Thank u, next

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Bae Joohyun tinha toda sua vida debaixo de seu controle e conseguia absolutamente tudo que queria.

Depois de cursar Direito nos Estados Unidos a garota, de agora 29 anos, voltou para a Coreia e exercia muito bem sua função de Promotora. Era jovem, pouco mais de cinco anos de carreira, mas isso não a desvalorizava, muito pelo contrário. A garota era sempre elogiada pelos colegas de trabalho, sempre completando com exito sua função.

Morava sozinha desde que chegou, já que seus pais residiam no país onde a Bae cursou a faculdade desde que ela se entendia por gente, fazendo assim Bae Joohyun uma verdadeira poliglota. Inserindo em seu currículo outros idiomas como Inglês, Coreano, Chinês, Japonês e até se arriscava um pouco no Espanhol.

Ainda sobre a casa de Irene (seu nome americano e também o nome que usava para se apresentar às vezes) essa era consideravelmente grande, com quartos demais para uma mulher que morava sozinha, toda mobiliada por móveis em tons de preto e branco, assim como suas paredes eram, mas não era ruim para quem via, era bem bonita diga-se de passagem. A casa.

Joohyun tinha uma irmã mais nova, cujo nome era Wendy e esta havia acompanhado a irmã até a Coréia quando ambas terminaram a faculdade. A de Wendy foi medicina, e era uma ótima médica inclusive. Devia ser coisa dos Bae, serem bons em absolutamente tudo o que faziam.

Joohyun não era o tipo de pessoa que se sentia sozinha, também não se encaixava no estereótipo mulher que quer casar e ter filhos, pelo contrário Joohyun não queria filhos e muito menos se casar. E não era por um trauma dela, não a entendam mal. Joohyun seguia a linha de raciocínio de que não precisava cometer erros para aprender com eles, ela poderia aprender com os erros de outra pessoa.

E era ai que entrava seus pais, em um fracassado casamento em que um traía o outro. Seu pai era um ótimo homem como pai, mas como marido ele era terrível, algumas vezes presenciou o mesmo bater em sua mãe, mas era pequena e sentia medo do homem a agredir também, por isso quando acontecia sempre abraçava Seungwan - Sua irmã que também atende por Wendy- e ficavam quietinhas no quarto até o homem se acalmar.

Anos depois os pais se separaram, mas não de forma pacífica. Seus pais se odiavam, moravam há quilômetros de distância um do outro, não se casaram outra vez. Nem seu pai, nem sua mãe. Deixando as filhas com as lembranças desse péssimo exemplo de matrimônio.

Outro péssimo exemplo era o de sua irmã, que sim, essa sim vivia sonhando com o clichê do conto de fadas. Aos vinte anos foi abandonada grávida e nas vésperas do casamento. Não era de todo um arrependimento porque do relacionamento nasceu Yerim, e ela era muito agradecida por isso.

Resumindo esse era o motivo pelo qual Irene não queria, sob hipótese alguma, se relacionar amorosamente com alguém, contentando-se apenas com alguns encontros casuais que não passavam de uma noite ou duas.

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- Tudo bem, agora é só esperar que alguém se aproxime. - Disse Irene, com um copo de vodka em mãos, analisando o local, pensando em quem merecia ou não o seu sim.

- Tá e se ninguém se aproximar? - A irmã, que estava em uma boate pela primeira vez, questionou.

- Meu amor, olhe pra nós. - E Irene tinha todo o direito de parecer egocêntrica. Estava deslumbrante.

Seus traços eram de uma mulher deslumbrante. Sua pele alva como a neve, seus cabelos negros um pouco abaixo dos ombros e aquele maldito vestido preto que deixava suas costas parcialmente expostas. Ela estava linda. Não! Corrigindo. Ela era linda, não tinha como negar.

- fale por si própria, olhe pra você. - Seungwan suspirava. - Fala sério, até eu te pegaria.

- Eu não quero essa negatividade aqui Wendy, não foi pra isso que eu te trouxe.

Busca-se Por Ela Desesperadamente - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora