alma...

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— e lembre-se de se apresentar gentilmente — Amora fala enquanto ajudava com as runas na terra úmida, regada pelo sangue do braço de Íris

 —o que exatamente vou encontrar? — pergunta

— surpresas tem que ser parte da sua jornada— ela se afasta e Íris se ajoelha em meio aos símbolos— boa sorte— um vento soprou e ela não estava mais lá.



— quem é você? — um exercito inteiro de armas apontadas para ela — como entrou?—.

— meu nome é Íris Carter— ela levanta as duas mãos — vim pela Natureza, preciso de ajuda— eles abaixam os bastões flamejantes 

— sou Xialing, seja bem vinda a Ta Lo — uma mulher se aproxima, enquanto o exercito se dissipou — temos esperado sua visita— estende a mão

— como sabiam que eu viria? — Íris a cumprimenta — que lugar é esse? — pergunta

— Ta Lo, a única preservação do que a terra fora um dia  — a mulher começa a andar e Íris a segue

— os bichos diferenciados...? —.

— são normais — as duas sobem a escada do que parecia ser um templo

— onde exatamente nós estamos?— Íris vê as oferendas e altares espalhados pelo lugar

— em todos os lugares, jovem criatura — responde a guando para outra porta grande do outro lado da sala

— e como eu vou conseguir falar com a mãe? — questiona, o olhar maravilhado para a arquitetura do lugar

— a mãe tem te esperado por muito tempo — elas descem as escadas externas, se deparando com o lago

— preciso entrar aí? — Íris pergunta

— quando chegar no meio, pare de nadar e afunde — Xialing é simples 

— e se não der certo? — o olhar dela se prende nas montanhas 

— trabalhe com objetividade, senhorita Carter, quando se livrar dos inúmeros "e se" da sua mente, vai compreender o tempo que perdemos enquanto imaginamos o pior — a mulher literalmente sumiu nos ventos

Íris respirou fundo.

medo

Pensava que não havia mais tanta coisa que pudesse a assustar, mas de alguma forma, ela sabia que aquela beleza era mortal

O vestido longo asgardino pareceu mais pesado do que realmente era quando colocou os pés na água fria

Fez uma prece silenciosa para seja o que realmente estivesse lá enquanto ia para a parte mais profunda do lago.

Proteção

isso se manteve em sua mente

precisava de proteção

só queria se sentir segura.

ela nadou até o meio do lago e fez o mandado.

Parou de nadar.

o corpo afundou lentamente

Íris olhou para cima

o sol distorcido pela água escura

frio

uma memória ruim

aquilo era idiotice

Bucky estava sozinho lá fora, não podia se dar o direito de arriscar a vida

Ela tentou nadar para cima, mas uma força a prendeu e a puxou para baixo.

O ar de seus pulmões se desfez em bolhas quando aquilo a prendeu

"criança corajosa" a voz ancestral soa, como se a própria água falasse

Íris olho ao redor em busca de alguém, mas era isso, apenas a voz

"veio em busca de algo grande"

— o que eu preciso fazer? — pergunta

"tem uma coisa nas montanhas" a voz fria soa "ele  se alimenta de almas, para provar sua força e determinação, vai entregar um fragmento da sua"

— alguém já conseguiu fazer isso? — pergunta

"muito tempo atrás" responde "se sair das montanhas viva, o poder será seu"

— como vou entregar uma parte de minha alma?— o medo dela envenenou o lago

"ele vai te pedir e você vai deixar, mas só um fragmento de seu cálice. Vai precisar de força, isso usa de artes dolorosas para conseguir o que quer"

— vai doer? de verdade..— pela primeira vez, ela não teve vergonha do medo que sentiu

"vai desejar a morte, criança" a voz sussurra "proteção realmente vale a pena?"

— alguém tem que fazer os sacrifícios — Íris encontra coragem em meio a dor

"isso vai ser nosso segredo, se sair de lá, nunca poderá abrir a boca. Ainda vai continuar?"

— tenho escolha? — sarcasmo presente em suas palavras

"não desde quando ouviu minhas primeiras palavras" ressoa "se sobreviver, não servirá apenas a si mesma"


continua...

esse cap é uma memória, de quando ela ganhou os poderes

Iris // Bucky Barnes {livro 02}Onde histórias criam vida. Descubra agora