Capítulo 9 - Princesa Bela adormecida

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Capítulo 9 - Princesa Bela adormecida

Eu acordo no meu banheiro, tão cedo, que está tudo tão silencioso, parece que tudo é maravilhoso, meu braço está ardendo tanto, de noite eu enrolei com uma faixa, peguei minhas roupas sujas, me arrumei para o colégio e sai o mais silencioso que eu pude, não vi meu pai, fui até a lavanderia, como era só deixar a roupa lá, pagar a máquina e esperar, eu aproveitei e passei na farmácia, dizendo que me cortei sem querer, o próprio farmacêutico enfaixou minha mão, dizendo para eu ir depois para o hospital, claro que eu não iria, mas falei que sim, ele me vendeu uns remédios que era permitido, voltei para a lavanderia, pegando minhas roupas lavadas e fui para o colégio, guardando minhas roupas no meu armário.

Recebi um e-mail no celular, com outro grupo do colégio, querendo fazer uma logomarcas, fui para a biblioteca, ler melhor e pensar, isso poderia me ajudar a me distrair. Quando cheguei, dei bom dia para a senhora da biblioteca, que me deixou usar um dos computadores antes do horário, fiquei lá, criando a logomarca, mais uma que eu seria pago.

— Ei, Adam. - Levanto a cabeça, e a senhora da biblioteca está estalando os dedos na mesa dela. — Já bateu o primeiro sinal. - Ela diz, logo olhando para o relógio de parede ao lado da sala.

— Ah, valeu. - Olho para o relógio, e nem percebi que passou tanto tempo, volto a minha atenção para o computador, salvando o projeto, enviando para mim mesmo, e desligo. — Bom dia, tia. - Pego minha bolsa e saio da biblioteca, minha primeira aula era educação física, como fazer aula com a mão doendo.

— E ae Adam. - Vejo Rogério vindo do outro lado, com Lucas, levanto as sobrancelhas, como se tivesse cumprimentado.

— E ae. - Respondo, eles vem junto comigo.

— Aquele filme de ontem foi chatão, hein, ia ser muito mais louco se a gente tivesse visto os Guerreiros. - Lucas diz, meio desanimado, depois me olha. — Você viu o um?

— Vi, mas não curti muito, prefiro os Magos de Atlanta. Não curto filmes de cordinhas.

— Oi Minzy. - Ouço Lucas e olho para frente, vendo Minzy, que parecia que estava saindo na quadra.

— Bom dia gente. - Ela da um sorriso sem graça, e quando chega perto, Lucas da um beijo no rosto dela, não é nem com a bochecha, sabe? É dando um beijo mesmo, esse cara era muito idiota, diferente dele, Rogério cumprimenta com a bochecha. Ela me olha e eu dou um sorriso sem mostrar os dentes.

— Bom dia. - Eu tento esconder minha mão, mas colocar ela para trás dói um pouco, Minzy olha para o chão, provavelmente ela ficou tentando ouvir o que aconteceu em casa, e isso me deixa puto e triste.

— Vamos indo alongar. - Rogério da um tapa com a mão em Lucas, ele olha pra Minzy e depois pra mim, eu só ergo uma sobrancelha, ele levanta as duas, como se tivesse se tocado pra sair.

— Ah, é, sim, sim, alongar. - Ele responde, não consigo gostar dessa criatura, cada atitude dele, da uma vontade de dar um soco na cara dele..

— Tudo bem? - Ouço Minzy, olho para ela, que coloca os braços para trás, me olhando, eu dou um sorriso e ela respira fundo.

— Sim. - Ela me olha como se não acreditasse, olha meu braço e depois para mim, bem devagar, como se tivesse descoberto alguma mentira. — Ah, escorreguei na escada. - E eu minto mesmo, não queria, mas ela não entenderia esse mundo.

Ela franze a testa, parecendo zangada, e começa a andar em direção a quadra, eu vou atrás, estamos andando mais devagar, vejo o professor passar pela gente, dando um breve bom dia.

O Clichê de MinzyOnde histórias criam vida. Descubra agora