Ensina-me o amor (CONCLUÍDA)

Capítulo 23

Laura

Sinto um cheiro familiar e abro meus olhos. Rurik está deitado na minha frente, observo em silêncio suas íris verdes azuladas ou seriam azuis esverdeadas? Sorrio diante do meu pensamento e ele sorri também passando o dedo indicador sobre o meu nariz.

—  Senti sua falta —  Digo me aconchegando em seus braços. Ele me abraça e beija minha cabeça.

—  Que horas são? —  Resmungo lutando contra o sono.
—  Bem tarde, volte a dormir.
Bocejo e inspiro profundamente seu cheiro de banho recém tomado. Apoio minha cabeça em seu peito nu e o calor de sua pele é como um calmante natural.
Sinto as cobertas pesarem sobre meus ombros enquanto seus braços me mantém segura. Meu lugar preferido.

Antes de ser abraçada pelo sono profundo, coloco para fora o que já ocupa todo espaço dentro de mim.

—  Eu amo você.

***

Desperto e ao olhar para o lado ele não está. Continuo na cama debaixo das cobertas com uma preguiça que eu não estou acostumada. Nunca fiquei tempo demais em uma cama, sempre tive problemas para dormir. Aproveitando o momento reparo no cômodo.

O quarto é enorme. Além do lugar que a cama super grande ocupa, tem uma mesa redonda com duas cadeiras, um sofá e duas poltronas, um closet gigantesco e um banheiro dos sonhos.

Tudo aqui é exageradamente grande e luxuoso. Imponente e impressionante. É muito estranho dizer que me sinto em casa?
Rolo na cama e abraço o travesseiro que meu amor dormiu, o seu cheiro está por todo lugar. Estou quase pegando no sono novamente quando ouço a porta se abrir.

Ele equilibra uma bandeja sobre os braços enquanto empurra a porta e como se fosse possível parece estar mais lindo do que nunca.

Sorrio e acompanho seu desempenho preparando a mesa. Ele coloca a bandeja sobre ela, posiciona as louças montando assim dois lugares. Depois vejo que tem um pequeno vaso com flores. Assim que termina ele se vira em minha direção e abre um lindo sorriso me olhando.

—  Bom dia, nosso café está servido. —  Ele se aproxima e se joga na cama ao meu lado. Sinto seu corpo perto, mas eu quero mais. Preciso de mais.

—  Dormiu bem?

—  Sim, bom dia! —  Respondo enquanto me movo e me posiciono sobre corpo.

—  Desde que você chegou na minha vida  —  Lhe dou um beijo no pescoço  —  Todas as minhas noites de sono  —  Um beijo do outro lado do pescoço  —  Tem sido ótimas  —  Agora lhe dou um beijo no queixo  —  O seu cheiro  —  Aspiro seu aroma enquanto falo no pé do seu ouvido.  —  Me acalma  —  Mas o seu corpo assim  —  Raspo os dentes no lóbulo de sua orelha  —  Me encendeia.  —  Beijo sua boca suavemente e sinto suas mãos passarem por todo meu corpo  —  Nunca pensei que eu seria capaz de querer tanto alguém como eu quero você  —  Beijo mais uma vez sua boca, mas agora um beijo urgente, necessitado. Meu corpo queima por Rurik.

Ele inverte nossas posições e fica por cima, em seus olhos eu vejo tanto amor e o mesmo fogo que me queima.
E assim ele me devora, me ama, me idolatra. Enquanto sua boca passeia por cada pedaço do meu corpo sinto como se nada mais existe, a nossa bolha, que nos protege de tudo. Das palavras ainda não ditas, dos segredos, do passado.

Ele me penetra e me sinto completa e a cada movimento, cada estocada ele diz sem parar o quanto eu sou sua, o quanto sou linda e preciosa.

Estamos conectados, uma ligação além da carnal. Rurik tem me mostrado que sexo não é ruim, não é doloroso, muito pelo contrário. Enquanto me possui com seu corpo e investe dentro de mim me sinto a mulher mais feliz e sortuda do mundo.