°·MEU ALUNO...meu anjo·° (romance gay)

1.Professor

Jonathan pov

Estou no meu escritório, esperando alguma notícia de Robert, "um amigo" de longa data meu. Me ofereci para cuidar de seu filho e ensinar o básico de todo para ele, já que segundo Robert "ele não dava atenção para os estudos",ele achava que comigo do lado o garoto ia parar de se distrair tanto,deve ser aqueles tipos de adolescentes que só pensam em garotas,drogas e sexo.O que já de início eu estranhei,a um tempo atrás acabei vendo uma foto do filho dele quando era pequeno, tive vagas lembranças,  parecia ser uma criança bastante tranquila para mim, como as pessoas podem mudar da água pro vinho tão rápido? Eu não faço a menor ideia, mas confesso que estou curioso para saber,espero que seja no mínimo suportável.

Robert é um cara no mínimo suspeito,não gosto nem um pouco dele,acho que ninguém gosta,mas da para se aproveitar pelo menos um pouquinho. Por causa do que aconteceu com a sua esposa todos da empresa já ficaram alarmados quanto a ele,qualquer deslize e ele tá fora. E é exatamente isso que eu quero,pelo menos por agora.

Saio dos meu pensamentos quando ouso meu celular tocar,já sabendo quem era.

-Robert, como vai amigo? -pergunto, sem muito ânimo. Essas coisas de comprimentos e socialização nunca foi o meu forte.

- Melhor impossível! Então, a proposta ainda tá de pé?-diz com ânimo e até um pouco ofegante. Mas sinceramente nem prestei muita atenção,já que tinha certeza que estava ouvindo um choro desesperado ao fundo da chamada. Não sabia dizer se era uma garota ou um garoto,mas com certeza parecia está bem desesperado

- aah claro, já tem um horário? Posso ir buscar o muleke se quiser- forço o máximo a ser simpático, não é como se eu estivesse sendo gentil para simplesmente cuidar de um pirralho qualquer, tenho meus motivos, e se tudo dar certo, logo logo aquele merdinha vai estar fora do meu caminho, e com isso vou poder resolver assuntos mal terminados em paz.

Ainda fico surpreso de como mesmo depois de tudo, ainda seja necessário fazer algum esforço para descarta-lo daqui.

Não sou daqueles que tem o histórico perfeito, problemas de raiva ali, alguns boatos aqui, coisa pouca, insignificante pra mim, mas importante para as pessoas que se recusam a acreditar no que eu digo sobre esse cara.
Não é como se o histórico dele fosse um dos melhores também, mas como sempre, ninguém acredita em mim já que esses dados magicamente sumiram, não tenho provas e nem testemunhas, mas logo resolverei isso quando ele perder a proteção de dados que a empresa o dá. Preciso que ele seja demitido, e pra isso, nada como um pequeno escândalo com provas concretas não resolva.

- Jura? Ah seria ótimo! Deixarei ele na porta, preciso resolver um assunto em particular e não poderei te esperar, mas me avise caso algo estiver errado!- esse "assunto em particular", era só ele indo se entupir de bebidas e depois pegando uma prostituta qualquer, como ele sempre fazia.

- Ok ,as 12:30 estarei ai,devolvo o garoto as 9:00 ,ok?- combino as últimas coisas e depois que desligo a chamada acabo me jogando na minha cadeira- esse vai ser um longo dia...

-Deixa eu ir com vc?!-fala a minha irmã, abrindo a porta com agressividade com um sorriso de orelha a orelha no rosto,sua malícia estava estampada no seu olhar. Estava na cara que ela estava ouvindo tudo por trás da porta, isso se não pregou meu celular- eu quero ver o pirralho de pertinho! Eu nunca vi ele, só você, isso é uma injustiça.

- Não. - fui direto, mesmo sabendo que minha palavra não serviria de muita coisa a ela.

- Não aceito um não como resposta, irmão.. Agora vamos logo! - Em segundos apenas consegui ver sua mão branca roubar minhas chaves em cima da mesa do escritório e sair por minha porta com rapidez.

Como eu disse, ela é a única a qual nunca vou conseguir impor algum tipo de respeito por mim. Não me sobrou nada além segui-la, já que se roubou minhas chaves, é questão de tempo até roubar meu carro.

Pov Jêck

Estava fazendo os últimos curativos na barriga e logo indo para onde o papai pediu para eu ficar.
Eu estaria mentindo se não dissesse que estava nervoso, papai disse que se eu não me comportasse ele iria me bater como nunca! Principalmente se eu comentasse algo sobre oq ele faz comigo, o que eu achei estranho, não é assim que todos os pais agem?

Logo me sentei na escadinha que tinha na frente da porta de casa, e fiquei brincando de arrancar as petulas das flores.
Como ele era?ele gostava do meu pai? Ele é bonito? Será que ele vai me bater tbm? Ele é uma garota? Espera...minha cabeça ta doendo.

Essas coisas não me importam muito na verdade, por tanto que ele não toque em mim daquele jeito estranho eu estarei bem. 

Entediado logo pego um dos livros na  minha mochila, "A bela e a fera" , não era o que eu mais gostava mas era legal,virei o livro de ponta a cabeça e fiquei tentando ler desse jeito.

Achei esse livro no lixo do vizinho, uma vez ele jogou lixo aqui no quintal e tava cheio de livros de princesas, eu n sabia o que significava princesa mas parecia ser uma menina rica que se vestia bem, e aprendi tbm que princesas precisam de um príncipe, mesmo que ele seja um monstro no início...acho que é isso.

Não consegui passar da página três que logo ouso o som do carro do papai indo em direção para não sei a onde e logo em seguida vejo um carro estiloso vindo em minha direção, fiquei ali sem mover um músculo, torcendo para ser atropelado e dessa vez não sobreviver, o que infelizmente não aconteceu, mas em compensação vejo um homem bonito saindo do carro junto com uma mulher, Os dois eram bem altos e vestiam roupas que pareciam ser bem caras,meu pai é mesmo amigo de gente assim?  Eles parecem príncipe e princesa, mas são tão assustadores..

Eles vieram me matar ou o que?