INTERPOL

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HEY

Já adianto que tem musiquinha pra quem gosta de escutar: When I look at you - Miley Cyrus

o capítulo tem hot, então se não gosta, só pular

obs: quem reparou que eu troquei o título da última att e acabei dando spoiler, favor fingir demência 

Boa leitura!

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John estava novamente fazendo hora extra. O motivo? O desejo pelo estrelato e a vontade de impressionar sua amiga Lauren Jauregui. Lá estava ele, quebrando as regras, voando baixo numa zona perigosa que o deixaria em maus lençóis se sua chefe descobrisse, mas John adorava aquilo.

Jonh sabia que muitos o odiavam dentro do departamento. Mas John não se importava porque – há vinte minutos – John Ludacris era O CARA!

Ele havia descoberto algo importante e como numa conexão de pensamentos, Lauren o ligou, pedindo que ele largasse tudo e fosse no estacionamento pois precisava que ele identificasse umas impressões digitais. Sua amiga estava prezando seus conhecimentos e a perícia dele.

- John! – ele ouviu sua chefe o chamar. – Por que você ainda está aqui?

Ela havia surgido em silêncio atrás dele, uma verdadeira bruxa. Ele foi pego de surpresa, e acabou abaixando a cabeça e se encolheu como sempre fazia quando ela chegava perto. Mas então pensou: "Não, O CARA não se encolhe por causa de um grito." Esticou-se novamente e abriu um sorriso seguro.

- Estou terminando um trabalho de ontem. Não se preocupe. Bati o ponto uma hora atrás. – Ele havia atingido o limite de tempo de trabalho para a semana toda.

A mulher olhou a caixa de plástico em que ferviam cola e outras substâncias químicas para realçar impressões digitais. No momento, John mantinha uma foto da namorada de Lauren sobre o vapor tóxico.

- Ela me parece familiar. – disse a chefe, olhando a foto.

- É, tem um rosto bem comum.

- Qual é o caso?

- Um assassinato em Vineyard. Os detetives acham que pode ter uma terceira pessoa no local do crime. – John nunca se sentira tão seguro em suas mentiras.

A mulher analisou a fotografia por mais alguns instantes, depois se afastou e John voltou a se concentrar na caixa novamente. Manchas brancas surgiam na frente e no verso da fotografia. Depois que a água evaporava, sobrava um resíduo orgânico. O vapor da cola reagia com o resíduo para criar uma substância branca, mas isso demorava. John calculava ainda mais uns dez minutos para que as impressões ficassem identificáveis.

Um reflexo cruzou o vidro e John viu Cara no outro lado do laboratório. Ela tinha se aproximado da porta, escondida da chefe de John. Cara acenou para ele e apontou para a sala de armas e desapareceu. Ele havia entendido o recado e poucos segundos depois já estava indo em direção à sala.

- Entre. – Cara aguardava na sala de armas, segurando a porta. – Não quero que ninguém nos veja juntos.

- Descobriu alguma coisa? – perguntou John ao entrar na sala e ela fechar a porta atrás dele.

- A Browning foi roubada em 1998 de um policial de Houston. Mas a Rede de Informações Balísticas não mostrava nada além disso. - (A rede de informações balísticas armazenava dados sobre armas, balas e cartuchos encontrados em locais de crimes ou que entravam no sistema por outros meios.) - Mas a Taurus é outra história. Veja – apontou Cara para o computador.

Na tela havia uma imagem amplificada da base de cartuchos. O estojo da cápsula era de bronze. Tinha um risco no meio da cápsula, que mostrava onde o percussor havia atingido, deixando assim uma ranhura.

Colt 357 - Ligando os pontosOnde histórias criam vida. Descubra agora