::::fifth::::

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— Jimin-ah! Diminua!

Taehyung já havia passado o cinto por seu corpo e mesmo assim, não se sentia seguro. Jimin não tinha dó de pisar no acelerador do Porsche, porém ria com prazer a cada vez mais que ele pedia para o amigo parar. Sabia que ele tinha bebido demais na reunião da conferência, mas não fazia idéia de como ele havia pegado seu porsche de novo.
Talvez fosse a chateação por Yugeom não ter ido a conferência, mesmo sendo um convidado, ou ciúmes por Minseok sempre querer mais que tudo, viver sua vida em seu lugar... Mas algo doía demais e nem mesmo os pedidos chorosos do amigo o desviaram de seu objetivo.

Tentou colocar o cinto de segurança com urgência quando o vira o perigo perto demais, não havia mais como escapar, fora tarde demais. Sentiu o impacto, os zumbidos no ouvido e a escuridão envolvê-lo.

[...]

Algumas flores em cima da cômoda se balançavam na brisa fria que vinha da janela. Park ChaeRin suspirara tristemente enquanto via o filho desacordado, em coma induzido. Faziam-se dois dias desde o acidente, e naquele meio tempo, a mulher chorava aos pés da cama, arrancando de todos os médicos e quem quisesse ver, a mais pura pena, em como ela se sentia miserável por quase perder seu único filho.
Taehyung havia comparecido naqueles dois dias, sempre trocando as flores do quarto para que o amigo se sentisse amado, mesmo em sono profundo.

— Boa noite, como a senhora está? — perguntou, se aproximando para abraçá-la.

— Bem, na medida do possível... — afastaram-se brevemente, ambos levando os olhos para o loiro repousando sobre a cama de hospital.

— Os médicos disseram alguma coisa?

— Sim, e pelo que eu entendi, Jimin deve ficar assim por seis a dez dias, eles não sabem como ele vai reagir se os aparelhos forem desligados abruptamente.

— Ele tomou mais impacto que eu. Eu sinto tanto...

— Não se culpe, foi um acidente — sugeriu, sorrindo enquanto acariciava os ombros do rapaz, assim que ele se sentara ao seu lado. — Ele vai sair dessa...

Um toque leve contra a porta foi ouvido, antes que Jungkook adentrasse o quarto com um enorme buquê de rosas brancas, as favoritas do ex esposo.

— Com licença... Como ele está?

— Na mesma Jeon. O que veio fazer aqui?

— Vim ver o pai do meu filho Taehyung, apenas isso... — suspirou, antes de se aproximar mais de Jimin, notando como ele estava pálido demais para alguém saudável.

A boca estava ressecada, os cabelos estavam oleosos e olheiras fundas se faziam presentes, além do corpo dele estar cada vez mais magro.

— O advogado veio mais cedo. Tem certeza que tem tempo para cuidar de JungMin?

— Eu não vou estar sozinho nessa, meu noivo me ajudará, caso precise.

— Minseok? Pfft — Taehyung revirara os olhos discretamente enquanto cruzava os braços e saía do quarto.

Estava preocupado com o afilhado, e infelizmente não poderia fazer nada para evitar aquilo. Jimin provavelmente ficaria louco se soubesse daquilo, porém, nem mesmo com a intervenção de ChaeRin, JungMin pôde ficar com o padrinho ou os avós. E, bem, Jungkook havia insistindo fortemente em cuidar do próprio filho.

— Taehyung?

A figura alta de Yugeom surgiu em um passe de mágica enquanto ele se aproximou do bebedouro do corredor.

— Yugeom — cumprimentou brevemente, ambos entristecidos demais para voltarem a conversar alegremente como antes do acidente.

— Como ele está?

— Na mesma... — deu de ombros, levando o copo descartável na boca para tomar um gole da água gelada.

— A sogra ainda está lá? — perguntou, aparentemente nervoso.

— Está sim... — riu fraquinho quando o mais alto suspirou, antes de acenar e ir para o quarto do namorado, ajeitando o pequeno buquê de margaridas nos braços.

Um estalo se formou em sua mente. Ele deveria contar que o ex marido de Jimin estava no quarto também? Bem, de qualquer forma, Jungkook merecia saber que Jimin estava lhe superando. Aos poucos, mas era o suficiente por enquanto.

Jungkook não precisava saber que Jimin ainda o amava loucamente.

Em nome do amor - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora