Clint e Kate entraram no apartamento cheio de pôsteres estranhos e espadas, sentindo um leve alívio, como uma calmaria antes da tempestade.
— ainda bem que chegaram, eu não aguentava mais a companhia do cachorro — Íris se levantou do sofá, andando animada em direção a cozinha — querem pizza? Eu pedi de um lugar aqui perto, é divino — comenta, vendo a garota de cabelos pretos e roupas roxas apontar uma flecha para ela — trabalhando de babá? —.
— abaixa a flecha, ela é uma amiga— Clint parecia desconcertado ao vê-la ali, o que atiçou sua curiosidade.
— ela fala igual, age igual — Kate não abaixa a flecha.
— sou Íris — a mulher tira pratos do armário na maior naturalidade possível, como se sempre tivesse morado lá — quem é a garota? —.
— essa é Kate Bishop — Clint se senta em uma das cadeiras da mesa, parecendo exausto.
Íris a analisou com atenção, sem vergonha alguma ao encará-la como se lesse cada um de seus pensamentos e soubesse de mais sobre sua vida.
Ela não sabia muito, mas o tanto de coisas que se pode descobrir sobre alguém em um olhar atento e assustador.Kate abaixou o arco, mas não a guarda, parecia esperar por um ataque a cada movimento da mulher de olhos cinzentos.
— o que houve com seu braço? — Íris nota o ferimento do homem, tirando de uma das gavetas um kit de primeiro socorros.
— nada de mais, obrigado por vir — ele suspira, tomando coragem para falar o que precisava.
— como arrombou o lugar? — Kate questiona, os olhos castanhos firmes e duros.
— sou talentosa de mais para arrombar lugares — Íris se senta senta uma cadeira ao lado de Clint, tirando um vidro de álcool e jogando sem pena no ferimento do braço dele, que reclama.
— elas até falam igual — Kate ainda não havia largado o arco.
— quem fala igual a mim? — a mulher olha para Barton, que abriu a boca várias vezes para tentar emitir uma resposta.
— Yelena, a viúva negra — Kate responde.
Clint olhou para Íris várias vezes, a mulher continuou limpando o ferimento em completo silêncio e concentração, ele amaldiçoou Kate com vários olhares, que não parecia entender muito do que estava acontecendo.
— Yelena não é mais uma ativa da sala vermelha — Íris se levanta, jogando no lixo os algodões sujos.
— ela quer matar o Clint — Kate responde e Clint já poderia sentir que Íris a mataria ali mesmo.
— as fontes da criança podem não estar certas — a mulher olha séria para Barton.
— Yelena conversou com ela — o homem fala.
— por que Yelena aceitaria um trabalho? Por que ela concordaria em matar de novo? — Íris tentou se convencer que aquilo era uma espécie de delírio deles.
— ela disse que eu matei Natasha — Clint responde baixo.
— não vou lidar com ela — Íris fala — vou para casa—.
— você é a única pessoa que consegue falar com ela e lidar com isso — Barton responde.
— Clint, quem é ela? — Kate tentava encaixar as peças confusas do quebra cabeça.
— essa é Íris Carter, viúva negra, irmã da Yelena e da Natasha — Ele suspira.
— Dagny — a mulher corrige.
— meu Deus! Eu não te reconheci por causa do cabelo. Eu estudei sobre você no ensino médio — Kate finalmente larga o arco no canto da parede — mas se você é irmã da Yelena, por que ela está convencida que o Clint matou a irmã dela e você não? —.
— eu estava em Vormir — Íris responde séria — e não falo com Yelena há muito tempo — completa.
— precisamos da sua ajuda — Clint fala.
— a minha resposta é "não" — ela se senta na cadeira novamente, os olhos sérios presos nas próprias mãos cobertas pela luva de couro — uma coisa seria uma viúva controlada para te matar e isso eu poderia resolver, mas não vou enfrentar Yelena, não posso —.
— por favor — ele pede.
— a situação é completamente diferente, Clint Barton. Não espero que entenda, mas não posso ajudar, não com ela envolvida — Íris declara.
— Nat me falou da relação conturbada de vocês —.
— por que não quer se envolver com Yelena? — Kate questionou, curiosa.
— Okay, já chega de perguntas — Íris se levanta, começando a andar de um lado para o outro dentro da cozinha. Sua mente a lembrou de coisas que ela tentava enterrar com os mortos há anos, a sala vermelha, a missão em Ohio. Ela jurou que vomitaria ali.— eu faço as perguntas agora, porque eu estou no direito. De quem é o apartamento? Por que tem tantas espadas? Por que um vingador está trabalhando com uma criança? E por que o cachorro só tem um olho? — ela solta tudo rapidamente.
— por favor não surta aqui — Clint escora a cabeça nas duas mãos.
— Bucky e Morgan estão me esperando, tenho que ir — ela pega o casaco no cabide perto da porta e desce pelas escadas de madeira escura.
— ela é completamente russa — Kate comenta.
— Íris não é russa, é norueguesa — Barton a responde.
— por que ela não quer ver a irmã?—.
— as coisas são mais complicadas do que você pode ter ideia —.
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"Deveria ajudar ele" Bucky fala
— sim, claro e eu vou chegar lá, olhar na cara da Yelena e dizer "oi, como vai? Sou eu, Íris, mas você me conhecia como Aurora, lembra? Nós passamos por grandes traumas juntas e agora depois de quase vinte anos sem contato, eu vim te pedir para não matar o Clint, porque a nossa irmã se jogou na porra daquele monte e não foi empurrada por ele" — Íris ironiza, os olhos presos no trânsito caótico de New York.
" não é uma má ideia" ele ri do outro lado da linha.
— ter contato com Yelena significa ter contato com Melina e Alexei, o que não está nos meus planos — ela suspira.
"Não posso te dizer o que fazer" Bucky responde "mas acho que deve ajudar ele".
— onde você está? —.
"Longe" ele ri "Deveria ter pegado o quinjet, mas chego aí assim que possível".
Continua...
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Iris // Bucky Barnes {livro 02}
Random"Ser alguém", isso é mais complicado do que parece. Envolve muitos quesitos dos quais ela não entende. Sentimentos "armas não sentem" Os acontecimentos depois do blip Cada vez mais confusos, caos Desta vez, não Aurora ou Soldado Invernal, mas Íris e...