10: your eyes tell

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Bem, vocês lembram a sinopse da história? Jungkook está conformado em ser um não-bom, mas o Taehyung tem certeza que ele não é?

Então... Essa dúvida vai começar a se formar na cabeça dele, porém nos capítulos anteriores eu plantei sementinhas para talvez formar a dúvida na cabeça de vocês. Não tem problema não ter pego, principalmente porque não expliquei muito sobre a condição... Mas em breve teremos o Namjoon (finalmente) aparecendo. Ele foi psicólogo do Tae, e vai explicar mais sobre o que é ser um bom, não bom e neutro e como são os testes psicológicos, então talvez vocês percebam as migalhinhas que plantei antes.

Boa leitura 💜


O céu acima de Jungkook estava límpido e azul, sem nuvem alguma. Não estava tão quente, afinal era novembro e o outono estava em seus últimos dias, pronto para dar início ao inverno.

Nessa manhã fresca e de céu aberto, o sorriso de Jungkook não saía de seu rosto e ele estava molhado dos pés à cabeça.

Preciso voltar para uma semana atrás para explicar o motivo: ele se voluntariou naquele abrigo de animais próximo ao seu prédio. Sua função era simples, auxiliar os cuidadores. Recebeu um breve treinamento de como dar banho nos cachorros e agora estava tentando colocar os ensinamentos em prática, evidentemente se divertindo mais do que trabalhando.

Parecia uma criança conversando com o enorme cachorro, pedindo que ele ficasse quieto para que pudesse limpá-lo. Ele tentava parecer irritado e sério, mas seu sorriso entregava o quanto estava se divertindo. Se não tivesse que ir para a delegacia, ficaria mais tempo ali.

Ele também trocava ração e água, limpava o cocô e passava remédio nos cachorros que precisavam, então nem tudo era só diversão. Ainda assim, não se incomodava com nada daquilo; pelo contrário, uma sensação boa e gostosa subia pelo seu peito e ele não sabia, mas pelos meses seguintes isso o ajudaria a lidar com seus próprios gatilhos no trabalho.

O abrigo também aceitava doações mensais em dinheiro. Eles sugeriam 20 mil wons, mas não era o valor fixo e obrigatório. Isso era decidido entre o abrigo e o voluntário, e poderia ser mais ou menos. Jungkook optou por doar 150 mil.

Queria economizar para comprar sua moto, claro, porque sentia necessidade em ter seu próprio veículo. Odiava parcelar compras, mas ganhava bem na delgacia e só precisava moderar alguns gastos, então essa doação não o atrapalharia.

De qualquer forma, iria acabar parcelando, já que a moto que queria custava 4 milhões de wons e demoraria pelo menos uns cinco meses para ele conseguir juntar o valor. Pensaria melhor nisso depois, colocando todos seus gastos no papel.

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Taehyung amava receber elogios e se sentir útil. Era melhor ainda quando os elogios vinham de um superior, seja no trabalho ou na faculdade.

Estava se dedicando muito ao seu projeto de conclusão do curso e no início sabia que seria difícil um orientador apoiar seu tema, já que a Coreia do Sul ainda era muito conservadora, — para não dizer preconceituosa e capacitista — então optar por discutir sobre arquitetura sensorial era o maior desafio que Taehyung enfrentava no momento.

Absolutamente tudo no mundo era pensado e produzido para pessoas sem deficiência; inclusão era novidade, e uma novidade gradativamente lenta.

Não era diferente no urbanismo. Os centros públicos mais antigos mal eram preparados para receberem pessoas com diferentes tipos de deficiência. E quando tinham, era apenas uma rampa, porque aparentemente bastava para a tal "inclusão".

todos os seus detalhes [taekook · vkook]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora