O avião estava realmente alto, Íris se sentia zonza e fraca.
Uma das ultimas coisas que havia ouvido era que trocariam de percurso, mas o resto eram só ruídos, ela usava seus óculos para conseguir enxergar e limpar um corte em seu braço. Seu sobretudo e suas armas estavam jogados ao seu lado
— ei, tem uns dois minutos que eu te chamo — Bucky se senta ao seu lado, a assustando com um toque leve
— do outro lado — ela diz afastando suas coisas e dando espaço para ele, que obedece
— você não escuta desse lado — ele percebe se acomodando
— escuto pouco e só quando estou muito longe do chão — ela responde sem tirar a atenção do pequeno machucado
— desde quando usa óculos? — Bucky pergunta
— tem cinco meses e eu só preciso para perto — ela já fica impaciente por falar do assunto
— o que aconteceu? — Íris não teve coragem de o olhar, aquilo doeu
— nada — ela responde
— o que aconteceu? — pergunta de novo
— estamos velhos, é normal — responde com sarcasmo
— não vai me contar nada? — Bucky suspira
— você não precisa saber dessas coisas — Íris prende o cabelo em um coque desajeitado
— você vai dormir?— pergunta
— não, você? —.
— ainda não — Bucky responde — ainda é estranho — adimite
— qual parte, nós termos mais de 100 anos, você ter morrido e voltado ou o seu cosplay de Jesus? — Íris questiona com um certo humor, fazendo o homem dar um sorrisinho
— quase tudo — responde — como foram os cinco anos? — pergunta curioso
— anormais — ela pensa bem, não era o momento de contar detalhes de todos os homicídios que cometera — acredita que eu nem percebi que você tinha sumido? — humor toma a conversa
— isso é muito a sua cara — Bucky responde com ironia e é surpreendido pelo olhar divertido da mulher
— acredite, não derramei uma lágrima por você — ela garante
— posso fingir acreditar nisso — ele ri
— sério, não chorei nadinha — mente
— já disse que acredito — Bucky entra na brincadeira
— não foi uma época bonita, metade do universo tinha sumido, foi uma bagunça tremenda — Íris diz séria
— eu me atualizei sobre o que aconteceu — Bucky responde
— não vi muito do estrago, aproveitei a instabilidade para acertar as contas com a Hidra e com a Sala Vermelha, as pessoas que sobreviveram podiam pelo mens ter um pouco mais de segurança — comenta
— eu também soube disso — admite— foi forte da sua parte —.
— não foi forte, foi desespero, culpa e raiva — ela termina o curativo e deixa as coisas de lado, abraçando os joelhos — acredite, teria feito o mesmo no meu lugar —.
— é, mas eu morri por cinco anos — suspira frustrado
— mas agora está de volta, deveria se desprender do passado e começar algo novo — Íris diz
— você conseguiu? recomeçar? — pergunta
— não, mas fiz o que fiz para você poder — a resposta é simples, um deja-vu tomou a mente dos dois
— que joia você foi buscar? — a pergunta saiu baixa, honestamente, Bucky não esperava uma resposta
— fui com Clint e Natasha para Vormir para pegar a joia da alma — a voz era quase um sussurro— uma alma por outra—.
— você tentou se sacrificar — ele entende
— não fui aceita e cobraram um preço, me mantenho viva e parcialmente saudável por causa da magia da terra — ela vira o rosto e encara Bucky, que tinha o olhar perdido na carga do avião, ele não ousou a olhar.
— por que? — Bucky perguntou
— eu chorei — Íris é honesta
continua...
voltando com as interações deles <3
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Iris // Bucky Barnes {livro 02}
Random"Ser alguém", isso é mais complicado do que parece. Envolve muitos quesitos dos quais ela não entende. Sentimentos "armas não sentem" Os acontecimentos depois do blip Cada vez mais confusos, caos Desta vez, não Aurora ou Soldado Invernal, mas Íris e...