°·MEU ALUNO...meu anjo·° (romance gay)

14. Você não tem escolha.

3 semanas se passaram desde daquele dia, e até que eu e jêck nos aproximamos bastante nesse tempo, mesmo sendo pouco. E eu até dei um jeitinho no pai dele nesses dias..

 Mas as coisas mudaram, apesar de poucas. Mas acho que devia agradecer só por ter uma noticia boa nisso tudo. Aline estava mais estranha que nunca, mas como ela já é maluca desde de sempre então apenas relevei. O cassino...ou melhor, o puteiro para ricos que a empresa tinha fechado negocio, estava quase tudo pronto segundo Aline, e desde que Hanna conheceu o pirralho (contra a minha vontade), ela tem parado de me azucrinar mas em compensação, ela começou a fazer de tudo para virar a 'amiguinha' dele. O que sinceramente, não me veio nada de produtivo até agora.

- Jonh jonh!  - O pirralho me chamava animado. Enquanto Hanna apenas sorria ao seu lado.

- Sim?

Sabia que ia vir algo idiota assim que eles começaram a entre olhar.

- Err...bem.. O que é broxa? E como você se tornou um?

- PFF HAHAHAHAHA! FALOU TUDO AMIGO! BATI AQUI!

depois disso eles começaram a rir que nem dois desmiolados. Mas apesar de não entender o que disse, o pirralho estava feliz e rindo como nunca por ter feito uma "amiga" , então apenas deixei passar..

Me doí só de lembrar que estava em uma ligação de trabalho com o meu pai quando esses dois começaram a berrar essas coisas no meu ouvido.

E ainda tive que ouvir meu pai a ligação inteira rindo, ou então me chamando de "broxinha da família"

Hanna não é uma boa influência, e não ensinou nada de produtivo ao pirralho desde que se conheceram, mas o que eu posso fazer? Da ultima vez que tentei afasta-los a sra. Dramática não parou de choramingar nem por um minuto! E com a minha irmã apoiando isso só para me irritar e  jêck perguntando sobre ela, só piorou a minha situação! E falando no pirralho, me sinto até que bem quando olho para ele. Óbvio que eu nunca vou dizer isso para o próprio. Mas é inegável que Jêck está começando a comer melhor, a ter um corpo bem melhor e assim uma saúde melhor.

O quanto de comida gordurosa e nutritiva que eu tive que dar só para que ele chegasse a esse resultado nesse tão pouco tempo... Eu ia no céu e voltava quando ele dizia que não estava com fome ou pulava alguma refeição enquanto estava na minha casa. Ainda mais quando ele dizia que o "papai dele" ia expulsa-lo de casa se continuasse engordando tanto. Juro que quando ouvia isso tinha vontade de matar alguém. Como se ele precisasse daquele merda para alguma coisa! Mas..

"- E-eu não quero mais ser feio para você..o que mais eu preciso fazer para que você goste do meu corpo, john john?- Lembro da sua voz baixa, tremula e cansada. Lembro como nunca dele me falando isso quando o vi vomitar pela primeira vez. 

Aquelas palavras me cortaram mais que qualquer xingamento que ele pudesse me dizer naquele momento. E desde daí eu parei de ser tão severo com ele e de ficar tão irritado quando ele recusava algo. Mas mesmo assim ainda continuamos com grande esforço nisso.

Ele chorou o tempo todo enquanto vomitava e eu tive que ficar levantando a sua franja e o confortando o tempo todo. Acho que foi a primeira vez que eu ajudei uma pessoa assim, sem ser obrigado ou forçado a nada..

Seus braços já não estão esqueléticos e sua barriga está consideravelmente bem, e a mesma coisa serve para o resto do seu corpo. E seu sono e cansaço constante estão melhorando...Um pouco, pelo menos. Além de está indo bem nos estudos e sendo bem pontual, mesmo chegando tarde em casa. Ainda tínhamos muito trabalho pela frente até que ele fique saudável de verdade. É pouco até agora, mas sei que para ele é uma conquista e tanto. Passaria mais tempo com ele se pudesse, mas da ultima vez que tentei acabou que quase bati nele por causa do estresse do trabalho e da investigação sobre o pai dele, então acabei deixando essa ideia para depois, o que parecia deixar ele bem carente sempre que a gente podia se encontrar, o que era realmente fofo mas me deixava com uma pontada forte no coração, já que sabia que ele estava doido para ter outra daquela tarde comigo e não só me ver quando eu chegava cansado em casa e tinha que ficar ocupado com o trabalho ou as suas tarefas..Mas isso é assunto para se pensar em outra hora.