Um lugar seguro

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O sol já estava se pondo e Lauren estava dirigindo em direção à cidade de El Monte, que ficava perto de Los Angeles, e para a tranquilidade de Camila, ela dirigia um pouco mais calma desta vez.

A viagem tinha durado mais ou menos uma hora e meia, já que Lauren havia parado para abastecer e dividia sua atenção entre a estrada e o sanduíche que Dinah havia separado para ela comer.

Camila olhava pela janela e vez ou outra olhava para Lauren que não parecia notar a latina a observando dirigir, e logo ela voltava a observar a paisagem pela janela do carro, reparando os prédios, casas e ruas e distraindo-se ao imaginar se a vida daquelas pessoas que andavam pelas calçadas estava tão caótica quanto a dela.

A latina despertou de seus pensamentos quando viu o carro parar em frente a uma casa e isso fez com que ela encarasse Lauren com uma expressão confusa à procura de respostas.

– É essa. - Lauren indicou a casa para Camila.

A casa era de um amarelo desbotado na frente, estreita e com varanda coberta. A corretora tinha deixado a chave embaixo de um vaso de plantas, perto da porta.

- Quem mora aqui? – Camila olhava desconfiada.

- Está para alugar. Os donos moram em Las Vegas. Preste atenção, quando sair do carro vá direto para a porta da casa.

Elas saíram do carro e Lauren olhou a rua, tinham famílias nas varandas conversando. A maioria dos vizinhos pareciam imigrantes. Em outro ponto da rua viu cinco rapazes em volta de um carro, riam bastante e pareciam de origem alemã.

Lauren pegou as mochilas e se encaminhou para a varanda onde Camila já a esperava. Como já era de seu conhecimento, pegou a chave embaixo do vaso de planta e abriu a porta para que a latina entrasse primeiro. Antes que entrasse, Lauren deu mais uma olhada para a rua para checar se havia alguma situação que lhe chamasse a atenção. Nada.

Assim que entraram, depararam-se com uma pequena sala. Uma porta a direita dava para o banheiro e os quartos ficavam de frente ao fundo. A casa estava limpa e arrumada, mas os móveis eram velhos, a casa não parecia ser tão espaçosa, mas era um ambiente aconchegante para uma família pequena.

- Andei pensando... – disse Camila. – temos os meus cartões de crédito e do banco. Podemos ir aonde bem entendermos.

– Escolha o quarto que quiser. - Lauren deixou as mochilas no chão e pôs-se a verificar as janelas da casa e a porta aos fundos e Camila a seguiu.

- Nós podemos ir para Vancouver. Meu pai não se importaria. Temos um apartamento lá. – Lauren já havia verificado a porta da cozinha que dava para os fundos da casa.

- Você seria facilmente reconhecida. Alguém olharia para você e falaria: Olhe, a Camila Cabello!

- Você acha que eu sou famosa? E pelo o quê? Por sair com outras pessoas famosas ou por ser uma grande estrela de Hollywood? Eu sou conhecida pelo o que meu pai tem. Apenas por isso.

- Você não assiste o mínimo de filmes policiais para saber que não é assim que podemos agir? - Lauren abriu a geladeira e nela havia sacos de compras, água mineral e cerveja.

- Você está sendo uma escrota, mas isso não surpreende. Mas tudo bem, olhe, nós temos uma casa em Paris.

- Olhe você, cartões deixam rastros e viagens de avião também. – Lauren falou e saiu da cozinha indo em direção a outro cômodo e a outra a perseguia dentro da casa enquanto ela continuava a checar cada canto.

Um ar-condicionado zumbia na sala. O ar que soprava do aparelho fazia ruído. Lauren desligou. O silêncio foi tomado pelo riso dos rapazes no outro lado da rua.

Colt 357 - Ligando os pontosOnde histórias criam vida. Descubra agora