Capítulo 14

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O acampamento estar quase silencioso. Isso significa que o pessoal já está em suas barracas. Já estou preparada para dormir. Ainda não apaguei as velas.

Vejo uma silhueta no tecido da barra. Lembro-me de Erick. Me deito virando meu copo para o lado direito, escondendo a metade do rosto. Fecho os olhos, tentando disfarçar que estou acordada.

Escuto ele entrando. Sinto sua presença. Ele estar bem quieto, não sei o que estar fazendo. Algo de metal faz um pequeno barulho ao encostar no banco ao lado da cama.

_ Trouxe comida. _ Escuto ele falando. _ Mas como você estar dormindo, vou comer só.

Não acredito. Estou morrendo de fome, mas não queria sair da barraca. Pensei que o Jack iria me trazer algo, mas não. Estou tentado não me mover, no entanto, a fome fala mais auto.

Viro-me e ele estar sentado ao lado da bandeja com pão e sopa, me olhando com um sorriso no rosto.

_ Achei que estava dormindo.

_ Não, você não achou. _ Digo esticando a mão para que ele me passe a bandeja.

Começo pela sopa. Meu estômago estava muito agradecido.

_ Obrigada. _ Digo-lhe. Erick apenas assente.

Ele pega alguns cobertores que estão em cima do baú e começa a arrumar no chão. O chão da barraca estava forrado, então não iria sujar os cobertores. Apenas degusto a minha comida o observando. Ele estar arrumando uma cama improvisada no chão. Ele não irá dormir comigo, estou desapontada, porquê alguma parte do meu corpo ansiava pelo seu toque. Mas, por outro lado, não irei me permitir ceder outra vez aos desejos que estou sentindo por esse homem.

Ele termina de arrumar e olho para ele com muita gratidão. Erick apenas abre um sorriso de lado.

Seu corpo é despido lentamente. Ele tira primeiro a camisa, mostrando os seus músculos sob a luz de vela. Tento não olhar, mas é algo hipnotizante, porém, disfarço. Ele retira as botas e suas calças, ficando apenas com o calção. Quase engasgo ao vê-lo novamente naqueles trajes. Começo a torci um pouco, mas tento disfarçar. Porém, ele percebe e me olha.

_ Você estar bem Mérida?

Estou! _ Digo tentando para de torci, mas não adianta. Levanto-me rápido da cama e vou até o cantil para beber um pouco de água. A cada gole a torce melhora.

Viro-me e percebo que Erick estar me olhando com fogo nos olhos. Não entendo esse olhar até perceber que estou com minha camisola. Não é aquela camisola que cobre todo meu corpo. Não pensei nesse detalhe quando a coloquei. Me esqueci completamente que dividiria minha barraca com um homem. Esta camisola era totalmente transparente. Os seios eram cobertos, mas a parte da barriga até as coxas era de um tule preto, mostrando a parte de baixo, da mesma cor.

Olho para velas e as apago, deixando apenas a luz baixa entrando pelas brechas da barraca. Tento voltar para cama sem Erick perceber mais me esbarro com ele. Sinto seu corpo tocando o meu, suas mãos na minha cintura, seu hálito soprado no meu rosto. Meu corpo se arrepia ao toca-lo, despertando um desejo que há em mim que nunca soube, mas tento controlar.

_Desculpe. _ Falo tentando sair dos seus braços.

Ele me segura com mais intensidade, impendido minha fuga. Sua mão desliza pela minha cintura delicadamente. Meus olhos já se acostumaram ao escuro, então já começo a enxergar os seus lindos e intensos olhos.

_Mérida...

Ele sussurra em meus ouvidos. Derreto-me ao escutar meu nome. Sinto seu rosto mais perto do meu, fazendo seus lábios ficarem a menos de um centímetro dos meus. Não espero ele me beijar, apenas junto sua boca na minha. Ele retribui com intensidade o meu beijo. Sua língua entra na minha boca e solto um grunhido de prazer. Suas mãos apertam minha cintura, me fazendo delirar. Sinto seu coração batendo juntamente com o meu, no mesmo ritmo acelerado. Ele desce as mãos até minhas coxas, me levantando. Meu corpo estar pedindo por mais. Ele anda para trás e senta na cama. Estou no seu colo. Ele me beija com mais intensidade, me prendendo ao seu corpo. Meu desejo estar pulsando pelas minhas veias. Erick para de beijar minha boca e olha nos meus olhos, vejo que o desejo já o consumiu. Ele leva a sua boca em direção ao meu pescoço e começa a beija-lo. Estremeço de prazer. Suas mãos fazendo movimentos em minhas pernas. Entrelaço meus dedos em seu cabelo. Estou delirando. Sinto seus beijos descendo para meus seios.

Cada beijo que sinto na pele, me estremece. Sinto seus braços roçando meu corpo, suas mãos apertando e, ao mesmo tempo, acariciando minha pele. Passo minhas mãos eu seu peito sentindo seus músculos. Desço pela sua barriga acariciando. Ele para de me beijar e me observa. Olho para ele, seu rosto está exalando desejo. Ele segura meu queixo, beijando novamente. Entrego-me mais ao seu toque. Suas mãos sobem cada vez mais as minhas pernas. Sinto-as na parte superior das minhas coxas e aos poucos segurando a parte de baixo da camisola. Ele estar descontrolado. Suas mãos estar tentando tirar minha camisola. Ele não estar pensado direito, não estar se controlando, mas eu sei os meus limites.

_ Erick, pare por favor. _ Falo sem fôlego.

Ele me olha desapontado.

_Por favor Mer. Eu preciso disso.

Afasto-me dele. Indo para o canto da cama.

_Não Erick. _ Digo olhando nos olhos dele. _ Boa noite.

Me deito de baixo do cobertor e viro meu rosto. Sinto ele me olhando por um tempo. Mas alguns minutos depois, percebo ele se deitando no chão. Não me mexo. A minha ficha caiu agora. O Jack tem razão eu sinto atração pelo Erick, mas não imaginava que seria tanto assim.

As Crônicas De Morgan (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora