uma época onde as criaturas mágicas de escondiam dos humanos, zendy uma garota humilde que vive em uma vila no interior da cidade de uma forma pacífica vê tudo ir ladeira a baixo quando a guerra chega até ela.
- por que está me ajudando? - ela pergunta com seus olhos violetas, creio ela tinha percebido me olhando.
-por que meu pai fez isso com a minha mãe.
disse mais calmo do que estava internamente, eu tinha 2 opções para essa pergunta, ou dizer que estava apaixonado por ela e ela simplesmente começar a me odiar, até por que , que sentido haveria? Só a vi uma vez no palco, ou dois dizer que foi o mesmo que o meu pai fez com minha falecida mãe. ambos não eram mentira, mas meias verdades. Incompletas.
Pude ver o medo e pena estampado nos seu rosto, e as mãos delicadas tomarem meu ombro esquerdo, com leves batidinhas.
- sinto muito - ela disse com pesar.
- não sinta. - reencosto minha cabeça nas mãos dela - você não ter jogado um balde na minha cabeça e fugido já é o suficiente.
Ela ri levemente
- não estava pensando nisso - diz um uma pequena risada.
- e eu sou o santo Deus escuridão - dou uma leve risada e ela gargalha.
Ela ficava, como uma brisa suave e leve em um dia de verão, denunciando a chuva próxima de final da tarde. Uma música tocada por um primo habilidoso, como se o mundo, o meu mundo amasse ve-la feliz.
- quem é sua mãe? - ela pergunta desviando um pouco o olhar, e posso ver seus cabelos cor de opala brilhante junto com a fogueira improvisada que fiz. - se não quiser dizer é só.. - antes que ela termine eu respondo.
- o nome dela era Helen,nenhuma nobre, ou algo assim.
- então... como ela conheceu seu pai?
- não sei muito bem - eu sabia. - ela vivia reclusa, mas a antiga lady abraham não conseguiu um filho, nem com o festival que você acabou de participar, então meu pai pegou uma dama bem mais nova que ele e tomou como sua, ela não queria meu pai, mas então, eu nasci. O filho que ela odiava.
Ela toca toca no local das minhas cicatrizes e queimaduras.
- eu... sinto muito. - ele diz e retira rapidamente as mãos das minhas marcas.
- essas foram meu pai, talvez eu dia você veja a que minha madrasta fez - eu me levanto.
- as do seu pai? - consigo sentir o tom preocupado dela, apesar de estar de costas. Mas não respondo e finjo que não ouvi.
- vamos voltar - me viro e dou um vestido que havia comprado a ela um tempo atrás.
Era um vestido longo simples de linho acizentado, com bordados e de dálias na vara do vestido e nas mangas. Comprei rapidamente, mas espero que combine com seus olhos. Me viro esperando ela se trocar.
- pode olhar - ela diz com uma voz mais tímida e envergonhada que o normal.
Eu me viro e quase não tenho fôlego para responde-la.
- está... linda. - digo pausadamente.
Sinto as bochechas dela corarem como uma chaleira pegando fogo.
- é o vestido mais bonito que já usei. - pequenas lagrimas de emoção podiam se vistas por cima das bochehcas coradas. E um sorriso leve como uma pena surgiu em meio às lágrimas - obrigada.
- espero fazer muito mais que isso. - digo a pegando no colo e levando para o dormitório.
- o que direi quando perguntarem aonde eu estava? - ela pergunta encarando mais uma meus olhos.
- diga que se perdeu na floresta no festival, é algo comum, até certo ponto, principalmente para você que é nova no país.
Eu afirmo e ele me pega no colome levando em direção a mansão.
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Crystaly.
Chegamos quase de madruga,o caminho foi calado, como se aquela conversa nunca tivesse um dia existido. Ele me deixou no dormitório das empregadas. Apenas com o belo olhar marinho e um adeus breve. Me deito silenciosamente na cama vagando meus pensamentos. Em como seus olhos brilhavam quando falava comigo. Mas principalmente como o rosto dele ficou radiante quando disse que estava linda, pude ver a sinceridade nos seus olhos, o brilho na sua alma, ouso dizer. Creio que tenha sido apenas impressão. Pego a manga bordada do vestido novamente, deve ter sido uma roupa velha de alguma irmã dele, ou esposa, o pensamento Ele é se casado, estranhamente me dói, uma dor eletrizante, apesar de tudo isso ainda era o melhor presente que alguém já havia me dado. Quase me esqueci do que mihock fez. Quase. ▲──────◇◆◇──────▲▲──────
- onde voce estava? - acordo com o grito de Michele nos meus ouvidos.
Minha dor de cabeça ainda não passou completamente, mas tenho força para responder o que zack me orientou.
- me perdi na floresta. - digo descendo a beliche.
- e esse vestido? - Michele pergunta- roubou? - ele ri de leve.
- não... achei jogada na floresta. E usei o vestido branco sujou e muitos incautos estavam vindo me picar por conta do docê da fruta. Vou me trocar.
O dia toda foi o mesmo turbilhão de perguntas mas tudo que eu pensava eta naqueles belos olhos. A governanta me colocou para limpar os estábulos, por ter sumido por tanto tempo, pelo o que entendi o Sr.abraham não ficou sabendo já que foi viajar por 1 mês no daí do festival ( bom isso explica por que não fui acusada de desertar e mandada para forca) foi o que entendi,nesse país se você larga seu posto, não importa o que, rei, princepe, papa, Santa, sacerdotisa, empregada e até mesmo escravas como eu, serão punidos com a morte por forca, ouvi, tantas mais tantas vezes que era sortuda. Não vi mihonick ainda, eu juro que se o visse daria uma belo soco no seu rosto para que nunca mais esquecerá de nunca mais fazer isso comigo, nem com mais ninguém, mas ele sumiu, como se estiver a fugindo de mim, um grande covarde claro, é fácil manipular a mocinha estrangeira, mas e se ela fugir, o que ele faria com um filho meu? Colocaria no lixo, quem quer um filho em um mundo como esse alguém que nascerá sem poder disfrutar o melhor dessa terra. Olho para o relógio e a hora da minha penitência finalmente acaba. Volto para mansão me perguntando se tudo não passará de um sonho ruim, mas com partes muito boas.
