Fuga e Paixão - Além Do Tempo Livro 1

capitulo 6

Ele vai saindo com a bengala fazendo tuck,tuck com o chão feito de vários paralelepípedos, com uma postura nobre e prepotente.
O vento bate nos meus cabelos Brancos e eu aproveito o ar fresco, até que uma mulher com vestimentas pretas e um relógio de pulso fazendo tick tack segura meu puso e me olha com desdém.
- seu selo — ela me dá um colar apertado com um cadeado e me tranca a ele— não sairá até o final de sua vida

A mulher tinha uma feição nova bem jovial,apesar das cicatrizes nas mãos revelarem a velhice, ela tinha olhos sem bilho e algumas rugas na testa marcas de sorrisos a muito não vistos nas suas bochechas conforme falava.

- venha querida, vou te mostrar a mansão. — ela vai andando na minha frente como se eu espera-se que a seguisse, e eu faço isso por livre e espontânea vontade o vento aqui fora começou a me incomodar com esse fino   vestido de linho — o mestre nunca compra escravos... ele é progressista é muito estranho... você estar aqui — ela sorri— mas ele é bem melhor do que outros mestres.

Nos entramos na mansão,meus olhos se arregalam e eu fico paralizada olhando não sabia que...

- não sabia que uma casa poderia ser tão grande não é? — ela completa meu pensamento — pode admirar , você que vai limpar a maioria disso depois — ela falou com um tom estranhamente muito gentil.

As paredes teriam gesso com algumas linhas e flores esculpidas em Branco,um lustre enorme que eu tive que inclinar a cabeça para cima para ver, teriam lamparinas menores nas paredes com chamas iluminando o caminho, um arco vitoriano a direita dava a perfeita visão de uma sala enorme com três sofás de couro em cada ponta uma mesinha de madeira no centro e uma lareira na frente dos três sofás. A esquerda teria uma escada que era um semi- círculo onde a governanta estava me esperando encostada no corrimão olhando o relógio.
Eu subo as escadas olhando os inúmeros quadros de homens parecidos com o senhor Abraham.

- são os antepassados dele, do senhor e do jovem mestre — eu olho para ela com curiosidade— o filho do senhor — ela fala em tom de dúvida extrema— ainda não o viu? — nego com a cabeça— ah... — ela suspira e vai subindo a escada — ele é um caso perdido, depois que a Sra.miriat morreu ele ficou pior... — ela junta as mãos — mas isso não é assunto para agora.

Vou subindo a escada e vendo o piso feito com mármore Branco e pequenas linhas em preto... isso é sujeira? Eles têm tantos empregados e não conseguem limpar um rastro de sujeira

- o piso é lindo não é? — ela diz de braços cruzados me olhando, já que eu parei no último degrau para observar a sujeira — mármore Branco é bem antigo só pode limpar com produtos corretos mas já lhe mostrarei , agora vamos vou mostrar os quartos. Você tem nome garota?  — eu fico paralizada e não respondo— como imaginei ... São bárbaros mesmo. Não dão nome as próprias pessoas.

Ela vai andando com o vestido preto e um avental me mostrando tudo na casa não... isso não era uma casa era uma mansão... nunca sonharia em jorrar em um local como esse nem como empregada vou vendo cada detalhe nas paredes, cada vaso, cada planta tudo muito bem decorado, até que eu esbararro nas costas dela.

- tire a testa das minhas costas e olhe — ela aponta para uma porta como todas as outras branca com detalhes em azul mas essa seria uma porta dupla— não entre aqui de jeito nenhum ouviu. — assinto com a cabeça — bom... — ela levanta um pouco o vestido para tirar a poeira e vê as horas no relógio — hora de ver a cozinha me siga — Ela desce as escadas rapidamente como se conheçese cada centímetro a muitos anos, a ponto de não ter medo de cair com a cara no chão — ande logo garota! — eu estaria ainda na metade da escada — não temos o dia todo — ela olha o relógio de pulso e fica batendo a parte de trás do seu mini salto — eu teria dificuldade para descer, não sou familiarizada com escadas nem no teatro tinha — ela estaria a cada segundo mais inquieta, quando finalmente chego ao lado dela — vamos