Boate

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Antes de começar... quero dizer que a foto é de uma boate real e o nome que será citado é o nome verdadeiro dela.

Boa leitura

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Uma hora depois de ter saído do motel, um zumbido agudo ainda ecoava nos ouvidos de Lauren por causa dos estampidos e as costas doíam por ter se tacado no chão para desviar dos tiros.

A troca de tiros dentro daquele quarto a deixou alerta, o que era bom. Ela agora estava entrando em um shoppping perto a Griffith Park. Nada no local do crime a denunciaria, até que as balas fossem identificadas, e isso levaria semanas. Novamente sua Colt havia a salvado da morte e também poderia vir a incriminar. Jorge e Luis seriam apenas mais dois corpos não identificados, um homicídio com perguntas, mas sem nenhuma resposta, assim como todos os outros cinco corpos.

Lauren recarregou a arma e deu uma olhada no que havia conseguido. Os telefones talvez estabelecessem uma relação com G-Eazy. Ela analisou o celular de Jorge e verificou as últimas ligações; ele tinha feito apenas três.

Todas as ligações de Jorge eram para o mesmo número. Lauren imaginou que seria o número de Luis. Quando os novos homens chegavam à cidade, era Luis que provavelmente instruía aonde achá-lo. Ela discou o número e o telefone de Luis tocou, confirmando assim sua suspeita.

O telefone de Luis tinha muitas outras ligações. Lauren percorreu a longa lista, que incluía uma dezena de chamadas para o Equador. Verificou os números chamados, a data e a hora das ligações. Lauren descobriu que Luis tinha ligado para um mesmo número oito ou nove vezes, e essa frequência de chamadas se repetia todos os dias.

Decidida de que esse era o caminho mais próximo que havia chegado desde então, resolveu que era para este número que ligaria. Ela clicou para dar início à chamada e na tela já mostrava que o número estava sendo chamado. A pessoa do outro lado da linha pensaria que era Luis telefonando, e isso seria uma vantagem para ela. Três toques depois um homem atendeu.

- Pegou a desgraçada? – O homem tinha a voz grave e um sotaque que Lauren julgou ser britânico.

- Gerald Gillum? – disse Lauren.

- É engano. – O homem desligou imediatamente, mas Lauren retornou a ligação.

Novamente na tela aparecia que a chamada estava sendo feita. Três toques depois a chamada foi atendida, mas a outra pessoa nem teve tempo de falar nada. Lauren tomou à frente da situação.

- Luis e Jorge estão mortos. – ela informou.

- Quem é? – dessa vez o homem parecia mais cauteloso.

- A desgraçada que não foi pega. – Lauren deu um meio sorriso.

- O que você quer? – perguntou o homem.

- Você. – Lauren desligou o telefone.

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John Ludacris ficou apavorado quando recebeu a ligação de Lauren e a ouviu falar: "No estacionamento, em trinta minutos." E dentro do tempo estabelecido, lá estava ele indo em direção ao estacionamento passando pela porta de vidro. John por ser um homem inseguro achou que Lauren o culparia por não ter conseguido analisar as armas antes dos federais pegarem.

Ele olhou em volta e não viu sinal dela. Talvez ela não tivesse chegado; o que era bem incomum, ela nunca se atrasava. Quando já estava se encaminhando até seu carro, ele ouviu Lauren o chamar, o que lhe proporcionou outro susto. Sempre era assim quando ela chegava perto dele. Já devia ter acostumado.

- Entre no carro. – John falou depois de se recuperar do susto. – Por favor, tente entender, eu não tive culpa pelo o que aconteceu. – Ele olhava de forma temerosa a mochila que ela carregava.

Colt 357 - Ligando os pontosOnde histórias criam vida. Descubra agora