Sem Saida

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O Harry teve um ataque de fúria tão grande que eu fiquei assustada. Jogou fogo pra todos os lados, xingou, gritou, chutou as pedras e machucou o pé e no fim, sentou do meu lado e ficou me encarando.

-Você sabe que não vamos tirar Atlântida lá de baixo e sabe que você não vai virar sereia né? Por mais que fiquei linda de cauda.

-Nós não temos opções Harry! Precisamos achar um jeito de conseguir tudo o que queremos sem piorar ainda mais as coisas. – Eu me levantei e fui ver como o Zayn estava.

-E se você tiver outro ataque de fúria como esse juro que meto minha mão na sua cara pra ver se você se acalma. Quase acertou o Kaleb!

Ele abaixou a cabeça e eu entrei na barraca. Zayn e Paloma estavam num momento... Meio intimo... Ele estava em cima dela, segurando suas mãos e beijando o pescoço dela, e a Paloma dava risinhos.

-Desculpa...

-Tudo bem Mila. Preciso agradecer o que fez por mim hoje... Mais alguns minutos e eu teria virado algum tipo de planta aquática. Obrigado.

-Não foi nada Zayn, e é bom saber que vocês se acertaram finalmente!

Eu sai da barraca deles e resolvi procurar alguma fruta pra comer. Como ainda não estava escuro, foi fácil achar uma árvore grande com uma fruta parecida com uma maçã. Pra minha sorte, era uma maçã, finalmente uma coisa normal aqui!

Peguei várias pra não precisar voltar durante a noite e sai pulando toda feliz até esbarrar em alguém e cair de bunda no chão.

-Desculpa Mila, não tinha visto você.

-Tudo bem Liam... – Ele estendeu a mão e eu a segurei. Quando consegui me levantar ele me encostou numa árvore e me beijou.

Mordeu meu lábio e acariciou meu rosto com ternura. Eu tentei sair e explicar que não estava certo isso mas ele era forte e me prendeu na árvore. As maçãs que eu peguei caíram a nossa volta e eu coloquei minhas mãos na sua nuca. O beijo começou a esquentar e ele deixava uma trilha de beijos da minha boca até meu pescoço, me deixando arrepiada. Sua mão deslizava por todo meu corpo e eu não conseguia dizer pra ele parar.

O beijo dele tinha gosto de “quero mais”. Coloquei minhas pernas em volta da sua cintura e ele apertou minha coxa. Por algum motivo, o rosto do Harry apareceu na minha mente e eu pedi pra ele se afastar.

-Liam... É melhor a gente parar por aqui.

-Tem razão, desculpe!

Ele se desculpou só por educação porque eu via em seus olhos que ele não estava nenhum pouco arrependido. Abaixei-me para pegar as maçãs e ele me ajudou. Voltamos pro acampamento e nenhum dos dois tocou no assunto.

-Precisamos decidir o que vamos fazer. Se ajudarmos eles, bom, eles vão querer dominar não só essa dimensão mas também as outras. Se não ajudarmos a Mila...

-Não existe essa segunda possibilidade Louis! A Malia não vai morar com um cara que fede a peixe. Sem chances. Precisamos de um plano que deixe isso fora de questão.

-Poderíamos voltar lá e atacar a cidade.

-E ai perderíamos a chance de pegar o amuleto Paloma. Precisamos ajudá-los mas sem ajudá-los.

-Como assim Kaleb?

-Faremos o seguinte Niall: Vamos tirar Atlântida do fundo do mar, e exigir que eles nos mostrem o caminho para a próxima tribo. Quando eles falarem, afundamos a cidade de novo.

-Não é uma boa opção Kaleb. Seria necessário um grande terremoto pra afundar novamente a cidade e muitas pessoas morreriam. Por mais que eu não goste do Dylan, não quero ver o meu povo morrer. Eu fui criado com o objetivo de protegê-los e preservar a vida deles, não posso arriscar a vida de tantos de uma vez só.

A Profecia dos AmuletosOnde histórias criam vida. Descubra agora