Armazém 19.016

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Capítulo curtinho, mas com bastante detalhe. Muita atenção!

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Mais tarde, naquela noite, quando Camila já tinha pegado no sono no sofá, Lauren apagou a luz e ficou observando-a dormir. Elas tinham jantado a comida indiana que tinha sido comprada horas antes. Conversaram um pouco sobre as músicas que estavam no celular de Dinah e agora, Camila tinha adormecido ainda com os fones de ouvido.

Depois de alguns minutos velando o sono da outra, Lauren foi até a mesa da cozinha e desmontou sua arma e a limpou. Não tinha nenhum problema em fazer as coisas no escuro. E também não pretendia dormir. Precisava decidir se elas abandonariam a casa assim que o dia amanhecesse, e isto dependeria muito da forma que os primos alemães se comportariam. Ela estava esperando por eles.

Estava esfregando o cano da arma quando os ouviu chegar. A risada e conversa deles ao final da rua ecoou devido o horário da madrugada. O ronco do motor do carro deles também se fez presente. Ela se aproximou da janela e viu os cinco saindo da BMW.

Era agora que ela descobriria o que seria delas no dia seguinte. Ela então saiu para a varanda da casa. Os rapazes só a viram quando ela chegou na calçada e os encarou de longe. Viu que o mais novo deles cutucou outro e disse algo e todos pararam a conversa animada e se viraram para encará-la. Ela caminhou decidida na direção deles.

Àquela hora da madrugada o bairro estava tranquilo e as ruas desertas, a exceção era Lauren e os cinco primos na rua. Ela achou mais seguro manter alguns metros de distância deles. Ao olhar cada um, ela deteve sua atenção no mais velho; aquele que tinha tentado impedir que ela saísse da boate com Camila.

- Ela não deve ter dito a vocês que estamos juntas, por isso vocês a levaram. Agora que sabem, acho que não vamos ter mais problema. – Lauren iniciou a conversa e o primo mais velho mostrou que lamentava o mal entendido.

- A gente estava parado aqui. Ela que saiu e começou a conversar com a gente. – O mais velho falou.

- Entendi. – Lauren falou. – Então não temos um problema.

- Não, não, tudo de boa.

Lauren tentou decifrar a fisionomia de cada um para ver se eles a tinham reconhecido. Chegou à conclusão de que não sabiam nem desconfiavam de nada. Camila era apenas uma garota normal para eles.

- Anne já fez isso uma vez, o que nos trouxe problemas. – disse Lauren, testando ainda se sabiam quem era Camila. – Tem um homem que a está perseguindo. Se vocês virem alguém suspeito, podem me avisar?

- Claro – respondeu o mais velho – Sem problema. – Lauren deu um passo na direção do mais velho e estendeu a mão que ele logo apertou.

- Sinto muito que você esteja passando por isso. – disse o rapaz – Parece que gosta muito dela.

- Sim, bastante. – Lauren se despediu deles e voltou para casa. Camila ainda dormia, os fones ainda estavam em seu ouvido.

Lauren estava mais tranquila ao perceber que nem tudo estava perdido com a situação que ocorreu na boate. Elas não precisariam sair dali, pois ainda era um lugar seguro. Ao olhar Camila encolhida no sofá, ela decidiu pegar um edredom e viu que a outra se aconchegou sob a coberta. Com isso, ela voltou a limpar a arma na mesa da cozinha e continuou observar Camila dormir tranquilamente.

Em algum momento da madrugada Lauren havia conseguido cochilar por alguns minutos, cochilos que a deixavam mais cansada. Não adiantava, ela estava em alerta, ela sentia que não podia relaxar, ela tinha que agir. A caça tinha que ganhar velocidade e ela queria ser a responsável por botar mais pressão.

Colt 357 - Ligando os pontosOnde histórias criam vida. Descubra agora