::::Seventh::::

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As cortinas estavam fechadas e um choro constante se mantinha pelo quarto. Jimin havia acordado a duas horas e desde então, chorava copiosamente contra o travesseiro do hospital. Odiava a tala em seu braço, também odiava o soro que pingava para dentro de sua veia, porém, odiara mais ainda quando soube que por pouco, não havia matado o amigo e a sí mesmo. Sentia-se envergonhado e culpado demais para deixar que alguém viesse lhe visitar, e nem mesmo Yugeom ou ChaeRin puderam vê-lo naquela tarde. Também não quis o jantar, e dormiu quando a segundo pacotinho de soro estava pela metade.

Foi pela manhã, quando ChaeRin entrara a força no quarto, preocupada demais com ele para sequer se importar se ele queria ou não suas visitas.

— Foi um erro... E eu sinto tanto. — repetiu, recordando-se dos segundos de pânico, quando viu que o carro estava prestes a bater em cheio em um caminhão, do outro lado da pista. E mias terror ainda quando acordara só, num quarto de hospital.

— Se você se arrepende já é o suficiente. — acalentou, não suportando mais assistir enquanto ele chorava de culpa.

— Taehyung está com o Jungmin? — perguntou depois de longos minutos em silêncio — Mãe, onde está o meu filho?

— Ele está com o Jungkook. O juiz decidiu que era o melhor para Jungmin. Só até você melhorar querido. E o Jungkook insistiu tanto...

— Diga ao Jungkook para devolver meu filho! — exigiu, as lágrimas escorrendo sem parar.

— Claro. Acho que amanhã de manhã você já vai poder ir pra casa. Taehyung disse que vai no seu apartamento te ajudar com meu netinho.

— Não precisa mãe, o Tae já é ocupado demais...

— Sem reclamar! Ele quem se ofereceu. Isso, ou você virá comigo para Daegu.  — ameaçou, ciente do quanto o filho apreciava sua própria liberdade.

— Está bem mamãe... — anuiu, ficando calado enquanto mais uma enfermeira entrava no quarto para checar seu estado.

[...]

— Mamã — Jungmin esticou os bracinhos para o pai, assim que Jungkook adentrara a sala do apartamento de Jimin, sem ninguém ajudando-lhe com as malas.

— Oh meu amor — ditou emocionado, enquanto pegava o bebê como podia com apenas o braço direito.

— Consegue pegar ele assim? Não dói? — perguntou tímido.

O fato era que ele não queria ter que entregar o filho ao outro pai. Tinha se apegado demais no seu bolinho para querer devolvê-lo. Mesmo que Minseok não tivesse o ajudado, ele tinha certeza que ele também sentiria falta daquele bebê bochechudo.

— Já estive pior Jungkook — respondeu seco, sem tirar a atenção do filho, quem ele beijava sem parar nas bochechas gordinhas.

— Ah, sim... Acho que vou indo — coçou a nuca.

— Se quiser, pode ficar. Você ainda é o pai dele — sugeriu, descendo o bebê para o carpete.

Jungkook deveria ir para casa, mas sentia necessidade de ficar. Queria aproveitar da sensação de ter uma família, mesmo que não fosse tão bem vindo nela.
Sua discussão com Minseok não tinha sido resolvida, e ambos passaram os últimos dias sem se falar. Minseok saía todos os dias, sem dar-lhe satisfação e somente voltava no dia seguinte, cheirando a álcool e maconha, o que lhe enjoava ligeiramente e o fazia afastar-se com o filho.
Por todos os minutos que ponderou sobre sua vida, em sua perspectiva, ele não devia ter ido embora com Minseok, e quando Jimin lhe contou da gravidez, ele não devia ter dado continuidade ao divórcio.

Em nome do amor - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora