uma época onde as criaturas mágicas de escondiam dos humanos, zendy uma garota humilde que vive em uma vila no interior da cidade de uma forma pacífica vê tudo ir ladeira a baixo quando a guerra chega até ela.
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Ele retira as mãos rapidamente da minha bochecha vendo a situação.
- crystaly, certo? — ele diz retirando o prato de folha das minhas mãos e colocando um pouco mais de carne.
- isso, Zack. — falo pausadamente, pois percebo, meus pulmões também doem.
- deve estar dolorida... sinto muito — ele diz se abaixando na minha frente e me cobrindo mais com as peles.
- sente pelo ... — não pude terminar a frase pois ele me cortou de forma rápida.
- seu corpo deve estar dolorido — ele diz com 3 frascos de misturas estranhas nas mãos.
Meus olhos se encontram com os dele e digo assustada:
- como sabe? — a fala foi mais alta que o normal o que fez meus pulmões gritarem de dor.
- você ingeriu uma substância chamada Ergenoyer— ele disso colocando mais peles em volta de mim.
A olho confusa por dois motivos, 1 não sei que raios de substância é essa e dois, por que alguém me faria ingerir isso... será que ele mesmo fez isso, o olho intrigada, e agora está admitindo para parecer o bom da história?
- se está pensando que fui eu... Eu não seria tão idiota a esse ponto— ele diz passando as mãos pelo meu cabelo. — se é o que está pensando — eu pude ver um breve sorriso saindo de seus lábios amarronzados.
- você lê mentes?! — digo em surpresa, como é possível! É a segunda vez só hoje, será que ele é um fantasma que veio me buscar para morada com os santos?
- não — agora ele ri verdadeiramente, seu rosto levemente corado de alegria e suas covinhas totalmente amostra,um sorriso belo, que podia fazer qualquer garota se apaixonar, apesar das cicatrizes no rosto, que agora olhando de perto, pareciam apenas mais uma marca da sua beleza — você apenas denuncia seus pensamentos com seu rosto... porém as vezes me pego em dúvida — ele pega o frasco do remédio e coloque uma quantidade na tampa— tome isso, vai ajudar, e não quero me sentir culpado rindo com você em tais condições. — ele estica o remédio para mim e eu o pego já tomando, se fosse veneno? Pelo menos estaria me livrando dessa dor infernal de qualquer forma.
O gosto do remédio, é o pior que já senti em toda minha existência era horrível, ruim, péssimo, qualquer palavra que significava ruim, e espero realmente que isso esteja estampado na minha cara, pois nunca mais quero sentir esse gosto.
Ele ri de leve novamente.
- não pode trocar de remédio, esse é o único que anula o efeito da Ergenoyer— ele diz tampando o frasco.
- e aonde eu tomei essa maldita substância?! Me diga para nunca mais comer ou beber esse alimento.
- bom... você não bebeu nem tomou isso, você inspirou, no festival. — ele fica olhando para o topo da caverna.
- o festival do vinho com um nome difícil? — estava claramente em dúvida— mas eu nem tomei o vinho. — falo cabisbaixa.
- o nome se chama fieorlt — diz com a voz levemente mais rouca. — é um festival para casais já consolidados, para copular.
- copular? — digo confusa.
- é... — suas bochechas de enrubecem completamente — Crystaly... você sabe o que é trepar? — ele diz claramente envergonhado. Mas eu realmente não sei o que que é isso. Ou talvez tenha uma ideia sobre.
- não. — digo sincera.
- bom e isso que fazem nessa festival, mas a garantia é que tera o um bebê por isso o uso da substância, mas tem que ser consolidado... se não as mulheres ficam igual você se não há nada dentro delas.— ele diz claramente tentando ser o mais delicado possível. E por um breve momento eu entendi o que ele disse sobre "consigo ler seu rosto".
- então... É a palavra que vocês usam para ser molestada ?
- molestada sexualmente você quer dizer? — ele diz me olhando.
- ISSO! É ESSA A PALAVRA QUE A MAMAE USAVA QUANDO EU SAIA SOZINHA — sinto uma forte dor no meu corpo por esse tom alto que dei.
- ah — ele ri— ela estava certa, então você sabe o que é ?
- sim! Eu sei ! Mas o que isso tem haver com o veneno?
- bom... — ele para um momento para procurar as palavras certas — quem te levou no festival... queria fazer isso com você, exatamente como sua mãe dizia.
Mihonick? De repente tudo volta, as memórias da cara de giullia ao citar ele, por que Michele não disse nada? Ela também não sabe? Mas ela parece estar trabalhando na mansão a mais tempo do que eu, creio que foi um conhecidencia ruim. Mas e todas as vezes que ele me elogiou , o beijo que me deu ( eu realmente queria aquele beijo?) Me pergunto no fundo do meu coração, por que o aceitei? Estava desesperada por alguma ponte, alguma corda para me segurar e ele foi o mais facil? Como fui tola, eu deveria ter percebido, eu uma garotinha, escrava , ingênua vinda de um país pequeno derrotado pela guerra, seria o seu alvo mais fácil, depois de me estuprar, o que ele faria? Me largaria de lado como deve ter feito com muitas outras? E me deixaria ao lado de giullia? Mas o que me garante que o que esse moço ( zack) diz é verdade, por que ele está me ajudando? Eu fui feita de tola... novamente, primeiro foi com o senhor do teatro, agora com um rapaz que eu achei me amar e depois com quem será? Estou apenas repetindo os passos da minha mãe, e não quero que essa vida se repita comigo. Não quero. Não quero. Não ...
- ei... — sinto uma mão quente secar as lagrimas que saiam dos meus olhos sem que eu percebese— você não é a culpada, sabe por que ? Homens ruins existem no mundo sempre vão existir, mas tem que se lembrar de ser forte, que você é melhor que eles, não importa quantas vezes tenha passado por isso.
Me virei para encarar seus olhos azuis firmes.
- por que está me ajudando? — perguntei, em forma de súplica e internamente rezava a todos os Deuses, Santos ou qualquer forma superior para que a resposta dele fosse que era ele, mas não foi isso que recebi.
