Vinte e Seis

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Apollo está na cozinha e acho estranho que mainha não esteja lá, metendo o dedo onde não deve, sorrindo encontro meus dois véim na varanda observando o horizonte, ou talvez estejam assistindo a lua beijando o mar, a vista é realmente de tirar o fôlego.
- Vem mainha, comprei uma roupa pra senhora.- quebro a conexão deles, pois sei que ela se sente incomodada por vestir a mesma roupa depois do banho, falo que fui eu que comprei pra não deixar ela mais sem graça do que já está.
Ela sobe comigo e eu tiro a roupa da sacola, ela se veste e sorri para mim como se estivesse vestindo a roupa mais cara do mundo.
- Obrigada mia fia amei, combina comigo. - o vestido florido marca sua cintura, ela é gordinha, com uma bunda avantajada e os seios grandes, é perfeita, seu colo é minha primeira casa.
Felizes nós duas descemos para o jantar e, por incrível que pareça painho estava ajudando Apollo a montar a mesa, quando vê mainha é como se nada mais existisse, ele a admira com olhos brilhantes e apaixonados.
Vou para onde Apollo está parado observando a cena perfeita dos dois amores da minha vida. Painho num gesto inesperado, que eu nunca presenciei puxa a cadeira pra ela se sentar, fazendo meu coração aquecer, nunca o vi ser tão cavalheiro com ela.
Apollo também me admira e beija carinhosamente minha testa, sorrio tímida e me sento quando ele arrasta a cadeira, jantamos falando do assunto preferido de painho, futebol e carros, ele evita falar da nossa casa, o jantar termina e nos sentamos na varanda após arrumar a cozinha, painho e mainha com uma xícara de café, e eu e Apollo com uma taça de vinho tinto suave e uma sobremesa cremosa de chocolate, painho conta alguns causos engraçados que ele jura que aconteceu quando ele era menino, coisas impossíveis demais para ser verdade, mainha concorda com a história nos fazendo rir dos seus absurdos.
Cansados eles se despedem e vão dormir, o dia foi muito longo para eles, painho não vai querer ficar aqui, e eu entendo, vamos ter que recomeçar do zero, saio dos meus pensamentos quando Apollo segura minha mão.
- Aquele mar todinho por seus pensamentos.
- Uh, estou pensando que teremos que reconstruir tudo.
- Imagino que não vá ser fácil.
- Não, não vai.
- Mas por hoje não quero você preocupada com isso, venha aqui...
Ele pega minha mão e antes de me levar de volta à sala, coloca uma música do cantor Tiziano Ferro, Imbranato, Apollo segura minha mão e encosta seu corpo no meu, um braço ao redor da minha cintura, olhos nos olhos, meu coração acelera.

E scusa se ti amo e se ci conosciamo
Da due mesi o poco più
E scusa se non parlo piano
Ma se non urlo muoio
Non so se sai che ti amo..
E scusami se rido, dall'imbarazzo cedo
Ti guardo fisso e tremo
All'idea di averti accanto
E sentirmi tuo soltanto
E sono qui che parlo emozionato.
E sono un imbranato...e sono un imbranato!

E desculpa se te amo e se nos conhecemos
Há dois meses ou pouco mais
Desculpa se não falo baixo
Mas se não grito morro
Não sei se sabes que te amo...
E desculpe se rio, me entrego ao embaraço.
Olho pra ti fixamente e tremo.
À ideia de te ter do meu lado.
E me sentir somente teu.
E estou aqui e falo emocionado.
E sou um atrapalhado! E sou um atrapalhado!

Quando chega no refrão olho em seus olhos e o encontro caloroso, a cor dourada nunca se pareceu tanto com o sol, sem precisar de mais nada o beijo, com fervor, entrega, dessa vez me sinto diferente é como se, com essa música Apollo me desse certeza dos seus sentimentos, nos afastamos, e abro alguns botões da sua camisa para sentir o calor da sua pele, sinto seu coração acelerar na palma da minha mão, sua pele é firme e macia, sinto seu arrepio na ponta dos meus dedos, sorrimos um para o outro quando esbarramos no estofado, sinto sua respiração em meu rosto, sua boca está tão próxima, seus lábios grossos muito desejáveis me chamam, devoro sua boca mais uma vez, esfrego meu corpo no seu, um pouco desesperada, esbarramos mais uma vez no sofá e caímos, ele cai sobre mim. Sinto sua excitação quando ele pressiona sua pelve contra a minha, a sensação é perfeita, ele beija e muito bem, sua mão acaricia meu joelho, sobe por minha coxa e quando penso que vai tocar onde quero, ele muda a direção indo direto para a minha nuca, Apollo não precisa de muito para me deixar em chamas, e dessa vez não contenho um gemido.
- Não pode gemer alto coração, vamos subir, seus pais podem descer a qualquer hora.
Apollo se levanta me pega no colo e sobe as escadas comigo nos braços, no quarto ele anda até o closet e sai de lá com um sinto de couro, anda sensual até a cama, onde estou sentada apoiada nos cotovelos, com o vestido no topo das coxas quase expondo a calcinha, ele dá uma pequena lapada em minhas coxas, não dói, mas assusta, ele levanta mais uma vez e olhando nos meus olhos desce o cinto, porém dessa vez estou preparada e as abro revelando de vez a calcinha, ele sorri, mostrando que fiz exatamente o que ele queria.
- Aprende rápido ham querida.
- Tenho um excelente professor.
Ele para muito próximo, fico cara a cara com seu short, mais especificamente o zíper estufado até o limite, abro e já sinto minha boca salivar em antecipação.
- Você está querendo não está? Me chupar é gostoso?
- Muito... - ele sorri.
- Mas hoje eu tenho outra coisa preparada pra você. - sobre o estofado ele pega a sacola do supermercado e joga ao meu lado.
- Levanta esse bumbum gostoso coração.
Ele retira meu vestido e logo depois a calcinha, me deixando nua e completamente exposta.
- vou começar pela frente, então deite no centro da cama.
Ele ordena e eu obedeço alegremente, pois sei que será muito bom, assisto ele passar o óleo corporal nas mãos e por incrível que pareça é cheiroso, mas não muito forte, ele se aproxima da cama, e pega meu pé, o toque é aveludado, nunca imaginei que um toque tão simples tivesse tanto poder.
- Quando for muito morda o cinto.
Pego o cinto e finjo colocar na boca, ele olha em meus olhos e seus dentes brancos aparecem num sorriso que, se eu não estivesse sem calcinha a arrancaria, ele continua sua massagem, suas mãos percorrem minha panturrilha, já sinto minha boceta encharcar, mordo o lábio inferior, Apollo de cueca sentado entre minhas pernas, o abdômen trincado, a ereção potente a pele escura e quente, é tudo que uma mulher pode desejar, o pensamento me deixou possessiva, porém não tenho forças de vontade nenhuma para pedir que pare, ele continua subindo suas mãos, tocam a parte de trás do meu joelho (poplítea), gemo um pouquinho mais alto com a sensibilidade dos nervos da região.
Suas mãos fortes apertam e alisam minha pele, eu já estava me contorcendo, quando Apollo coloca suas mãos aveludadas em cada lado do meu quadril, massageia aumentando minha expectativa, sua mão vai para o meu ventre e me contorço tentando fazer com que ele toque onde eu quero, mas sou completamente ignorada.
- Ah não Apollo...
Protesto quase chorando de frustração.
- Tente relaxar Rayssa, você vai ter o que quer, mas não agora.
Ele fala tranquilo e se eu não estivesse vendo diria que não quer também, ele toca meu quadril, cintura, coloca um pouco mais de óleo nas mãos e se senta sobre minha pelve, e é quase meu fim.
Apollo aperta cada um dos meus mamilos, fazendo pressão e uma dor pulsar na minha intimidade, dessa vez ele cola nossas bocas abafando meu grito, ele continua subindo as mãos e envolve meu pescoço com as duas, sentindo meu pulso, as descem para os meus ombros, se levanta um pouco e me vira de bruços.
Recomeça o mesmo percurso, ignorando meu bumbum ele massageia do meio das costas até a cintura, suas mãos trabalham hábilmente em minhas costas e eu relaxo, quando estou quase dormindo sinto algo gelado na bunda, o que me desperta e assusta um pouco, ele massageia cada um dos meus glúteos, os afasta e passa os dedos, afasta as mãos alguns minutos e volta novamente, se eu não estivesse tão relaxada ficaria apreensiva, porém meu corpo está muito relaxado, Apollo coloca um dedo no meu ânus e dois na minha vagina, eu solto um grito abafado.
- Não grita... - o safado sussurra e sei que está muito excitado.
Ele massageia entrando e saindo das minhas duas entradas, enquanto eu tento rebolar em suas mãos, coloco o cinto na boca e mordo, sempre que tenho vontade de gemer mais alto, choramingo quando ele para, e suspiro quando recomeça, o clímax vai se construindo e quando penso que vou chegar lá ele para mais uma vez e sai da cama.
- Ô não faz isso comigo.
Falo quase derramando lágrimas de frustração.
- Calma coração, não saia daí.
- Oxe ômi vou pra onde - ele volta e com as duas mãos me vira de barriga para cima, passa alguma coisa na mão e as esfrega, e não consigo mais nem pensar quando ele massageia com as mãos abertas sobre meu clitóris, elevo o quadril e ele me segura no lugar, nossas respirações estão audíveis, e preenchem o quanto, jogo a cabeça para trás quando sinto um calor gelado, ele continua sua tortura e quando estou quase lá de novo ele retira a mão e me preenche, o alívio é imediato, ele engole meus gemidos com sua boca enquanto eu aperto seu pau com a minha boceta, é tão bom que eu não quero que termine, ele entra e sai sem parar, dessa vez não tem aquela leve ardência que sempre tem, toco suas costas, aperto sua carne, abro a boca pra gritar quando ele bate seu quadril no meu com um pouco mais de força, porém ele tapa minha boca, o tesão aumenta e Apollo alcança um ponto muito específico me fazendo perder mais uma vez o controle.
Ele me vira na cama e coloca mais uma vez o dedo na segunda entrada, é um pouco estranho, mas a estranheza passa quando ele enfia o pau até o talo em minha boceta, e faz o mesmo movimento nas duas entradas, reviro os olhos até mentalmente, mordo a fronha, enquanto ele entra e sai, quase peço para ele entrar no meu buraquinho, mas me seguro, está gostoso, assim, não dura muito e estou vendo estrelinhas outra vez e dessa vez sou acompanhada por ele.

✿✿✿✿

Acordo com o corpo mole, passo a mão na cama e não encontro Apollo, me sento na cama e olho as horas, me assusto quando eu vejo que são seis da manhã, Apollo não está na cama e acho estranho, porém não sei como são seus hábitos, vou ao banheiro, faço minha higiene matinal, e sinto uma pontada na barriga, nossa parece que tem alguém espremendo meu útero, e já sei o que é.
Tomo um banho quente, visto a roupa que havia colocado na mochila ontem e desço as escadas. Estão os três conversando na cozinha e parecem sérios.
- Bença mainha, bença painho.
- Deus te abençoe mia fia.
- Deus te proteja Rayssa.
Os dois respondem.
- Bom dia! - falamos juntos e sorrimos um para o outro.
- Estava explicando para seus pais o que aconteceu e a situação, eles precisam saber.
- Eu sei, eu ia falar, mas foram tantas coisas.
- Fia, porque não conversou com mainha.
- Foi tudo muito rápido, me desculpa.
- Tudo bem mia fia.
Ela fala e parece um pouco triste.
- Com vocês aqui é mais fácil para protegê-los, eu sei que estavam acostumados com a liberdade de vocês mas com essa louca solta por aí, não seria bom voltar pra lá.
Painho parece pensativo.
- E como vou fazer pra ir trabalhar.
- O segurança levará o senhor e vai esperar.
- Aiai eu um ômi simples, tendo segurança e motorista, não gostei disso, não quero ser vigiado.
- Mas aqui é muito longe da oficina pra ir de ônibus painho.
- Agora mais essa.
- Prometo resolver o mais rápido possível, estamos reunindo provas contra ela, e se isso não fizer ela parar, denunciamos as autoridades locais, alguém tem que parar essa louca.
Painho não aceita as explicações, mas mainha intervém.
- Cê é besta ômi a doidia colocou fogo na nossa casa, vai saber o que mais ela pode fazer, tá reclamando de que? De não ter que pegar ônibus?
- Mais mainha... - ela interrompe.
- Mais nada, não tem nada de mais, e vai trabalhar logo que já deu sua hora. - painho abre a boca.
- Sem um piu.
Ele se levanta e sai batendo o pé igual menino birrento, quando eu crescer quero ser igual ela, a última palavra é sempre a sua.
- Você vem pro resort comigo Ray, a senhora pode ficar a vontade, a casa é sua.
- Não fala isso meu fii, essa casa é bonita demais, chique demais.
- Se considere em casa.
Ele sobe para o quarto.
- Mainha, não saia sozinha.
- Tá bom meu amor, vou lavar essas pratos.
Vou atrás de Apollo e o vejo se olhando no espelho grande do closet, e me apóio no batente da entrada, ele escolhe um dos vários relógios, e coloca no braço, está totalmente comestível com a camisa de botões branca e uma calça jeans desbotada, suspiro e ele me olha sorrindo, vem até mim e me beija carinhoso.
- O que eu vou fazer no resort?
- Você vai me ajudar, vou achar alguma coisa pra você fazer, leve sua carteira de trabalho, você está com ela?
- Estou... - concordo sentindo seu perfume que me tira do chão.
"Aterrissa Ray, mulher, acorda!"
Meu inconveniente grita comigo, saio dos seus braços e pego minha carteira, só então me lembro que estou sem celular, porém fico de bico fechado, Apollo com certeza iria querer comprar outro.
Entramos no carro e ele dirige em silêncio, a viagem é tranquila, mas ao invés do resort ele entra em um condomínio fechado após conversar com os seguranças do condomínio, seus seguranças nós seguem.
No final da estrada uma enorme mansão com portas de vidro.
- Vamos visitar quem?
- Uma amiga nos espera.
O bichinho do ciúmes me pica, mas fico quieta, até uma mulher muito bonita abre a porta sorrindo diretamente para ele.

Obrigada minhas lindas e lindos leitores, por esperar. Tenham uma excelente tarde 😘😘😘😘😘

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