Obrigada pelos 1k de visualizações 🥺🤏🏽 Vamos comemorar com um capítulo curto, porém uma montanha de boiolice, crise existencial, safadeza e então boiolice de novo. No próximo já vamos ter eles na casinha do Tete.
Boa leitura 💜
#littlethingstk
Taehyung percebeu que estava apaixonado de um jeito meio peculiar, embora fosse romântico ao seu modo.
Foi um pouco antes do Natal. Já tinha entrado de férias de inverno na faculdade, então estava com suas manhãs livres de volta.
Lia na sala de Jungkook com Harry Styles de trilha sonora, - ele ficou viciado depois de ouvir Jungkook cantando no banho - estava concentrado, a música baixa não o atrapalhava nem desviava sua atenção. Era daquele tipo de pessoa que consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Cantarolava baixinho uma de suas músicas favoritas do álbum quando Jungkook entrou no cômodo, recém saído do banho, de bermuda e sem camisa, secando os cabelos.
Ele soube que foi ali porque o livro foi esquecido e não conseguia mais cantarolar. Seus olhos estavam em Jungkook, no jeito que ele se movia relaxado, sem fazer ideia de que a mente de Taehyung estava a mil por hora.
Sabia também que aconteceu aos poucos, cada momento que passavam juntos era como adicionar uma colher de paixão num pote que metaforicamente representava seu coração. Mas ali, na sala de estar dele, com Jungkook andando tão despreocupado e Harry Styles dizendo onde quer que eu vá, você faz eu me sentir em casa... naquele momento uma colher de paixão não foi suficiente. Derrubaram a paixão inteira no pote do coitado.
Não entendia porquê seu coração bateu mais forte justo nesse dia. Eles tiveram tantos momentos mais românticos e íntimos, mas foi vendo-o confortável e doméstico que seus sentimentos e sua racionalidade conversaram entre si e chegaram num consenso: estava apaixonado.
O caminho que eles estavam traçando juntos inevitavelmente os levariam à paixão, por isso não foi pego de surpresa pelo sentimento. Mas pela intensidade, sim.
Gostava da experiência de estar se apaixonando por Jungkook lentamente porque sentia que estava tudo sob seu controle. Era um detalhe, um momento, um som, um cheiro - aqui e ali, vez ou outra - que fazia ele sentir aquelas borboletas, tão mencionadas nos livros e tão desejadas por Taehyung. Ele ansiava por aquilo; era esporádico e gostoso, passava com o tempo e por isso conseguia lidar muito bem. Estava tudo sob seu controle.
Mas quando admitiu o sentimento para si, foi sufocante. Como se o pote e a colher fossem reais e seu pote estivesse transbordando e a mão invisível continuasse colocando mais e mais colheres.
Ele suou frio, tremeu e seu coração realmente parecia apertar na caixa torácica, dramatizando e dizendo que não cabia mais ali.
Mas foi bem legal, muita adrenalina. Chamou a ocasião de Infarto de Amor.
Naquele dia Jungkook percebeu que ele estava meio fora de órbita porque provavelmente estampava uma expressão bem engraçada no rosto. Ele o encarou e soltou um beijinho voador, que Taehyung fingiu comer. Ele pegou salgadinhos e leite de morango e levou até Taehyung, dizendo que ele estava lendo há um bom tempo já.
Precisou de alguns segundos para lembrar que estava lendo antes de infartar, mas aceitou o lanche. Jungkook ficou em sua frente, em pé, acariciando seu cabelo, o olhando com admiração, - embora Taehyung não soubesse exatamente o que ele admirava - seus olhos pretos e grandes transmitiam calor e conforto, e outras milhares de sensações que Taehyung julgou ser culpa do seu recente infarto.
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todos os seus detalhes [taekook · vkook]
RomanceNum mundo dividido entre bons e não-bons, não foi surpresa alguma Jungkook ser diagnosticado como o segundo. Não poderia ser diferente, sendo filho de dois não-bons e tendo o histórico que tinha. Ele estava conformado com seu diagnóstico, de verdade...