CAPÍTULO 8 - "Recomeçando... Sobre Rodas"

131 12 26
                                    

Âmbar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Âmbar

Depois de um dia cheio de compras e risadas com minha amiga Emília, chegamos na mansão. Ela nem deu um "oi" pro pessoal que estava na sala, foi correndo em direção ao meu quarto. Cumprimento todos ali presentes, e meu olhar avistou uma mulher. Seu rosto não me era nem um pouco estranho. Mesmo assim, não a conhecia e só o que soube à seu respeito, era a pessoa que me gerou e me trouxe ao mundo. Meus olhos logo ficaram completamente marejados, senti medo de ter que passar por essa situação de novo e sentir tudo o que um dia senti quando soube da mais pura verdade, que ela não mentia e era mesmo a minha mãe. Não me sinto pronta, preparada para encarar essa conversa pois da primeira e a última vez que a vi, meu mundo virou de ponta cabeça; deixando tudo confuso e embaraçoso. Tenho uma certa vergonha de olhar nos seus olhos e lembrar daquela cena. Notei profunda sinceridade em sua face e seu olhar humilde. Sinto meu peito apertar, minha respiração acelera e já não sei o que fazer. Se apenas a ignoro fingindo que nunca a conheci, passo andando reto indo em direção ao meu quarto, ou aguentar isso de novo... uma sensação horrível! Essa... angústia que acompanhava a Âmbar do passado, está de volta e me faz ficar desesperada em pensar o quanto é difícil de encarar o passado. Agora, sei mais ou menos o que minha prima passou ao descobrir e entender sua verdadeira identidade, Sol Benson. Mas não se compara com o que estou vivendo agora. Os pais dela morreram no incêndio; foi bem triste e trágico. Mas... eu fui abandonada! Isso dói demais! Ninguém entende por mais que nesse momento eu sou feliz por ter uma família e amigos, ainda dói profundamente que ninguém me quis. Pensem o que quiserem. Mas não estou de forma alguma, negando ou dizendo que Luna não sofreu ao saber sobre seus pais biológicos, ninguém sofre mais ou menos, apenas o sofrimento de alguém não é o mesmo para outra pessoa. Quando já não aguentando mais esse misto de sentimentos junto com emoções, não consegui segurar as lágrimas. Chorei desesperadamente. Óbvio que não queria, chorar na frente de toda essa gente mas sei e não podia demonstrar o quanto me sinto frágil; por estar acontecendo que mais temia em minha vida. Assim que viram meu desespero enquanto lágrimas escorriam, abaixei a cabeça e sentei na escada, envolvendo meus joelhos abraçados; senti mãos me abraçando e nesse ato, percebi que a pessoa me amava para estar me abraçando com tanto carinho. Levantei a cabeça para ver quem era, pensei que era a Mônica ou Luna, que ultimamente me tratam melhor que nunca e são super compreensivas comigo. Mas vi esses lindos olhos azuis, que sem nunca ter reparado, eram bem parecidos aos meus, com apenas um toque de esverdeado misturado com a cor azul céu. Estava tão nervosa, com medo e vergonha que não sabia o que dizer. Ela me olhava com compaixão. Pegou em minhas duas mãos, ajudou-me levantar do degrau que sentava, suavemente e com bastante cuidado; enxugou minhas lágrimas e disse: "Eu te amo, filha!". Me abraçou outra vez, me levando até o sofá chique da sala. Pensei que iria desmaiar a qualquer momento, sentia tanta coisa... nem sabia como reagir com a volta da Silvana.

De um momento para o outro, todos saíram dali e somente nós duas ficamos, ambas nos olhávamos com timidez e um pouco de estranheza. Comecei olhando para todos os lados possíveis; desviando da conversa, mas infelizmente não tinha escapatória.

Imagine: SOU LUNA 4 - "Segredos do Passado"Onde histórias criam vida. Descubra agora