. Percebi que Jason também estava ali, e tomava uma coisa avermelhada em uma taça. Apontei com o dedo e murmurei:
— Eu realmente espero que isso seja suco.
Pude ver seu pomo-de-adão subir e descer conforme ele engolia a saliva secamente.
— Isso aqui é alguma reuniãozinha que eu não estava sabendo? – perguntei.
Minha voz era ácida e o suficientemente seca para fazer alguns caçadores se entreolharem. Caleb, Nolan, Jake, Sullivan se levantaram devagar e ficaram num canto afastado de mim, como se eu fosse a ameaça.
Greyson parecia tanto quanto um gatinho assustado do lado de meu irmão, Rob quase se enfiava embaixo da mesa, assim como Jaden. Mas Jeremiah foi o único a levantar e vir até mim, com os passos firmes. Pude ver que ele parou, olhou para algo em cima de minha cabeça e sorriu de leve.
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A Caçadora - A Rendição
RomanceKaus e Polux Finnik voltaram a ser humanos, e a vi-da de Helena nunca mais será a mesma. Por estar noiva do anjo, Polux Finnik, seu inimigo declarado e procu-rado por todos os caçadores, ela escolhe se mudar com o irmão e o futuro marido para Manhat...