::::Thirteenth::::

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Alguns dias se tornaram semanas e semanas se tornaram meses, estes onde Jungmin tinha aprendido a andar e comer normalmente, mas ainda sem parar com o leite que fazia parte de sua rotina alimentar desde que nasceu. Sua infância era regada de amor para com os pais, padrinhos e avós, que eram muito presentes em sua vida. Jimin vinha voltando a sua rotina de trabalho aos poucos, porém, ainda não tinha coragem de deixar o filho sozinho com um babá, visto que Yoongi não estava mais na cidade e ninguém além dele era confiável o suficiente a seu ver. Jungkook estava estável. Trabalhava no modo automático e seu único alívio era quando podia fazer as visitas ao filho. Não via Jimin com a mesma frequência de antes, e isso fora o empurrão inicial para que ele se sentisse um merda, mas diferente de outras vezes, ruminava suas decisões e se arrependia de cada uma delas, e silenciosamente, se esforçava para não repetir os mesmos erros.

A campainha soou estranha e a porta foi aberta longos minutos depois, e o choro estridente de Jungmin soara por todo o corredor onde Jungkook aguardava para entrar, enquanto um Jimin descabelado e amarrotado escancarava a porta para que ele entrasse.

— Entra — disse rápido, voltando para a sala, onde Jungmin chorava no carpete.

— Ei, tá chorando porque filho? — perguntou assim que fechou a porta e se pôs de frente com a criancinha chorosa. Viu pelo canto dos olhos quando Jimin voltou para a sala com outras roupas e cabelo úmido, e lhe estendeu um papel colorido — O que é isso?

— Eu vou fazer a festinha de um ano do Jun — respondeu, voltando sua atenção para a criança, lhe estendendo um brinquedinho e um beijo carinhoso na cabeça, enquanto ele ainda fungava sentado no carpete.

— Precisa de dinheiro? — Sugeriu, mesmo ciente de que esse era o menor dos problemas para Jimin.

— Você sabe bem que não. Só esteja lá pelo Jun — sorriu abraçando uma almofada e se deitando no sofá.

— Eu vou estar, é a minha família no final das contas.

— Está bem... — concordou antes de se deixar levar e acabar discutindo com o pai do seu filho, logo quando voltaram a se falarem, apenas o básico, porém era um avanço.

Haviam dias sua cabeça estava lhe punha louco, imaginando uma vida onde ele e Jungkook seriam os pais perfeitos para Jungmin. Mas a realidade chegava e lhe tirava a força de toda aquela ilusão, pois em sua cabeça, também tinha a mesma frase se repetindo constantemente...

Se ele quisesse a sua família, teria ficado e teria mudado. Palavras nunca superariam ações.

[...]

Naquela noite, Jimin tomara uma decisão assim que o filho dormiu e uma chuva começou a cair e a ficar muito forte... Perdoaria Jungkook, e também se perdoaria pelo passado, e hoje, ele seria uma pessoa melhor... Por ele e por seu filho.

— Jungkook, fique aqui esta noite. A chuva não vai passar agora. — sugeriu, impedindo que ele colocasse seu terno e sumisse pela porta e só voltasse na próxima semana.

— Tem certeza que não vou incomodar? — perguntou em dúvida, era uma ótima oportunidade, mas não estava convencido o suficiente de que era real.

— Fique, por favor... — pediu, ignorando os olhos bonitos encarando-o e soltando seu pulso aos poucos, pronto para lhe dar as costas quando sentiu-se ser abraçado por trás pelo outro.

— Vamos conversar... Eu te imploro Jimin-ah, por favor... — disse enquanto encostava sua cabeça contra o ombro dele, suspirando seu cheiro e sufocando-se de nostalgia e saudades.

— S-sobre o que?

— Não se faça de desentendido, vamos falar sobre nós dois. Você sabe que precisamos disso... — suspirou, deixando que seu calor alcançasse o ouvido sensível de Jimin, este que cedia cada vez mais. — Eu preciso disso desesperadamente...

— O que quer dizer?

— Já faz tanto tempo... Realmente não sente falta de mim?

Virando-se, Jimin finalmente vira a dor no rosto de Jungkook, e não se surpreendeu quando seu corpo automáticamente se grudou no do outro, completamente sedento.

— Você sabe que sim... Mas e você? Preferiu Minseok a mim, mas ele ao menos te deixava com tesão? — seus braços se enroscaram no pescoço do outro, enquanto ele se segurava para não se perder ainda mais naquele olhar e naquelas palavras traiçoeiras que saiam daquela boca que ele lembrava muito bem do sabor, ainda naquele momento.

— Você sabe que não... Meu corpo te pertence, minha alma e tudo que eu sou. Eu me enganei todo esse tempo porque tinha medo de admitir que sempre foi você que eu quis. — a afirmação era sincera, e Jungkook se julgou ainda mais por não conseguir dizer muito mais do que realmente queria.

— Porque ficou com ele? — perguntou com a feição dolorida e a voz chorosa, não controlando o impulso de socá-lo no meio peito.

— Amor, eu não sei te explicar... Ninguém nunca chegou aos seus pés — explicou, segurando seu rosto e tomando seus lábios, beijando-o enquanto os dois choravam. — Por favor, acredite quando eu digo que te amo — sussurrou, olhando-o nos olhos, totalmente desesperado.

— Eu também amo você...

— Ah Jimin... — respirou aliviado, abraçando-o com força, deixando que as lágrimas caíssem sem parar.

— Então quer dizer que Minsoeok nunca significou nada? — perguntou, encostando a testa na sua. Precisava saber que o ex dele não tinha mais espaço em sua vida, porque ele pretendia preencher ela toda.

— Não — sussurrou baixinho, enquanto ainda tinham as testas coladas uma a outra. — E Yugeom?

— Eu jamais o vi da mesma forma que te vejo...

— E como você me vê?

— Como o meu homem — disse com firmeza, olhando-o fixamente nos olhos, fazendo com que ele se calasse e sentisse um friozinho na barriga.

Em nome do amor - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora