2. O Moletom

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Autora Pov

- Olá garotinho! Você é o tal do Jêck, correto? -fala a mulher alta, com um olhar de um predador que acabou de achar a sua presa com um sorriso de ponta a ponta, enquanto o homem alto atendia o telefone atrás da própria.

- Uhum -assentiu o menor com a cabeça.

"Não fale nada, papai disse que pessoas como eles me odeiam por natureza"- pensou o menor.

A mulher era alta, tinha olhos azuis e boca rosada, seus cabelos eram grandes e tinham uma coloração loira natural, usava uma blusa social branca e uma calça preta. Tinha um sorriso simpático no rosto, mas sua áurea de superioridade não passava despercebida. Apesar de sua beleza e seu sorriso simpático, ela era totalmente assustadora para o pequeno, que apenas agora, em toda a sua vida, pode sair de casa para  qualquer lugar que fosse.

(Ignorem a roupa, ok? Skkskss ai ai)

-Que gracinha, parece um bonequinho! - fala a mulher tocando no rosto do menor com cuidado, que por sinal, era quase do tamanho da sua mão, deixando as bochechas do pequeno levemente coradas pelo toque- Mas eu ainda não ouvi a sua voz, não quer te...

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-Que gracinha, parece um bonequinho! - fala a mulher tocando no rosto do menor com cuidado, que por sinal, era quase do tamanho da sua mão, deixando as bochechas do pequeno levemente coradas pelo toque- Mas eu ainda não ouvi a sua voz, não quer tentar me da um 'oi'?-fala a mulher com um sorriso gentil no rosto.

Ela não poderia culpa-lo por isso, até onde ele lembra, o que não era muito, passou sua vida em casa, confinado, sem muita interações com as pessoas de fora, no máximo falava com o carteiro que de vez enquanto aparecia quando seu pai não estava em casa, fora isso, sua única companhia era seu bichinho de pelúcia velho e surrado, o qual jeck conversa bastante, com medo, de um dia esquecer como se fala também.

Já que quanto mais tempo ele passava com seu pai, mais ele esquecia até quem era ele mesmo, e o mesmo sabia disso, e o medo de esquecer de tudo o fazia chorar a noite, como mais uma gota de sofrimento em seu mar de problemas, mas não é como se alguém de fora soubesse disso, e se dependesse de seu pai, e depende, nunca saberiam.

O baixinho acabou pensando que pelo seu sorriso gentil, e sua forma dócil de falar ela não o odiava tanto quanto o seu pai dizia, então com um restinho de coragem que lhe sobrava e suas mãos trêmulas de medo e nervosismo,se convenceu que seu pai não estaria tão certo assim e que não seria tão ruim falar para a mulher, pelo menos um pouco.

Assim que Jêck puxar o ar para falar uma voz grossa o interrompe quase que imediatamente, o fazendo se encolher de novo assustado.

- Aline. Já chega lagar o muleke!- fala o maior que agora, estava com sua atenção virada para os dois, parecendo irritado com algo e seu tom de voz não ajudava a esconder isso, o que deixou o menor com mais medo ainda ,e como um reflexo, logo abaixando a cabeça em sinal de submissão e inferioridade, ele reconhecia aquele tom de voz de longe, e não tinha boas lembranças disso, mas diferente dele aquilo deixou a mulher irritada ao ponto de brigar feio com o irmão por trata-la assim, ainda mais em público! Ela era do tipo de mulher que gostava de mandar, e odiava obedecer gente arrogante. Mas teve que disfarça e não fazer nada, afinal de contas, não queria assustar mais o baixinho que estava a frente de si.

- Ahh maninho, vc nunca me deixa fazer amigos, não é?- fala a mulher suspirando, mas logo se levantando segurando a mãozinhas tremulas e geladas do menor, fazendo com que o mesmo levantasse tbm.- está deixando seu aluno assustado, irmão. Você não tem modos?- repreende, calma e sensata como se nada a atingisse. Mas sua voz demonstrava o seu tom sínico, o qual seu irmão nunca deixou passar despercebido. - O que foi? Não vai me dizer que está nervoso com algo tão simples?

- Você está fazendo um perde o meu tempo! Eu tenho mais coisas para fazer do que cuidar de um muleke afeminado, sabia?- Fala rígido, curto e grosso. Sem muita paciência já vai logo entrando no carro e ligando o mesmo.
Aquilo doeu, doeu muito em Jêck, sabia que era verdade e o jeito em que o homem falava comprovava as falas do seu pai, e se todo era verdade então o homem também o bateria, certo? Aqueles pensamentos iam assombrar Jêck por todo aquele "passeio".

Era audível o suspiro da mulher enquanto a mesma o levava para o carro, Jêck até pensou em resistir mas estava assustado de mais para isso, o homem já brigou com a mulher só por está conversando com ele, o menor não queria nem imaginar o que fariam com próprio caso tentasse recusar alguma coisa.

-O que está fazendo ai?!-pergunta o homem do banco do motorista assim que viu sua irmã sentar no banco de trás com o seu suposto aluno.

-O que foi? Se você não vai ser gentil, eu vou! Pode ir dando partida que eu vou ficar aqui conversando com ele enquanto isso, entendeu? - Pergunta ironicamente, logo recebendo um
Bufo como resposta.- Não liga para ele não, tá? Meu irmão sempre foi conhecido por ser o ranzinza da família, principalmente quando tá nervoso por causa de alguém - sussurrar a mulher cada vez mais baixo,direcionando  seus olhos para o menor com um sorriso no rosto que estava ao seu lado em um meio abraço por parte da própria.

- Agora cala a boca motorista fajuto, e pé na estrada! - falava sorridente, realmente, por seu irmão aos nervos sempre foi sua diversão.

o menor ainda estava olhando para baixo, mas logo levantou a cabeça levemente enquanto ria baixinho, se esquecendo por um estante da ofensa direcionada a si no passado.

A mulher sabia que  irmão estava ouvindo, e essa era a melhor parte na visão da loira.



···

- Merda...-resmunga o maior sem paciência depois de alguns minutos de viagem.

- Algum problema, irmão? - fala a mulher enquanto dava cafuné no menor, que estava apoiado no seu ombro já dormindo profundamente depois de responder várias perguntas bobas de sim ou não que a mulher fazia.

Uma desculpa esfarrapada para poder ouvir a voz angelical do pequeno, mesmo que por alguns estantes.

-Mudança de planos, vamos ter que passar no shopping Villanis. se formos rápidos vai dar tempo para termos uma aula breve. Acabei esquecendo de um certo afazer, além que precisamos comprar um material básico de estudos pro folgado aí, segundo Robert esse aí perdeu todo seu material escolar. - falava ainda com olho na estrada.

- Me surpreende você ainda acreditar em algo que esse cara diz, não acho que jeck seja desse tipo bagunceiro.. mas... Podemos levar ele com a gente? -falava a última parte animada - Ele parece está tão magr-fala a mulher, logo parando quando levanta de leve o Moleton do menor adormecido ao seu lado.

-Aline? Ta tudo bem ai?- pergunta o maior confuso pela pausa repentina.

-Irmão, olha isso.- fala a mulher em tom de preocupação com os olhos arregalados, parecia perplexa e surpresa.

-Aline eu estou dirigindo, não dá para usar a boca, não?- fala o maior em um tom rude.

-Eu não sei como explicar essa merda, olha para cá agora! - Ordena a mulher, ainda assustada e indignada com o que via. Logo entrando em um engarrafamento, o homem aproveitou para dar uma espiada, mas logo voltou sua atenção e olhou atentamente para o menor, surpreso.

-Que porra é essa?...- fala ambos ao mesmo tempo






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°·MEU ALUNO...meu anjo·° (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora