Capítulo dezoito - Duvido.

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-Tem um baú ali. -Logan aponta o dedo para um grande baú.

Ele vai até o baú e pega alguns do cobertores.

O mesmo os coloca no chão.

-Será que tem baratas? Aranhas? -Ele olha para mim com um olhar estranho.

Meus lábios tremem enquanto seguro a risada mas acabo não aguento e rio.

Ele coloca uma carranca em seu rosto rapidamente.

-Desculpa é que eu não aguentei.

-Eu não tenho medo... só tenho nojo.

-Aham, claro. -Assinto falsamente.

-Vem aqui. -Faço um gesto com a mão para que ele venha até mim. Abraço-o e me inclino para minha boca ficar em seu ouvido. -Se tiver eu mato, relaxa.

Isso não pareceu reconfortar ele.

-Não tem como eu relaxar... são... são traumas de infância. -Ele parecia uma tábua de tão tenso.

-Dúvida? -Lanço-lhe um olhar o desafiando.

-Duvido.

-Desafio aceito.

Coloco uma de minhas mãos em sua nuca e a outra em seu ombro e roço meus lábios nos seus.

Beijo-o enquanto afago seus cabelos macios.

Sinto o mesmo relaxar mas quando ele tenta colocar uma de suas mãos em minha cintura eu me afasto e lhe dou um sorriso travesso.

-Ganhei. Foi fácil demais.

-Manipuladora.

-Jamais. -Imito uma expressão inocente.

[...]

Nós dois estamos enrolados nos cobertores mas o sono não vem.

-Está acordado? -Susurro.

-Estou.

-Será por que ninguém tentou me sequestrar e me levar até a polícia?

-Não faço ideia Ary.

Eu estou tentando não pensar nisso mas isso é muito estranho.

-Nós teremos que voltar naquela casa onde as pessoas me chamaram DE Wendy.

-Wendy... quem será essa misteriosa Wendy.

-Não faço ideia mas agora estou sobre curiosa ela.

-É melhor nós dormimos, sinto que amanhã será um dia longo.

Depois de alguns minutos meus olhos se fecham e tudo fica escuro.

[...]

Acordei primeiro que o ruivo e aproveitei para comer alguns doces.

Se ele acordar e ver que estou comendo enquanto observo ele dormir é capaz de pensar que sou uma psicopata.

Mas é interessante.

Ele fala ou ri enquanto dorme além de se mexer muito.

Acordei com seu braço em meu rosto  e minha perna na sua cintura.

Minha coluna está doendo pela posição.

Pego uma calça preta e uma blusa sem manga e entro no banheiro.

Tem um besouro no banheiro além das paredes estarem marrons e o piso com marcas de pés sujos.

Esse é o pior hotel que eu já fiquei.

Pelo menos poderiam jogar uma água nas paredes e no piso.

Tiro minhas roupas e tento abrir a torneira para tomar banho mas ela está muito dura.

Depois de longos segundos consigo abrir.

Olho para o chão e... cadê o besouro? Argh.

Ouço batidas na porta.

Pego uma gilete (está limpa) e me cubro com uma toalha.

Aponto a gilete para a porta. Não é uma faca mas é melhor que nada, certo?

-Quem é?

-Sou eu. Vim ver se você tava viva. -Ouço a voz de Logan.

-Há-há-há-há. Já sabe que estou viva.

-Sim que pena que deixou seu doce na cadeira. Talvez quando você voltar não estará mais lá.

-Não ouse.

Ele assobia e o som fica cada vez mais baixo.

-Logan! Não toque nos meus bebês!

Abro a porta do banheiro e vou para o quarto.

Encontro-o rindo e fico confusa. Percebo que estou segurando a gilete com força como se fosse uma faca e com uma expressão de poucos amigos.

-Está pronta?

-Para o que?

-Para a família Shant.

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Mais um cap.

Você leitor(a) gosta da família Shant?

Beijinho de Logan e Arya.

- Tay

Agente duplaOnde histórias criam vida. Descubra agora