Iris // Bucky Barnes {livro 02}

-cap 16-

— esse lugar é muito legal — Sam comenta

— e você já viu os banheiros? a saboneteira era de ouro — Íris entra na sala. Vestindo um conjunto de terno de alfaiataria preto e salto da mesma cor, os cabelos, agora limpos, estavam presos em uma trança lateral, alguns fios soltos emoldurando seu rosto.

— espero que estejam confortáveis — Sharon responde com humor e o celular dela toca — rapidinho, eu já volto — sai apressada.

Bucky, escorado no pequeno bar da sala, tinha um copo de Whisky na mão, mas estava parado como uma estátua.

— tá babando ai, sabia? — Íris toma o copo da mão dele, bebendo o conteúdo de uma vez

— você está...— ele sai do transe onde estava preso

— bonita, sexy, poderosa? eu sei — a mulher brinca, pegando a garrafa de bebida cara e servindo novamente — se me permite, você fica um pecado de terno—.

— jævla nydelig — Bucky elogia

fuckin gorgeous

— você acabou de chegar a outro patamar de sensualidade, James. Deveria falar norueguês mais vezes — Íris comenta, um sorriso desafiador dançando em seus lábios.

— com certeza não chego aos seus pés, senhorita Carter — Bucky pega o copo da mão dela

— eu poderia me ajoelhar — ela responde.

Os dois sustentaram um olhar no mínimo profundo, até caírem na gargalhada.

— nós perdemos a prática disso — Bucky ri

— completamente — Íris tenta controlar sua respiração

— mas sério, como sua cabeça está?— ele pergunta

— ter o crânio revestido de Adamantium é útil — Íris comenta pegando outro copo e se servindo de bebida — e você?—.

— dolorido — Bucky ri 

— eu dei um show naquele bar e você me responde "dolorido", James?— a mulher diz indignada

— você acabou com o meu joelho e o corte no meu braço não para de doer, satisfeita? — ele revira os olhos, bebendo um gole de seu whisky 

— muito, porque eu estou acabada — Íris responde — tive que tirar metade do vidro daquela janela do meu nariz, mas se eu ainda estou viva, é porque nada perfurou meu pulmão — comenta

— por segurança eu vou ficar perto de você hoje — Bucky responde

— se ainda conseguir andar — a mulher diz com sarcasmo

— eu deveria ter deixado aquela faca no seu pé— ele fala

— por falar nisso, você me deve um coturno — Íris encara a o resto de bebida em seu copo, o desejo que fizesse efeito por pelo menos um segundo.

— podemos resolver isso depois—.

— vamos resolver isso depois — a mulher garante — tem alguma coisa estranha acontecendo aqui — comenta

— Sharon?— Bucky pergunta confuso

— talvez — Íris responde — só consigo sentir que tem uma bagunça muito maior do que eu imaginava — inconscientemente, ela tocou sua pulseira 

— vou torcer para estar errada — Bucky fala

— eu também, acho que estar nesse lugar de novo está me confundindo —.

— o que aconteceu aqui?— o homem pergunta

— vim conseguir informações umas duas vezes e acabei fazendo inimigos — Íris suspira, deixando o copo na bancada

— se meteu em muita confusão nesses anos— Bucky comenta

— não pude evitar— ela responde sarcástica 

— do que estão falando?— Sam se aproxima dos dois

— sobre qual de nós fica mais sexy de terno — Íris assume sua pose desafiadora novamente

— e eu prefiro conversar com o nazista — Sam dá meia volta

— não vamos ficar ofendidos com a sua opinião — ela brinca, mas ele não volta — Sam fez uma estupidez ao entregar o escudo, mas eu posso entender o medo e a pressão que ele deve ter sentido — comenta com Bucky

— eu deveria ter procurado ele, mas eu fiquei com tanta raiva por o Steve ter ido embora e a gente— responde com culpa

— heróis precisam ser forjados, Sam vai precisar aprender a se virar sozinho — ela encara o homem ao seu lado

— então o que estamos fazendo aqui?— sustenta o olhar

— agora estou curiosa para saber o que vai acontecer — Íris sorri de lado — eu sempre gostei dos seus olhos, sabia?—.

o sentimento parecia se renovar.

como se o mundo parasse ao redor.

como adolescentes descrevem o amor.

— você já comentou isso uma vez — Bucky responde — é só disso que você gosta?— questiona

— também gosto do seu braço de metal— Íris fala — acho que é só isso— sorri em desafio

— só isso?— questiona

— só isso— ela afirma

continua...