Capitulo 71

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Iran ja tinha vomitado quase dez vezes desde que acordamos, nem tinha mais nada oque sair de seu corpo mas ela continuava a vomitar bile e sei la mais oque diabos era aquilo, mas era nojento e fedia.

Ela ainda estava queimando em febre quando a levantei e entrei na banheira com ela em meu colo a mergulhando em água de temperatura ambiente, da mesma forma que uma vez fiz com Feyre na corte primaveril.

A garota se agarrou ao meu pescoço como uma criança e choramingou sobre o frio e as dores que sentia enquanto tremia e deitava sua cabeça em meu ombro, exausta pela noite não dormida e os vômitos recorrentes.

Puxei o balde que tinha deixado ao lado da banheira quando Iran ameaçou vomitar outra vez e ela o fez, com a cara dentro do balde sem se dar ao trabalho de levantar a cabeça do meu ombro e ficou ali encolhida em meu colo e agarrada ao balde.

– Faz parar por favor -ela choramingou

– Eu faria se pudesse -sussurrei fazendo carinho em seu cabelo – até trocaria de lugar com você mas não posso.

Então ela começou a chorar, não sei se de dor, frustração ou cansaço, talvez fosse por ambos talvez fosse por qualquer outra coisa que eu não entendia mas a abracei forte e deixei que chorasse, que tirasse tudo aquilo a aflingia e enquanto o fazia, me senti mal por vê-la assim.

Eu, querendo ou não tinha culpa nisso e doia ve-la dessa forma, passando por algo que nunca imaginei que ela passaria.

                                    ◇

Ja haviam se passado horas desde o nascer do sol, Iran tinha parado de vomitar mas continuava tremendo e suando frio mas pelo menos sua febre também ja tinha passado.

– Coma nem que seja um pouco -disse entregando uma tijela de mingau para ela

– Não quero vomitar denovo -ela me olhou feito um cachorro que pedia carinho

– Se tiver que vomitar vai fazer isso tendo comido ou não, então pelo menos coma e não fique com dor no estômago. -respondi me sentando ao seu lado na cama.

– Ta bom, mãe, me dê a tigela -ela disse me fazendo rir de sua ironia.

– Eu pedi a Morrigan que comunicasse a seu chefe que estará inapta ao trabalho pela próxima semana, também pedi para que trouxesse uma curandeira, quem sabe ela possa ajudar em alguma coisa.

– Acha que ela vai conseguir me limpar do ópio?

– Completamente? Não, mas uma ajuda ainda é uma ajuda, por menor que seja -dou de ombros

– Mor, ela é... confiável?

– Oque quer dizer com isso? -perguntei franzindo a testa

Não que eu duvidasse da lealdade de Mor mas eu queria saber a oque exatamente Iran se referia com aquela pergunta.

– Quero saber se tem certeza que ela manterá minha... -ela faz uma pausa escolhendo as palavras – situação, em segredo.

– Manterá, sim, eu já falei com ela sobre isso, fique tranquila -respondi a tranquilizando

Os ombros de Iran foram aliviados da tensão quando ela disse:

– Não quero questionar seus amigos -ela explicou – Eu apenas não me sentiria confortável com todos de Velaris sabendo que sou uma viciada em ópio passando por uma abstinência

– Mor sabe guardar segredo, escondemos uma cidade do resto do mundo, guardar seu segredo não será dificil -dei de ombros

– Não quero mais -ela resmunga me entregando a tigela do mingau.

Corte de chamas e pesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora