Colt 357 - Ligando os pontos

NARCOS

Prestem atenção na imagem, é um lugar importante na narrativa desde capítulo.

Boa leitura!

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Lauren e Camila estavam no banco de trás enquanto Dinah dirigia. Percorriam em silêncio o caminho até o armazém. Lauren a observava com o canto dos olhos e por duas vezes viu que a latina iria dizer alguma coisa, mas sempre acabava desistindo. Dinah entrou com o carro em uma curva e cada vez mais elas se aproximavam do lugar até que o som do celular de Lauren soou e ela viu que era John Ludacris.

- Olá John.

- Não pude ligar antes. – John sussurrava tão baixo que Lauren mal o ouvia. Devia ter pessoas por perto.

- O que descobriu?

- Você estava certa em relação às impressões digitais.

- Conseguiu identificar os dois homens?

- Só os consegui identificar com a ajuda do banco de dados da Interpol com registros da América do Sul.

- E o que descobriu?

- Jorge Ruiz Aguierrez e Luis Blanco Mendes. Jorge já foi preso na Colômbia, na Venezuela e Equador. Luis também seguiu a mesma carreira internacional. Os dois são procurados por homicídio.

- E eles dois trabalhavam para quem?

- Para Benito Antonio, do cartel no Equador, o cartel de Benito é um dos grupos que cresceram com o fim dos cartéis de Medellin e Cali. O pai de Benito começou um cartel separado desses outros dois carteis e conseguiu sobreviver. Logo, o cartel de Benito sobrevive até hoje.

- Eles trabalhavam para o homem que sobreviveu ao cartel de Medellin e Cali? - Lauren perguntou com espanto, e com o conjunto de palavras cartel + Medellin + Cali, acabou fazendo Dinah frear bruscamente ao ouvir aquilo e parar o carro em um acostamento.

Dinah virou-se para trás com uma expressão aterrorizada e Camila tentava entender o motivo daquilo, mas não perguntou.

- Sim. Obviamente não tem a mesma fama do que esses outros carteis, mas não deixa de ser um.

- Algum deles dois tem algum conhecido ou parente nos Estados Unidos?

- Não que conste aqui. São capangas de Benito. Nada indica que já tivessem vindo ao país antes. – John confirmava aquilo que Lauren já sabia por intermédio de Jorge.

- Conseguiu identificar as armas?

- Ainda não, mas escute: os federais confiscaram todas as outras evidências de Malibu. Entraram no laboratório do xerife e levaram tudo o que ainda restava, eram evidências que só levavam aos cadáveres; nada de muito revelador já que nem os cadáveres foram identificados.

- Isso tudo está muito estranho.

- Exatamente, e eles agiram como tinham feito antes, levaram e não preencheram os papéis. Mas me diga, os cadáveres de Malibu e Eagle Rock também fazem parte desse grupo do Equador junto com esses dois que você pediu pra eu identificar?

- Fazem.

- Eu acho que os federais já sabem quem são eles. Acho que só querem tirar a polícia de cena.

- Provável que você esteja certo.

- Mas eu não entendo, são traficantes de droga com algumas fichas de homicídio. Por que os federais não querem que identifiquemos uns homens do Equador e que são traficantes? Traficantes é o que eles mais capturam, por que esses são tão especiais?

Lauren fazia a mesma pergunta. O fato do Departamento de Justiça estar gastando energia para proteger o caso contra os Cowells fazia cada vez menos sentido. Lauren achava que Mahone estava encobrindo algo, mas não identificava o quê.