::::Sixth::::

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Minseok tinha acabado de chegar no apartamento quando Jungkook chegou com o bebê no colo, este que mordia um brinquedinho qualquer enquanto olhava tudo ao redor com os olhos curiosos, iguais aos de Jungkook.

— O que é tudo isso? — apontou as malas do bebê que o noivo tinha acabado de colocar em cima do sofá — Cadê o nojentinho? Ele finalmente resolveu deixar o bebê por nossa conta e ir vadiar por aí?

Jungkook bufou, odiando as risadas de deboche do noivo. Jimin era responsável demais para deixar seu filho aos cuidados de qualquer um.

— Ele sofreu um acidente Seok. — respondeu mau humorado.

— Uh, nossa. Ele morreu? — sugeriu, nem ao menos se incomodando por dizer aquelas palavras.

— Não, ele está em coma induzido.

— Ah. Quer me deixar pegar esse gordinho? — disse, arrancando um sorriso terno de Jungkook, que não demorou em colocar JungMin nos braços do outro.

— Quanto catarro, meu Deus que nojo! Caiu em mim Jungkook! — exclamou, enquanto segurava o bebê para longe de sí.

— Calma, ele só está gripadinho. — respodeu, limpando o narizinho com uma fralda de algodão, sorrindo para o bebê antes de pegá-lo do colo do outro, outra vez e sentando-se no tapete, rodeando o filho de brinquedos — Meu garotão, papai tá orgulhoso. A vovó disse que você está comendo suas verduras direitinho.

— Dá — o grito infantil fizera-o rir, principalmente quando ele parecia estar se interessando pelos brinquedos novos.

— Você quer mamar meu anjinho? — perguntou, observando o filho sentado ao seu lado no tapete felpudo, rodeado de seus novos brinquedos, estes que ele comprara assim que teve confirmação do juiz de que poderia levá-lo consigo para casa.

— Mamã — pediu, jogando o porquinho de plástico para longe e começando a fazer biquinho para chorar.

— Ah, não começa. Seu pai tá morre ou não morre no hospital, se comporta!

— Minseok!

— O que? Eu menti? — perguntou se ajeintando sobre o sofá macio, sem tirar os olhos da tela do celular.

— Sinceramente — revirou os olhos, pegando o filho no colo e indo para a cozinha preparar alguma coisa para que ele comer.

[...]

Era por volta das seis horas da manhã quando Jungmin acordara chorando em alto e bom som. Jungkook levantara-se quase que imediatamente, para acudir o filho chorão, completamente irritadiço por conta da urina em abundância nas suas roupas e fralda.

— Calma Jung, o papai vai te dar um banhozinho quentinho — dissera, mas sem poder garantir muito, com seus olhos inchados de sono e mau hálito presentes.

— Que inferno! Não posso nem dormir em paz... — resmungou, colocando o travesseiro sobre a cabeça.

— Pelo amor Seok! Ele é um bebê! — respondeu, se apressando o máximo que podia com o filho no colo. Por meio segundo, imaginou como havia sido para Jimin, que cuidava do filho desde a gestação, agora, entendia o porque de suas olheiras.

Banhou o filho com calma, vestindo-o com um pijama infantil que a ex sogra tinha mandando na mala. Penteou os cabelos lisos com calma, sendo fielmente observado pelos olhos grandes de Jungmin.

Em partes, admirava muito que Jimin fizesse tudo aquilo tão bem... Bufou com raiva de pensar naquilo. Ele já não tinha nada a ver com o ex marido, mas sentia ódio de que ele pudesse cuidar tão bem do filho de ambos e ainda ter tempo para outro homem. Se ele ao menos fosse metade do que ele era... Rico, bonito, bom de cama... Sinceramente, o que o ex marido tinha visto naquele caipira?
Se lembrava de como fora o encontro cara a cara. O rapaz era modesto, tinha uma boa altura e um corpo forte, porém o cheiro de perfume barato que exalava fizera com que o estômago de Jungkook se revirasse.
Não precisou de muito para revirar os olhos pela primeira vez. O buquê minúsculo e simples fora o primeiro ponto, já que ChaeRin o pegou com tanto carinho que Jungkook ficou imediatamente surpreso, mas ficou mais surpreso ainda quando a ex sogra o abraçou, coisa que jamais tinha feito quando ele e Jimin ainda eram casados. Assistiu em silêncio quando Yugeom pegou uma das mãozinhas gorduchinhas de Jimin e beijara com tanto amor, que Jungkook sentiu um nó na garganta.

Porque ele nunca tinha tratado Jimin daquele jeito.

— Ya! Não filho! — pediu, assim que notou o exato momento que o bebê levou um dos pés miúdos a boca, babando por toda a meia, tirando-o de seus pensamentos mesquinhos.

[...]

— Eu sei Hong! Não enche! Já disse que vou aí depois que o Jungkook chegar. Tá, tchau.

Minseok fumava um cigarro, enquanto olhava pela janela do apartamento que dava visão para a rua mais movimentada de seoul. Aquele era um hábito de anos, fumava desde os quinze anos. Sabia que o noivo o tinha proibido daquilo enquanto o filho dele estava por alí, mas ele não estava alí para impedi-lo de fumar mais um maço de cigarros, e Jungmin não sabia falar nada além de "banhana", "mamã" e "dá".

— O que foi sua peste? Tá olhando o que? — revirou os olhos, enquanto o bebê ainda o olhava com curiosidade.

— Dá — pediu, engatinhando para as pernas bonitas do rapaz, segurando-se para se levantar.

— Sai moleque! Eu não sou seu pai — rugiu, empurrando-o com um dos pés, até que Jungmin caísse sentado, formando um biquinho na boca antes de chorar escandalosamente.

— O que aconteceu?! — chegou depressa, largando as compras na rack e correndo para acolher a criança chorosa no colo.

— Eu não sei, eu não fiz nada com ele — deu de ombros.

— Porque não o levatou?! Você insistiu para que ele viesse ficar conosco?! Ele não te fez nada, você não tem motivos para odiar o meu filho.

— Foda-se, ele não é meu! — gritou, antes de sair do apartamento, batendo a porta atrás de sí.

Em nome do amor - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora