Capitulo 96

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Ontem a noite, quando voltei para o acampamento Illyriano, Mor e Cassian jantavam juntos, os dois olharam para mim esperando atualizações sobre Rhys e Feyre, contei a eles que os dois estavam juntos quando sai da casa, não foi dificil deduzirem que: Se Rhys voltasse em algumas horas, Feyre tinha rejeitado o laço, se voltassem de manhã,  o laço teria sido firmado.

Ele não voltou a noite. Ela aceitou o laço.

Não pudi deixar de imaginar como seria se eu firmasse o laço com Helion e todas as opções do que vinha a seguir me apavoravam. Um relacionamento, algo firme e sólido que nos ligava de corpo e alma, um casamento? talvez. Eu me tornaria a senhora da corte diurna se me casasse com Helion e não sei oque aconteceria se eu tomasse da corte outonal oque é meu por direito, o trono.

Mesmo que eu aceitasse, mesmo que passasse por cima de tudo oque me apavora sobre um relacionamento, sobre um parceiro, a guerra ainda estaria batendo a nossa porta e talvez levando pessoas queridas então ele poderia me ajudar a passar pelo luto por pior que fosse, ou a guerra levaria ele e eu sentiria toda aquela dor da perda de um parceiro outra vez, outro pedaço de mim morreria e então, fênix ou não, eu arranjaria um jeito de acabar com isso, eu não passaria por tudo aquilo denovo, não sentiria aquele vazio ainda maior, não me tornaria uma casca oca, não, eu arranjaria um jeito de partir também, algum feitiço ou arma em algum lugar do mundo seria capaz de tirar minha vida.

Isso era horrivel, deixaria Feyre em luto e Cassian e Azriel e Mor e Iran e Rhys, até Amren, tenho certeza, e meus amigos humanos não saberiam da minha morte, não poderiam se despedir e isso era péssimo, não poderia aceitar esse laço, mesmo que eu quisesse Helion, e muito, não poderia aceitar, pelo menos não até o fim da guerra.

– Acho bom você segurar essa língua quando eles voltarem -disse a Cassian

– Não sei se sou capaz de fazer isso -ele ironizou levando as costas da mão a testa.

Eu estava deitada em seu colo no sofá enquanto ele fazia carinho no mei cabelo, ja tinhamos tomado café da manhã e estávamos apenas esperando até que Rhys e Feyre voltassem do Chalé.

Então eles atravessaram até o acampamento. Não ficariam tempo o suficiente para correrem riscos de serem rastreados e com dez mil guerreiros illyrianos cercando os diversos picos, duvidavamos que alguém seria burro o suficiente para atacar.

Eles tinham acabado de aparecer na lama do lado de fora da casa quando atravessei com Cassian para atrás deles e o illyriano disse ao meu lado:

– Bem, já estava na hora.

Rhys emitiu um grunhido selvagem e descontrolado ao ouvir e fareijar Cassian perto de sua parceira e ela segurou os braços de Rhys, quando ele se virou para Cass.

Cassian olhou para Rhys e riu mas os guerreiros illyrianos no acampamento começaram a levantar voo, levando
mulheres e crianças com eles.

– Viagem difícil? - Cassian prendeu o cabelo preto com uma faixa de couro
desgastada.

Ele sempre prendia o cabelo antes de treinos e de um combate corpo a corpo. Cassian estava se preparando para uma luta, percebi.

Silêncio sobrenatural agora escorria de Rhys, de onde o grunhido tinha disparado apenas momentos antes. E para não ver Rhys transformar o acampamento em ruínas, Feyre disse a ele:

– Quando ele esmagar seus dentes para dentro da boca, Cassian, não venha chorando até mim.

Cassian cruzou os braços.

– O laço da parceria está deixando você irritadinho, Rhys?

Sim, estava. Rhys estava ansioso e visivelmente irritado com a presença de Cassian ou de qualquer outro macho, qualquer um podia ver isso mas Rhys não respondeu e Cassian riu, para provoca-lo, obviamente.

Corte de chamas e pesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora